Aᴛᴇ́ ᴠᴏᴄᴇ̂ ᴄʜᴇɢᴀʀ

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Moreno🪁

Não necessariamente tu precisar tá com algum problema pra procurar refúgio nisso.

As vezes é só coisa da mente, traumas do passado e essas ideia.

Como qualquer outro vício esse lhe mostra o seu pior lado talvez o lado que tu nem sabia que existia.

Pô como é difícil assumir que tu já não tem chão mais.

Cocaína é presente na minha vida desde muito cedo não vou mentir.

Começou nas reuniões e nas festas que rolavam só no final de semana quando na minha mente eu achava que controlava, mentira pô, nunca controlei.

Na real tu não é capaz de controlar algo que dês do primeiro dia te faz ser refém.

Pesadelo: Entendi, mais na real é melhor assim. -Ele falou cruzando os braços.

Moreno: Tô ligado que é pô, tu não queria ver ela sofrer e nem eu.

Pesadelo: No dia que ela me contou eu não acreditei pô, como eu não percebi que vocês tinham um lance cuzão? -Ele falou dando risada.

Moreno: Porquê tu é um otário. -Falei e dei risada da cara dele.

Pesadelo: Fiquei na calma porque sei que tu não ia fazer nada de mal pra ela.

Moreno: Mais eu fiz, decepcionei ela e afastei minha preta de mim.

Pesadelo: Já te falei que é pra agir na calma pô, Yara precisava desse tempo também.

Ver ele falando nessa calma parece até mentira pô.

Quando descobriu surtou pro meu lado, até pro desenrolo queria me levar.

Moleque falso, sou doido pra encher ele de porrada

Moreno: Um mês pô. -Falei olhando pro outro lado.

Pesadelo: Se fude moleque fico feliz de mais.

Um mês sem me render aquilo que tanto me fez mal, uma luta diária que dorme e acorda comigo todos os dias.

Era pra tá feliz mais não tem nem como, falta uma parada ainda.

Última vez que falei com ela a gente discutiu feião.

Ouvir ela falar que tava desistindo de mim porquê eu já tinha desistido de mim mesmo, doeu pô.

Mais na real eu iria agir como ela agiu, o que prevalece na minha mente é que eu entendo o lado dela

Pesadelo: Pensando aqui pô, quando tu vai admitir que me ama? -Ele falou no deboche.

Moreno: Se manca Yago, o único Y que eu gosto e o de Yara. -Falei vendo ele jogar a cabeça pra trás dando risada.

Toda vez que encontro com ela esqueço até como se anda pô, fico desconfigurado.

Gabi: Posso saber quem é a menina que estava te procurando na rua de baixo Yago? -Ela falou entrando com tudo dentro do barraco.

Moleque: Se fudeu. -Falei baixinho só pra ele ouvir.

De longe Yara fez um jóia pra mim e depois virou as costas indo pro quarto.

Pesadelo: Bora conversar ali Gabriela, sem estresse. -Ele falou esticando a mão na direção dela.

Ela ignorou e saiu andando.

Pesadelo: Mereço isso não pô. -Ele falou dando risada.

Em questão de segundos vi o sorriso dele desaparecer assim que ela gritou boladona chamando ele.

Voltei meus pensamentos pro que realmente me interessa.

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-mensagens

Eu: Faz companhia na sala aqui pô.

Eu: Sou visita e me deixaram sozinho.

Preta: Eu tô arrumando umas coisas no quarto.

Eu já sabia que ela ia falar isso, é assim sempre.

Ela prefere evitar, ficar perto de mim e eu entendo.

Preta: Vem tu me fazer companhia.

Levantei do sofá sentindo meu coração errar as batidas.

Entrei no quarto e ela tava dobrando uns bagulho.

Linda pô.

Yara: Nem adianta me pedir, tem uma blusa sua aqui e eu não vou devolver. -Ela falou apontando pro guarda roupa.

Moreno: Tem como me guardar no seu guarda roupa também não? -Falei e no mesmo segundo ela deu risada.

Yara: Sem espaço parceiro. -Ela falou me jogando uma blusa dela.

Moreno: No coração ou no pensamento será que tem como? -Falei já me arrependendo.

Ela ignorou e ficou em silêncio.

Encostei na cama e fiquei vendo ela arrumar os bagulho.

Pra mim já é o suficiente pô, só de ficar perto dela.

Yara: Finalmente acabei. -Ela falou e deitou do meu lado.

Moreno: Nem um abraço Yara, qual foi tu não era assim. -Falei cutucando ela.

Ela me olhou sorrindo.

Yara: Vou começar a cobrar tu vim deitar na minha cama -Ela falou e eu olhei pra ela.

Moreno: Foda em Yara. -Falei dando risada e ela me olhou com deboche.

Yara: Tô muito feliz de te ver conseguindo, tu não imagina o quanto. -Ela falou tão baixinho que eu quase não escutei.

Moreno: Vou entender se tu não quiser, mais será que tem como tu me da um abraço? Mó saudade de tu caralho. -Falei passando a mão no rosto dela.

Sei nem como eu consegui falar, só sei que não aguento mais ficar longe dela.

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