T2| 7- Preciso de Você

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- O que estamos esperando?

- A porra do garoto vir buscar a porra da encomenda dele!

- Da onde esse filho da puta é? Da China? Estamos aqui há mais de uma hora! E eu acho que tô doidona demais para ficar sentada. Preciso deitar.

- Está doidona nível banho de água fria?

- Estou doidona nível " Se eu não deitar para descansar agora eu vou apagar e cair igual banana podre no chão " .

- Deita lá no carro. Pode dormir um pouco se quiser , só fica ligada caso escute algum barulho estranho.

- Tipo?

- Tipo barulho de tiro , né, criança?_ Eu achava patético quando Bob me chamava assim. Primeiro pelo fato de isso fazer com que ele parecesse o tiozão que é. E segundo , eu me sentia realmente como uma criança quando ele me chamava assim. E eu não era uma criança, não mais._

- Ok! E nem ouse me acordar se rudo der certo. Só me desperte se alguém estiver morrendo.

Com isso eu segui para dentro do Crysler 300C preto estacionado próximo o suficiente para uma possível fuga do local. O carro era lindo, precisava admitir. Ainda mais com os vidros pretos foscos que Bob havia mandado colocar de forma personalizada. E sem dúvidas os bancos daquele bebê eram quase como uma cama decente. Dava para o gasto.

Eu precisava dormir, por isso não resisti em tomar um dos meus comprimidos milagrosos. Sei que já havia muita coisa dentro do meu organismos, mas eu precisava me certificar de que não acordaria graças à algum dos meus frequentes pesadelos. Esse era um dos tantos males que Bella e eu compartilhavámos. Arriscava dizer que até Angela sofria com esse mal , mas não tinha certeza.

Eu achei que passar os dias com Embry era algo que estivesse me ajudando , mas eu sabia que nem ele era capaz de afastar todos os meus demônios.
Embry era uma ótima distração, mas não chegava a ser como uma âncora que me puxava de volta para a superfície apesar de eu gostar de passar tempo com ele. Ele me fazia bem, mas não me cativava o suficiente para me fazer confiar nele. Talvez um dia isso fosse possível, mas não agora. E enquanto isso não acontecia , eu me esforçava para ser boa para ele. O garoto não merecia sofrer com todas as merdas que eu carregava nas costas. Embry era só um garoto tímido tentando conquistar o que achava ser um potencial romance memorável. As vezes sentia como se ele me amasse. Aquele tipo de amor adolescente que não pode ser controlado, sabe? A chama de Embry me lembrava a minha própria chama. A chama de quando estava me apaixonando por Jasper. O sentimento de querer saber cada vez mais sobre a pessoa amada , a vontade de entrar na vida dela e fazer com que tudo ficasse bem, a sensação de que você precisa fazer algo para curar a pessoa que estava sendo sua dose de morfina diária...

Talvez os demônios de Embry não fossem tão ruins quanto os meus , mas sem dúvidas ele tentava fugir de algo. Seja da rotina tediosa e medíocre que sua vida adolescente era , ou talvez do inferno familiar por qual ele devia passar. Eu não sei , apenas chutava ser aquilo porque era aquilo um dos assuntos proibidos para Embry. Ele nunca falava sobre sua família e eu não me importava o suficiente para insistir no assunto. Na verdade, eu não me importava com nada. Apenas me contetava e ficava feliz pelas boas , porém passageiras, sensações que o garoto me causava.

As coisas com Embry eram leves e fofas. Fofas até demais. Talvez isso fosse uma das coisas que fazia com que eu não me cativasse cem por cento por ele. Eu gostava de coisas agressivas, mas Embry não tinha experiência sexual o suficiente para conseguir agir do jeito que eu queria que ele agisse. A experiente da relação era eu. Assim como a mais velha, a mais sábia, a mais madura, a mais responsável...

Era assim que Jasper se sentia namorando comigo?

 Era assim que Jasper se sentia namorando comigo?

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