Any Gabrielly
NY, Manhattan, 21:00 pm.
O dia passou rápido, minha mente estava presa em outro assunto, que tinha o poder de me amedrontar.
Na máfia casamentos são como pequenos trampolins para alcançar poder e influência. E nada melhor do que uma união entre a máfia brasileira e a italiana. Apesar de saber disso, eu não estava nenhum pouco afim de me submeter a isso.
O pior? Eu não o conheço, nem ao menos sei seu nome.
- e se for um velho babão em estado catatônico? - indagou Hina, se jogando na minha cama.
- então, pode ser que infelizmente e sem querer, eu estava lavando a escada de casa, quando meu querido marido com osteoporose escorregou e bateu a cabeça. Uma queda simplesmente fatal - fiz piada sobre.
- que vagabunda, eu amei - riu - como você estará muito abalada, vamos viajar para lidar com o luto - ela fingiu limpar uma lágrima.
- o pior é que eu amava ele, de verdade - fingi chorar e ela se levantou da cama, indo até meu closet.
A minha situação de vida era frustrante.
Balancei a cabeça - tentando - espantar pensamentos ruins, ou que me deixasse paranóica.
- esse vestido é perfeito e em você fica deslumbrante - disse a japonesa, me tirando do transe que eu me encontrava, mostrando a peça de roupa.
(...)
Finalmente, havíamos chegado num dos cassinos de meu pai. Saí do carro e passei a mão pelo meus vestido o alinhando.
Eu usava a peça que Hina havia escolhido, um vestido de seda, vermelho logo, marcando meu corpo. Me sentia bonita, mas, nenhum pouco confiante.
- vamos? - meu pai me chamou e assenti.
Meu pai caminhou junto com minha mãe na frente e fui atrás com Alex, meu irmão mais novo dois anos, que parece ser o mais velho. O mesmo passou o braço sobre meus ombros e disse:
- você precisa de uma bebida para relaxar - disse, percebendo meu nervoso.
- eu preciso de muitas - ri, apertando as mãos.
Demos um perdido em nossos pais, que cumprimentavam alguns sócios e pessoas que nós não estávamos afim de cumprimentar.
Pegamos uma bebida, da bandeja de um dos garçons e tomei tudo em dois longos goles.
Me separei de Alex e contra minha vontade, voltei para onde meus pais estavam.
- filha, estávamos te procurando - disse.
- acredita que eu estava escondendo, mãe - resmunguei.
- se comporte, nada de gracinhas. Sabe o quanto isso é importante - pontuou e revirei os olhos assentindo.
Então, fomos ao encontro de meu pai que conversava, com um homem, que estava de costas.
- aí está ela! - exclamou meu pai.
O homem deveria ter 1.85, o mesmo vira para mim e meu queixo caí.
- você? - falo baixo, quase inaudível.
Ele simplesmente agiu como se não me conhecesse e disse:
- Noah, Noah Urrea - se apresentou e engulo seco.
Isso é tão inesperado, que fico ali o encarando, provavelmente com cara de lerda. O idiota do acidente e o temido Noah Urrea, são a mesma pessoa? Era só o que me faltava.
O sobrenome dos Urrea's é o mais conhecido em New York, eles basicamente comandam a cidade, os burburinhos dizem que mais cruel que Marco Urrea, era seu filho, Noah. O mesmo era conhecido como sádico e frio, por matar sorrindo.
- Any Gabrielly - falo estendendo a mão.
O mesmo me encara com desdém e esperei que ele fosse retribuir o aperto de mão, mas não aconteceu. Então, abaixe minha mão, após ser ignorada.
Que sem educação!
- bom conhecê-la - disse indiferença e claramente inconformado.
Sentamos em uma das mesas da área vip, meu pai e Noah, conversavam enquanto isso, tive tempo de reparar no mesmo.
Seus cabelos ondulados caídos de sobre a testa e os olhos verdes escuros, como uma pedra preciosa, acompanhados olhar penetrante, parecia enxergar a alma dos outros. Davam uma conjunto de macho alfa, como uma bad boy inalcançável.
Seu maxilar marcado em traços másculos e atrativos, a boca bem desenhada e levemente preenchida. Além de tudo, seu corpo forte, os músculos tensionando, através de seu terno. Davam uma leve noção de que possuía uma corpo capaz de me fazer ter uma síncope, em seu pescoço havia uma tatuagem que lhe dava um charme a mais. E para finalizar.... Seu sotaque era forte e envolvente.Ele com toda certeza não era um velho babão em estado catatônico.
- o que acha filha ? - indagou, meu pai, fazendo eu olha-lo.
- eu... Aham - falei, perdida.
Só aí, percebi que encarava, apreciando a beleza do Urrea de forma descarada, o mesmo havia me pego no flagra,então, abriu um sorriso de lado totalmente presunçoso, que visualmente era sexy. Em conjunto com o olhar convencido.
Fazendo meu rosto ganhar um forte rubor.Foco, Gabrielly!
- tudo ficará sob o controle de Noah, ele irá reger os negócios - disse meu pai e o mesmo assentiu.
- não mesmo, posso cuidar das coisas. Tenho preparo para isso, não é atoa que sou herdeira de tudo - me posicionei.
- há coisas que uma mulher, não é apta. Isso é uma dessas coisas, ser herdeira é apenas um título. Se contenha com isso - o Urrea entra na conversa, se direcionando a mim.
- ah, cale essa boca. Sou muito capaz, posso fazer qualquer coisa, basta eu querer - falei ríspida.
- Any Gabrielly, modos - meu pai exigiu, me olhando repreensor.
Esperando eu me desculpar com Noah, por ter o mandado calar a boca. O mesmo arqueou a sobrancelha e sua expressão que já era fria e vazia, piorou. Agora ele me olhava como se eu tivesse cometido um crime.
Parece que alguém não gosta de ser confrontado.
- não vou pedir desculpas. Já não basta casar forçada com esse cara, ainda tenho que ficar a sombra dele? Não mesmo! - falei, firme.
- mulheres mais atraentes que você e com famílias tão influentes como a sua, morreriam para trocar miseráveis palavras comigo. Se sinta privilegiada - disse egocêntrico.
- o senhor é um grande babaca, não é capaz de ser no mínimo educado. Pelo menos na frente de meus pais? - indaguei, o desafiando.
Me levantei, colocando a mão sobre a mesa e ele fez o mesmo.
- você deveria ter mais controle sobre suas respostas. Odeio ser confrontado, tome cuidado com suas palavras, Soares - disse passando a mão contornando a boca e descendo para o queixo.
- problema é seu - respondi, indiferente.
- desculpe, Noah. Any foi criada para ser mais obediente. Não ligue para suas respostas malcriadas - disse meu pai.
- não se preocupe Luke... Tenho um jeito especial de lidar com isso - me encarou indecifrável.
- não ache que vai me domar como uma cachorrinha - falei entre dentes, olhando para o Urrea.
- não me desafie, Soares - falou perto de meu rosto e senti um calafrios correr em meu corpo.
- então, tenha isso como uma aposta ou tá com medo de perder?- sorri provocante.
Ele ficou calado então, foi minha vez de dar um sorriso presunçoso.
A conversa transcorreu normalmente, o Urrea parecia prestes a explodir de ódio toda vez que eu me posicionava contra. Seus olhares sérios e duros direcionados a mim, eram uma mensagem implícita de que eu teria problemas se o enfrentasse.
Nota da autora: sim, teremos enemies to lovers. Porque eu sou apaixonada🛐

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𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 || 𝑵𝒐𝒂𝒏𝒚
Fanfic꧁𝐀𝐧𝐲 𝐆 & 𝐍𝐨𝐚𝐡 𝐔꧂ Any Gabrielly exercia grande poder sobre mim, como serotonina em meu organismo. Ela era minha pequena porção de felicidade e euforia. Aqueles olhos, aqueles malditos olhos castanhos penetraram minha alma, dominou minha ment...