Yara: Não tô brincando Matias. -Ele me olhou todo sem graça.
Moreno: É foda, é foda. -Ele deitou no meu pescoço dando risada.
Me senti constrangida seila, sinceramente não curtir.
Yara: Eu vou pra casa. -Falei saindo de baixo dele.
Moreno: E qual foi? fiz nada pra tu ir embora. -Ela falou coçando a cabeça.
Yara: Tranquilo, mais eu quero ir mesmo, e eu vou.
Levantei da cama e peguei minha blusa de frio na mochila, coloquei e fechei o zíper até em cima, calcei meu chinelo e joguei a mochila nas costas.
Moreno: Vai poha nenhuma, tá maluca achando que vou deixar. -Ele falou me puxando pela mochila.
Olhei pra ele e era quase impossível não notar o olhar de deboche dele sobre mim.
Moreno: Nada ver essa parada pô, é só mais uma foda Yara, a gente não vai casar não. -Ele falou dando risada enquanto beijava meu rosto.
E no mesmo segundo me prendeu mais ainda.
Yara: Me solta Moreno. -Falei desviando dele.
Moreno: Foi mal, foi mal, me expressei errado pô, e pra você é Matias.
Yara: Agora caralho, me solta, eu não estou brincando. -Falei aumentando o tom de voz e falando firme.
Ele me soltou e levantou. Pegou uma blusa e se vestiu.
Sai do quarto dele ignorando o fato dele sair andando atrás de mim.
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Eu já estava na rua.
Moreno: Vou contigo até lá pô. -Ele falou ficando do meu lado, o que foi inútil já que eu apressava os passos pra ele ficar pra trás.
Quando eu estava a uma rua de chegar em casa ouvi uma garota chamar pelo nome dele, olhei pra ele pela última vez antes de virar na esquina.
Entrei em casa e quase me assustei ao ver Yago dormindo no sofá, fui até o meu quarto e peguei um cobertor pra jogar nele.
Tirei minha mochila das costas a jogando no chão mesmo e deitei na cama.
Como ele pode ter sido tão ridículo assim?
Eu não me lembro em momento nenhum de ter dito que iria me casar com ele.
Yara: Burra Yara é isso que você é. -Falei comigo mesma sentindo meus olhos se encherem de lágrimas.
Me sinto uma idiota por não ter respondido ele naquele mesmo segundo.
Meu celular vibrou e eu já sabia de quem se tratava.
Desliguei o wi-fi.
Passei pra cozinha na ponta dos pés, o que foi inútil já que vi uma fumaça que invadia toda a minha sala.
Pesadelo: Nem vi tu acordar pô. -Ele bateu a mão do lado dele no sofá me chamando pra sentar.
Yara: E ai beleza? -Falei tampando o nariz e ele deu risada apagando o cigarro e guardando ele no bolso.
Pesadelo: Queria te pedir desculpas. -Ele falou do nada.
Fiz um jóia pra ele que sorriu me puxando pra perto.
Pesadelo: Te amo pra caralho minha tampinha. -Ele deu um beijo na minha testa e eu sorri.
Yara: Não vai trazer a gatinha pra eu conhecer?
Pesadelo: Tô pensando em fazer um bagulho lá no outro barraco e chamar ela.
Yara: Porque lá em?
Esse barraco que ele fala, é onde ele faz festas e onde ele leva alguém pra tratar sobre assuntos do morro.
Pesadelo: Tô nem doido de trazer ela pro seu cantinho não pô, aqui não entra qualquer um. -Ele falou apertando minha bochecha.
Yara: Tipo uma festa?
Pesadelo: É pô, mais como eu sei que tu não curti essas parada, pode ser um bagulho simples.
Yara: Acho que não em. -Falei olhando pra ele.
Pesadelo: Tá brincando que tu vai encher a cara junto com o seu irmão?
Concordei com a cabeça e ele esfregou uma mão na outra.
Pesadelo: Se eu ver algum menor de olho eu tu é pouca ideia em Yara, tô preparado pra isso não. -Ele falou colocando a mão no peito e eu dei risada dando um tapa leve no braço dele.
Yara: Quer comer alguma coisa?
Pesadelo: Um miojinho será que tem como?
Yara: Qualquer coisa menos isso. -Ele me olhou sem entender e depois deu risada.
Sorri nervosa ao lembrar do outro e fui pra cozinha com o Yago.
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