36

213 16 9
                                    

Any Gabrielly

NY, Manhattan 01:30 am

Hina, estava no colo de Noah, ele a segurava como se fosse uma noiva, Sabina sorria abraçada com Josh. Até Noah sorria. Todos pareciam muito felizes.

Minha cabeça parecia um pião girando e girando.

Como Hina conhecia aqueles três?
De quando?
De onde?

Conheço Hina desde os meus 15 anos. Nessa idade ela já fazia parte de uma gang mas, que ligação eles têm?
Porque ela nunca disse nada?
Porque fingiu que não o conhecia quando falei que casaria com ele.

Ela é essa irmã que Noah fala no bilhete? Se é, mesmo que de consideração, porque agem como estranhos? Como escondeu isso tanto tempo?

Se os quatro eram amigos, porque só sobraram Noah e Josh?

Tantas perguntas, meus neurônios pareciam esquentar dentro da minha cabeça, como se fosse explodir a qualquer minuto.
Naquele momento, me veio uma pontada no peito, será que Hina estava de alguma forma me enganando?

Folheei as páginas do livro tentando achar mais alguma coisa e na capa de trás estava escrita uma data, que presumi ser a que havia sido entregue o presente.

12/10

Dia do aniversário da Hina, seus 15 anos pra ser exata.

Fiquei trêmula e me senti mais desnorteada do que outrora.
Eram tantas informações pra assimilar, que resolvi apenas, colocar a foto no livro novamente e guardar onde achei. E assim fiz, em silêncio, tentando manter a calma.

Desliguei as luzes e saí do cômodo.

- o que faz acordada? - dou de cara com Noah,  ao passar pela porta.

- caralho! - soltei o calor de imediato, dando um passo pra trás- ai minha nossa senhora - continuei pondo a mão no peito.

E ele se encostou na parede, esperando minha resposta.

- estava sem sono, resolvi ler algo - respondi, após respirar fundo.

- sua respiração está tão ofegante que parece que correu uns bons e longos metros - rebateu, me analisando.

Dei de ombros e entrelacei meus dedos, a frente de meu corpo, encostando as mãos em minha barriga.

- vou deitar - falei querendo pôr um fim naquela conversa toda, então me pus a andar.

- quer uma água? Um copo de leite com açúcar? - perguntou, e me virei pra ele novamente.

- não, estou bem - respondi e ele apenas assentiu, voltando a andar.

Voltei ao quarto e me joguei na cama, mentalizando tudo que precisava escrever em meu caderninho. E assim, caí num sono relaxante e profundo.

(...)

No dia seguinte, não fui ao galpão pela manhã, estava sozinha em casa. Momento mais que perfeito para escrever tudo que precisava e xeretar mais se necessário.

Todas as informações que eu tinha ainda eram desconexas demais.

Se não fosse Noah o assassino de Bailey, quem seria?

Agora todos eram suspeitos...

Meus pais- porque me lembro que na última vez que os visitei, minha mãe, não estava satisfeita com meu querer de procurar mais sobre o caso;

𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 || 𝑵𝒐𝒂𝒏𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora