Capítulo 20

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— Eu vou te comer, Mariana, comer do jeitinho que você merece, e depois você vai me dar sempre que eu quiser, onde eu quiser, da maneira que eu quiser.

Não estava em mim quando olhava em seus olhos e somente assentia para todas as suas palavras.

Sim, sim, sim! Era o que eu conseguia dizer para todo o prazer que ele estava me dando. Sim.

Tanto que logo me penetrou e uma dor insuportável me tomou. Senti meu corpo tencionar, mesmo com ele segurando em minha coxa e alisando a minha pele.

— Porra, para de apertar assim o meu pau, ou eu vou gozar rápido demais antes de te dar prazer — sussurrou em meu ouvido.

Neste momento, tudo o que mais queria era que saísse de mim, mas ao mínimo movimento ardia tudo.

— Relaxa, fica calma que já, já essa dor passa. E eu vou poder te foder como nós dois quer.

Agora, com meu juízo em ordem percebi o quão longe chegamos. Tentei virar o rosto, mas ele puxou meu queixo para que meu olhar estivesse novamente no seu.

— Deixa a raiva pra depois, chegamos longe demais pra desistir sem os dois se beneficiar, preta.

Sondando meu olhar, ele sugou meu lábio. Eu deveria me afastar agora. Deixei as coisas irem longe demais, longe o suficiente para que eu não lembrasse o caminho de retorno, e acho que não foi só eu quem se perdeu.

Mesmo sugando meus lábios, seus olhos não me abandonaram e essa conexão foda que estávamos construindo não seria benéfica para nenhum dos dois lados.

Seus quadris lentamente começaram a investir, enquanto nossos lábios estavam em uma dança erótica e nossos olhos conectados.

Porra! Que merda eu estou fazendo?

Senti meu corpo relaxar e entrar na zona de prazer enquanto ele aumentava as investidas.

Em meio aos beijos deixei um gemido escapar e isso foi estimulo suficiente para que ele aumentasse o ritmo das estocadas.

— Geme no meu ouvido enquanto eu te como, geme, safada.

Depois de suas palavras, o lóbulo de minha orelha foi mordido e foi impossível não gemer. Quanto mais eu gemia, mais pesado ele investia, até que estava ouvido seus gemidos.

— Caralho, goza preta, goza no meu pau.

Não precisou de muito, com a penetração e por minha sensibilidade, me entreguei ao prazer e ele veio logo atrás, nossos gemidos de satisfação se misturando, fazendo meu coração acelerar com o que estava acontecendo.

Ele não saiu de cima de mim, enquanto sua respiração não acalmou e eu também não consegui me desprender, nem as pernas do seu quadril e nem as mãos de seus ombros, neste momento, que mesmo sem perceber, estávamos criando algo.

Péssima notícia para mim.

Eu espero que ele seja tão inteligente quanto me falou e perceba que eu o estou apenas usando para a minha permanência com meu filho, assim como eu sei que ele só me fodeu porque sempre teve esse desejo.

E como se o clima que a pouco construímos fosse totalmente desfeito, ele se levantou e foi em direção ao banheiro, sem uma palavra.

Por sua demora no banheiro, entendi que meu tempo naquele quarto já havia se esgotado, então recolhi as minhas coisas, me vesti de qualquer maneira e fui para o meu quarto.

Segura naquele cômodo que foi designado a mim, percebi o quanto de dignidade acabei de perder. Como pude ser tão baixa a ponto de me submeter a isso? Estava enojada comigo mesma, e nem a meia hora, embaixo do chuveiro, que se seguiu foi o suficiente para fazer com que eu me sentisse limpa desse sentimento que apareceu em mim, quando nos conectamos momentos atrás.

E o pior de tudo, o que foi aquilo que passou por meu coração quando ele estava me beijando, quando me...

Não, não era nada. Sempre o considerei meu inimigo e agora tenho absoluta certeza disso, era meu inimigo e como o próprio ditado já diz, mantenha seus amigos próximos e seus inimigos mais ainda. Só precisava que ele não me dedurasse e não me afastasse do meu filho.

Certa vez tive que abdicar de meus sonhos por causa da irresponsabilidade de minha irmã, e tive que lutar para recuperar toda a grana perdida. Agora não seria diferente, eu me afastaria daquilo que sempre foi o meu sonho, mas não seria para sempre. Apoiava em minha mente de que era para um propósito maior: Meu filho.

Quando senti que estava limpa o suficiente, desliguei o chuveiro, me sequei e deitei na minha cama, pelada como estava, porque ainda sentia a minha intimidade latejar.

Se ele não fosse quem é, se não estivéssemos no meio dessa batalha, diria que foi o momento perfeito, mais do que eu imaginava como seria. Em cada instante ele se preocupou com o meu prazer, mesmo quando era bruto, e em tudo era só fechar os olhos que conseguia sentir novamente.

Sem perceber, a minha mão desceu até minha intimidade, que pulsava pela invasão de momentos atrás e um gemido escapou de meus lábios.

— Ah, Douglas!


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