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Any Gabrielly

NY Manhattan, 17:30 pm.

Me tremia as pernas só de pensar no que poderia passar na cabeça de Noah, seus olhos verdes estavam mais escuros. Seu olhar me fazia pensar se provocar ele seria uma boa ideia.

Estava iniciando um jogo de sedução com meu maridinho, iria levá-lo ao seu limite, mas não deixaria nada acontecer. Até porque se deixasse estaria fudida, nos dois sentidos da palavra.

Na hora do almoço, parecia que conhecia à Nicolas e sua esposa há anos. Eu conversava e contava alguns momentos engraçados que passei para eles, enquanto esperava a comida.

- você tem um ótimo senso de humor - disse Nicolas rindo.

- obrigada - sorri, fazendo um gesto como se desse tapa no vento.

- precisamos ir às compras juntas algum dia - disse, Lucy a esposa de Nicolas e assenti freneticamente.

Além de ser uma ruiva muito bonita, Lucy era extremamente divertida e agradável. Antes do almoço dona Wendy já tinha ido embora, mas todo o tempo que estivéssemos juntas fui amigável.

Precisava ser confiável o suficiente, o tipo de pessoa que é tão boazinha que chega ser boba. Aquela que não seria capaz de quer de matar uma mosca. A segunda etapa era mostrar à Noah que seguiria a risca o juramento, renegando a qualquer um e sendo fiel a nossa aliança.

E assim eu faria.

Segunda etapa: ser confiável (em andamento);

- adorei conhecer vocês! - sorri me despedindo de Nicolas e Lucy. Que prontamente sorriram de volta com a promessa de que nos veríamos mais vezes.

O sol já começava a se pôr, entrei no carro de Noah almejando uma boa e básica comida brasileira e logo após minha cama.

Dando partida no carro, seguimos em silêncio em direção a casa que agora dividimos.

Tentei relaxar o corpo sobre o banco do carro. Mas, algo me incomodava, o banco. Ele... Tremia?

Me mexia mudando a posição, mas a tremedeira continuava.

Ergui meu corpo, sem entender bulhufas alguma, e o tremor continuava, mas, agora tendo contato quase direto com minha vagina, já que eu usava um vestido e uma calcinha com tecido fino.

- o que é isso? - indaguei olhando para Noah que, olhava fixamente para a rua.

- isso? - indagou de volta.

- o banco tá tremendo - falei, ele me olhou como se eu fosse louca.

- isso não é possível, Gabrielly. A não ser que o banco esteja solto - disse simples e voltou a dirigir sem nenhuma preocupação.

Mas, o tremor continuava lá, passado poucos segundos ficou mais forte, respirei fundo, tentando desviar meu pensamento daquilo.

- Santo Deus - murmurei, me remexendo novamente.

- tá com algum problema? - indagou confuso.

- nenhuma - informei, negando veemente.

Logo aumentou a velocidade outra vez. E eu quase, quase gemi.

Aquilo estava me levando a loucura, meu corpo pegava fogo. Sentia minha calcinha molhar cada vez mais, queria que parasse, mas ao mesmo tempo necessitava de mais.

Abri as pernas ligeiramente e me empinei de leve, ficando ereta, fazendo o tremor ter mais contato com minha intimidade. E aumentou mais a velocidade.

- oh! - o gemido escapou dos meus lábios, sem que eu pudesse pensar.

Mordi o lábio inferior com força e olhei para Noah de esguelha, o mesmo sorria abertamente, de forma presunçosa, claro que isso tinha dedo dele.

- dá pra parar de fazer a porra do banco tremer? - pedi quase engasgando.

- que boquinha suja, Gabrielly - sorriu - e não se faça de difícil, está gostando - disse por fim, totalmente despreocupado.

- você não sabe de nada! - rebati, não queria deixar transparecer meu desespero e tesão.

- então, vamos ver o quanto aguenta - ele sorriu malicioso.

Agarrei as laterais do banco, porque  agora sentia tremer de forma violenta contra minha intimidade, minha atual missão era não revirar os olhos, nem gemer.

Mas era difícil, aquele vibrato nem minha buceta era extremamente delicioso, virei o rosto para não olha-lo e fechei os olhos abrindo a boca levemente, a respiração ofegante e eu media  forças contra mim mesma, para não gemer. E só precisava fazer isso até chegar em casa, mas era difícil.

Homem miserável.

Quantas velocidades tinha aquela merda, afinal?

A luz no fim do túnel se acendeu quando, reconheci a rua. Estávamos perto de casa e eu a ponto de enfiar a mão na minha calcinha como uma desesperada e me aliviar.

O carro parou ainda ligado e eu me contorcia de prazer tentando parecer discreta e estava prestes a gozar. Quando Noah desligou o carro, valendo a vibração enlouquecido cessar.

- desgraçado... - reclamei, estava quase atingindo meu ápice. Mas logo me recompôs - achou que eu iria implorar para que me fizesse gozar? - ri sarcástica e ele arqueou a sobrancelha.

- você é o último homem com quem procurarei me satisfazer - alfinetei. Sabia que o Urrea odiava ser subestimado ou rejeitado.

Senti sua respiração quente bater contra meu rosto de tão perto que ele estava.

- Soares - sua voz grave e rouca me fez arrepiar - como você é tola...  Eu serei o único homem que irá te dar prazer e só vai gozar no meu pau, enquanto eu faço você gemer meu nome e me odiar mais ainda por ser o filha da puta que está te fodendo - sorriu ele, enquanto eu sentia meu ponto de prazer tremer.

- e isso é por me deixar de pau duro em público, mas não ache que serei bonzinho assim sempre - concluiu sua fala.

Eu havia ficado sem palavras, o que o Urrea tinha de cafajeste, tinha de irresistível.

Saí do carro quase correndo em direção ao meu quarto, onde queria ficar o resto da noite.

(...)

NY, Manhattan 07:00 am.

A noite havia sido terrível, meus olhos estavam pesados e minhas olheiras bem destacadas, os pesadelos ainda perturbavam minha mente e meu sono. Da mesma forma de quando eu era mais nova, só que agora era pior e frequente.

Ele sempre dizia a mesma coisa: "a culpa é sua... Toda sua!"

Me levantei da cama suando, com os cabelos úmidos assim como o rosto e o corpo, me acalmei e esfreguei os olhos calçando meus chinelos.
Tomei banho e me arrumei para ir ao galpão, hoje seria um dia cheio.

- é... Não está ruim - falei ao me olhar no espelho. Meus cabelos estavam presos a um coque, eu usava uma regata preta e uma calça da mesma cor, dispensei o sutiã dessa vez, já que a regata tinha bojo e eu levava outra muda de roupa. Não precisaria me arrumar tanto hoje.

Desci para o andar de baixo, e na cozinha Noah tomava café encostado na pia, entrei no cômodo falando um: "bom dia" que foi respondido com um gesto simples.

Pus café na xícara e dei um gole no líquido quente e sem doce e o tomei.

Olhando para o nada, respirei fundo, me sentindo bombardeada pela minha própria mente... Eu sabia que não tinha culpa, mas ainda carregava aquele peso.

𝐍𝐨𝐭𝐚 𝐝𝐚 𝐚𝐮𝐭𝐨𝐫𝐚: o próximo capítulo trará revelações...

Desculpem pela demora, por isso vou postar dois capítulos hoje. Um agora e outro mais tarde🤠

𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 || 𝑵𝒐𝒂𝒏𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora