Capítulo 22

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— Peida não, porra! Não sou nenhum otário para tu achar que com tua buceta vai me dobrar. Eu ainda não te entreguei, mas entra na minha frente pra tu ver. E nunca mais,ouvindo? Nunca mais aparece na minha cama sem ser convidada. Quando eu quiser foder, eu sei onde encontrar.

Sua mão estava novamente eu meu pescoço, e meu corpo contra a parede próximo a porta principal da minha casa, que foi para onde ele me trouxe, depois da inquisição que pensei ser a minha morte.

Encarei seus olhos suplicando nem eu mesma sei o quê. Mais uma humilhação que ele estava me obrigando a passar. Sua face dura como mármore minava ódio e mesmo assim seus lábios estavam nos meus, me pegando totalmente de surpresa.

Tentei me afastar porque estava desconfortável, depois de tudo o que ele me fez passar até aqui e também as suas palavras.

A minha resistência durou pouco, até a sua língua invadir a minha boca e sua mão segurar firme meu pescoço.

— A tua sorte é que eu amei estar dentro da tua buceta, porque senão, tu estaria morta.

Não me dando espaço para respostas, ele veio novamente em meus lábios, agora me erguendo em seu colo. Meus pensamentos que deveriam ser a minha arma contra ele, neste momento estavam confusos, satisfeitos com o prazer que ele proporcionava ao meu corpo e sabendo que deveria resistir a algo, mas ao quê?

**********

Pela segunda vez eu me entregava a Douglas e durante o prazer não conseguia pensar, era como se estivesse enfeitiçada, e depois vinha o arrependimento de toda a situação. Eu sabia que quanto mais próxima dele estivesse, menos ele cogitaria me afastar do meu filho, esse foi o meu objetivo quando entrei em seu quarto na noite passada, mas o arrependimento era pelo prazer que sentia, como se fosse algo que eu também quisesse, e com ele não poderia. Era totalmente proibido para mim. Impossível!

Desta vez fui eu a primeira a sair do quarto. Depois de toda a confusão que ficou a minha cabeça, precisava de espaço para respirar e com a desculpa de que separaria as coisas de Lucas, fui em direção ao seu quarto. Consegui fazer duas malas, tanto com roupas como sapatos e coisas que achei essencial para uma pequena estadia. Depois as deixei próximas da porta, parece que alguém estava esperando eu só colocá-las no lugar para bater no portão.

— Até que enfim. Tava onde, maluca? Vim aqui ontem e nada de te achar, te ligando feito doido — disse me abraçando.

Só então me toquei de que não peguei meu celular desde ontem, é bem provável que esteja descarregado dentro da minha bolsa.

— Acabei de receber uma notícia foda.

— O quê?

Ele estava com um sorriso enorme me encarando, mas então seu olhar foi além de mim, e seu sorriso morreu, parecendo ser tomado por decepção. Olhando na mesma direção que ele, percebi o que lhe acometeu.

Douglas estava saindo do meu quarto, com a calça como se estivesse vestido às pressas e nada mais que isso. Somente elas. Droga!

Anderson sempre foi insistente comigo, querendo algo sério, mas eu o sempre rejeitei por causa de meus sonhos, ele sempre dizia que no momento certo, na hora certa eu seria dele e agora outro homem que não era ele saía do meu quarto, dizendo sem uma palavra e de maneira clara que acabamos de ter sexo, a virgindade que ele tanto queria.

— Beleza?

— Tranquilo, irmão? Não sabia que tu tava com visita, volto outra hora, Mariana.

Mariana? Ele me chamou pelo nome, acho que este foi o fim de semana que mais decepcionei pessoas, mesmo não querendo fazer o mal a ninguém.

Encarando a porta que agora a pouco estava meu amigo, suspirei decepcionada comigo mesma.

— Acho que teu bucha não ficou à vontade sabendo que tu estava me dando.

Que desgraçado, como ele pode me humilhar dessa maneira? Furiosa, eu parti pra cima dele. Foram somente algumas horas e não sabia se seria capaz de suportar mais esta situação. Suas palavras sempre pejorativas quando eu não merecia metade delas, sempre me diminuindo, me desmerecendo quando nenhum mal eu lhe fiz. Eu nem cheguei a me formar para ele ter tanto ódio do que eu poderia ser.

— Você é um desgraçado! Eu te odeio! Te odeio!

— Não foi o que pareceu quando eu estava com a boca na tua buceta, vagabunda. Você estava gemendo pedindo mais, é assim que é teu sentimento de ódio pelas pessoas?

Em um acesso de fúria eu fui pra cima dele, bati como pude e no fim me dei mal, porque com dois tapas ele me derrubou. Dois fortes tapas que deixaram a minha boca com gosto metálico.

— Desgraçada. Já disse para não me encostar nessa porra. Quer que eu te mate na porrada? Vai ficar de castigo, não quero você próxima do meu filho,ouvindo?

Merda, ultrapassei novamente o meu limite, sabia que deveria ter calma ao lidar com Douglas, mas não sei por que ele me afetava e levava meus sentimentos ao extremo, agora mais essa, ao invés de contorná-lo eu estava batendo de frente, essa nunca iria ser a melhor opção, eu estava em seu território e precisava analisar bem minhas opções. Controlei a minha raiva e mais uma vez me humilhei para satisfazer o ego desse desgraçado.

— Não, Douglas, não por favor me perdoa, me desculpa, me desculpa. — Agarrei em seu pescoço, suplicando por sua benevolência.


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