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Maratona 4/4

Any Gabrielly

NY, Queens  22:30 pm.

Dirigi pela rua de mão unica, que tinha carros estacionados de ambos lados, assim que achei uma vaga vazia, estacionei meu carro, saí dele, jogando meus cabelos para trás, fazendo as madeixas caírem sobre os ombros.

- Gaby?! - ouvi a voz de um homem atrás de mim.

- Aron? - fiquei surpresa, ao me virar e vê-lo.

Ele veio em minha direção em passos largos, assim que se aproximou o bastante abriu os braços, me puxando e me envolvendo num abraço longo e apertado, me erguendo, em seguida. Retribuí meio desengonçada e ele me pôs no chão.

- pensei que tinha ido embora da cidade, você sumiu das ruas - comentou se colocando a minha frente de modo que tampava minha visão.

- aconteceram algumas coisas, mas estou de volta - respondi, me encostando em meu carro.

- e melhor que nunca... Tão linda quanto a última vez que a vi - sua voz saiu mais lenta e as palavras mais articuladas.

- obrigada - respondi, sem lhe dar tanta atenção, olhando em volta discretamente, a procura da mulher da foto.

Meus olhos varreram o lugar, mas nem sinal do que poderia ser elam Certa de que a acharia depois, voltei minha atenção ao homem à minha frente, Aron e eu entramos em uma conversa divertida sobre nossa adolescência caótica, das primeiras vezes que eu havia corrido e sobre como nos conhecemos.

- naquele dia descobri que Bailey vinha pra cá correr e o segui - falei, colocando o dedo indicador na boca.

- lembro que, arrumou confusão com uma outra garota e apostou o próprio carro, sendo que nunca tinha disputado um racha... A única que pensei naquela hora foi : "essa garota é doida pra caralho" - disse ele, e acabei por rir, devido o jeito que falou.

- e eu ganhei - me gabei, joguei meus cabelos para o lado - daí, nunca mais parei de correr - completei, revivendo as memórias em minha mente.

Trocamos mais algumas meias palavras e ele foi embora, saiu da minha frente, me permitindo ter uma visão ampla novamente, meus olhos correram pelo local que enchia cada vez mais, porém, tudo que havia encontrado era um Noah Urrea me encarando tão profundamente e tão carrancudo que me fez engolir seco, sua expressão denunciava o quão insatisfeito estava, caminhava em passos lentos e precisos, vindo em minha direção.
Como um predador, pronto para dar o bote em sua presa, quanto mais perto ele chegava, mais detalhes de sua linguagem corporal, eu conseguia perceber, os punhos cerrados e o maxilar travado, as veias saltadas, parecendo que iria explodir.

- vem - disse e colocou a mão em minhas costas me empurrando de forma discreta, até sairmos do meio movimentado.

Assim que nos distanciamos, ele agarrou meu braço, o apertando. Eu corria sendo puxada por ele, ja que seus passos largos e rápidos.

- Noah para, que merda! - reclamei, puxando meu braço com força, finalmente me soltando dele.

- o que falava com aquele filho da puta? - indagou, indo direto ao ponto, com os braços cruzados.

- não te interessa - cruzei os braços, também.

Ele suspirou pesadamente, passou a mão no rosto e cabelo, de forma nervosa, e voltou a me encarar.

- você quer me tirar do sério, não é? - perguntou retórico, erguendo a mão  na direção do rosto e a fechando com força, respirando fundo - responde logo, caralho.

𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 || 𝑵𝒐𝒂𝒏𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora