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Any Gabrielly

NY, Manhattan 07:10 am.

O despertador berrava incessantemente, rolei pela cama com os olhos pesados de sono, tentando alcançar e calar o barulho que me infernizava.

- cadê essa droga? - murmurei e rolei mais um vez. Alcançando meu celular em seguida.

Respirei fundo, me levantando, estiquei o corpo, e comecei a arrumar minha cama.

Fiz uma lista mental das coisas que precisava fazer hoje, enquanto encarava meu guarda-roupa.

Optei por uma saia preta traspassada e justa, acima dos joelhos. Uma camisa também preta de gola alta, e saltos. Tomei um banho demorado, fiz um penteado em meu cabelo, o deixando preso.

Na bolsa coloquei as coisas necessárias como uma outra muda de roupa e os absorventes para seios e a bombinha. Me olhei no espelho, satisfeita sorri e sai do quarto.

- se demorar mais, iremos nos atrasar - disse Noah, encostado na parede. Me fazendo tomar um mini susto.

Uma rápida observação, o mesmo também usava preto, o mais incrível é que roupa social lhe caía tão bem como uma luva. Seus cabelos úmidos levemente caídos emoldurando o rosto.

- pode parar de aparecer do nada? - indaguei pondo a mão na cintura.

- não - soltou uma piscadela e balancei a cabeça negando.

Saímos de casa e fomos até a garagem, entrei no carro de Noah, e logo veio a minha mente a tremedeira do banco... Balancei a cabeça afastando meus pensamentos e me acomodei.

- o que temos que fazer hoje? - indagou ele.

- bom - comecei pegando o celular e abrindo meu bloco de notas - agora de manhã, teremos uma reunião com o Juiz, depois um de nós tem que supervisionar a chegada das drogas - falei e dei uma pausa, puxando o ar para falar as demais coisas.

- faça a supervisão, precisarei sair - avisou.

No decorrer do trajeto, fiquei emburrada automaticamente, ao lembrar que o motivo da minha fome era que não consegui tomar café antes de sair de casa.

Mesmo assim, não iria pedir Noah pra parar em alguma padaria ou coisa do tipo, já estávamos atrasados.

Eu batendo os dedos em minhas pernas e levemente carrancuda, eu olhava a rua. Quando percebi que Noah fez uma curva fora do trajeto.

- atalho? - indaguei.

- não, estamos indo à outro lugar - respondeu.

- onde? - indaguei novamente, porém mais curiosa agora. E ele nada respondeu.

- vai me sequestrar? - cruzei os braços, falando com um ar de riso.

- sim, estou te levando para uma casa de campo. Lá vou te foder na varanda e depois amarrada, no meu quarto- informou e me lançou um olhar perverso.

Mordi o lábio inferior, sentido minhas bochechas ganharem um leve rubor. Me ajeitei no banco e respondi:

- que engraçado - cerrei os olhos.

- quem disse que estou brincando? - indagou seriamente.

Engoli seco e preferi ficar calada.

Ele parou em frente a uma cafeteira e me olhou fazendo sinal para que eu saísse do carro com ele.

Entramos no lugar que além de ter uma decoração bonita, tinha um cheiro maravilhoso.

- escolha o que quiser - informou, sucinto.

𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 || 𝑵𝒐𝒂𝒏𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora