Any Gabrielly
NY, Manhattan 08:45 am.
Fui em direção a floricultura mais próxima, comprei um buquê de mini margaridas e fui em direção ao cemitério.
Hoje seria o aniversário de Bailey, e saber que não estava mais aqui era como ter um grande espaço vazio em mim. Ao chegar em sua lápide deixei as flores e me sentei ali perto sem me importar se era sujo ou com as bactérias e micróbios.
Quando ele morreu, não fui ao enterro, não quis me despedir, era demais pra mim.
- eae maninho - abracei os joelhos, olhando para sua lápide - tem acontecido muitas coisas. Casei, acredita? - ri sem humor.
Bailey além de meu irmão mais velho, era meu amigo de toda vida. Foi ele que me ensinou a dirigir, me ensinou também defesa pessoal, me levava para os rachas escondido junto com ele.
- eu sinto muito sua falta, muito - lamentei, passando a mão pelo rosto.
- sabe, eu acho que o pai tem razão, é tudo culpa minha - falei amargurada, sentindo um bolo formar na minha garganta.
As lágrimas se formaram em meus olhos e os flashbacks daquele dia me acertaram como um soco no estômago...
- Any, responde pelo amor de Deus - ouvi a voz de Bailey sair pelo radinho preso à minha cintura.
- tô viva - respondi, pisando fundo no acelerador - acho que consigo dar conta - falei por fim.
- você é maluca? Eles te repartem no meio. Eu já vou! - afirmou e respondi um "ok".
- que merda! - exclamei assim que vi um carro parado a minha frente, me encurralando.
Um homem apontou uma arma disparou um vez no vidro e depois no pneu.
Pensei rápido e abri a porta do carro e me jogando para fora do veículo em movimento, rolei pelo chão ralando os braços e vi meu conversível bater contra o muro.
Levantei com o joelho meio dolorido e corri para longe, logo vi outro carro virar a esquina.
- merda! - murmurei.
- pode correr, mas não pode se esconder vadia! - a voz de um dos homens bradou.
E a minha única e péssima opção foi entrar num beco. Muito inteligente da minha parte. Mas, a cidade estava um caos, era noite de purificação, então se eu não morresse ali, provavelmente morreria em qualquer outra esquina.
- olha o que temos aqui - sorriu um dos homens.
- não se aproxime! - falei chegando para trás.
- calminha, só precisamos esperar seu irmão. Mas, enquanto isso podemos nos divertir - disse sorrindo perverso e engoli seco.
Quando percebi estava contra a parede o homem agarrou meu pulso me puxando e prendendo em seus braços me debati mas, nada. Num ato desesperado lhe dei uma cabeçada, fazendo ele cambalear. Os outros dois capangas que estavam com ele ficaram na entra do beco.
- vadia de merda - ele deu um tapa estralado em meu rosto e agarrou meus cabelos, fazendo meus olhos lacrimejarem.
O homem era o dobro o meu tamanho, além de ser corpulento não dava pra medir força. Mas eu tinha uma vantagem: eu era mais rápida. Só precisava acertar seus pontos vitais.
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𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 || 𝑵𝒐𝒂𝒏𝒚
Fanfiction꧁𝐀𝐧𝐲 𝐆 & 𝐍𝐨𝐚𝐡 𝐔꧂ Any Gabrielly exercia grande poder sobre mim, como serotonina em meu organismo. Ela era minha pequena porção de felicidade e euforia. Aqueles olhos, aqueles malditos olhos castanhos penetraram minha alma, dominou minha ment...