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Any Gabrielly

NY, Manhattan 12:15 pm.

Assim que me sentei à mesa do restaurante, vi Hina entrar no local. Rapidamente, ergui o braço acenando para ela que já me procurava.

- trouxe o que te pedi? - indaguei ansiosa.

- claro - respondeu, puxando a cadeira.

- mas eu já disse eu vou dizer de novo. É maluquice, Any. Se o Urrea sonhar que está bisbilhotando a vida dele e pior está enganando ele... Puta que pariu, ele te mata da pior maneira forma possível - disse apreensiva.

- se sabe disso por que está me ajudando? Ele pode te matar também, você sabe - falei simples.

- eu sou sua melhor e única amiga, sabe que se matar alguém eu ajudo a esconder o corpo. Não estou preocupada comigo, ele não seria o único a querer passar a faca em mim- disse como se fosse óbvio e sorri de leve.

Ela tirou da bolsa algumas anotações e fichas, em seguida estendeu para mim.

- aqui está a lista de mulheres que ele se relacionou. Com suas características e informações pessoais, a mesma coisa essas pessoas que já foram da máfia, ou que já foram aliados dele e o traíram. Acho que não preciso dizer que estão todos mortos - explicou.

- até as mulheres? - perguntei e ela assentiu.

Antes mesmo de precisar me casar com o Urrea eu já havia iniciado uma pesquisa sobre ele. Além do desvio de moral, ele não era a pessoa mais apegada do mundo, também sabia dar o valor mínimo à vida, matava por diversão. Isso já era explícito.

- pelo que indica ele nunca se apaixonou, muito menos amou alguém - disse Hina, enquanto eu guardava tudo em minha bolsa.

- isso é impossível... Até os piores seriais killers se apaixonam - pontuei e chamei o garçom.

Terceira etapa: conhecer o oponente; (em andamento).

(...)

NY Manhattan, 19:45 pm.

Cheguei em casa mais cedo, já que o Urrea iria ficar no galpão por mais algumas horas.
Entro em meu quarto e me jogo na cama, sentindo uma dor insuportável no corpo, dizendo com mais certeza nas costas.

Tudo que eu queria era retirar a tensão que parecia pesar meu corpo, me levantei da cama, e fui procurar uma roupa confortável. E logo uma luzinha se acendeu em minha cabeça.

- a hidromassagem - abri um largo sorriso.

Tomei um banho demorado, aproveitando a água em meu corpo. E logo após subi para o andar de cima, que diga-se de passagem seria a primeira vez que eu iria desfrutar do lugar.

A hidromassagem com sauna a vapor, além da vista de tirar o fôlego, que dava para um floresta, o que já era mais do que esperado já que, a casa tinha uma distância considerável do centro da cidade, as estrelas e a lua crescente enfeitavam o céu.

No cantinho, uma pequena adega, com vinhos antigos e algumas várias garrafas de conhaque. O ambiente era bem aconchegante, diferente do resto da casa.

Fui até a hidromassagem, e liguei para que a água esquentasse, colocando em seguida alguns sais. Abri uma garrafa de vinho e despejei o líquido numa taça grande, retirei o roupão deixando-o pendurado e entrei.

- que maravilha - resmunguei.

Era disso que eu precisava, as bolhas formadas na água morna batiam em meu corpo relaxando cada vez mais meus músculos, fechei meus olhos por algum tempo apreciando o momento, por alguns minutos.

𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 || 𝑵𝒐𝒂𝒏𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora