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Maratona 1/2

Any Gabrielly

NY, Manhattan 08:00 am.

O brilho do sol entrando pelas frestas da janela me incomodavam terrivelmente. Fechei meus olhos com mais força, usando as mãos para fazer mais sombra.

Estiquei o braço, me espreguiçando soltando um longo bocejo. Sentei na cama e esfreguei os olhos, reconhecendo em seguida o quarto de Hina.
Praguejando a luz do sol, achei meu celular entre os lençóis, vendo várias chamadas perdidas dos meus pais. Bufei cansada, prendi meu cabelo e caminhei descalça até a cozinha do pequeno apartamento.

- oi - cumprimentei, forçando um sorriso simpático. E me encostei na jardineira da cozinha.

De cabeça baixa, eu tentava lembrar do que havia acontecido na noite passada.

- bom, acredito que esteja com muita dor. Rainha do fiasco - a voz de Hina me despertou. Olhei para ela que tinha a expressão empática, segurando um copo d'água e um remédio.

- minha cabeça parece prestes a explodir, sinto como um carro tivesse passado por cima de mim e quero morrer também - falei pegando a água e o remédio de suas mãos.

- efeitos destruidor da ressaca- deu de ombros.

Após o café da manhã e de estar parecendo uma pessoa digna e não alguém que nem lembra a última coisa que bebeu ontem.
Fui para casa, entrando não vi minha mãe na sala folheando sua revista como sempre, nem na cozinha tomando seu café com meu pai e Alex.

Comecei a subir as escadas, desejando chegar em meu quarto, quando meu celular começou a tocar, era meu irmão.

- oi - falei, após atender.

- cadê você? - ele estava nervoso, seu tom de voz denunciava isso.

- acabei de chegar em casa - falei calmamente. Continuando a andar pelo corredor, até que senti uma mão segurar meu braço e me puxar pra dentro de um cômodo.

Após o pequeno solavanco me trazendo para dentro, pude perceber que estava no quarto de Alex.

- quer me matar de susto? - pus uma mão em meu peito e empurrei seu ombro levemente com a outra.

- não mas, parece que você quer morrer - disse, andando de um lado para o outro.

- do que você tá falando? - perguntei, ainda alheia da situação.

- o Urrea não quer mais aliar a máfia dele a nossa - informou.

Logo a expressão de confusão tomou meu rosto. Eu não suportava o Urrea, mas, era inegável que tê-lo como aliado era mil vezes mais inteligente do que ter como inimigo.

Mas, antes de perguntar o motivo da mudança de repentina, Alex dispara:

- o Urrea disse que não casaria com uma mulher que age com uma vadia, se entregando a qualquer um.

Meus lábios se abriram lentamente, um misto de choque com raiva se apossou de mim. Apesar de odiar o Urrea e mais ainda a ideia de ter que casar com ele, eu sabia que era necessário.

- aquele maldito! Como ousa falar assim de mim? Eu nunca perderia minha virgindade com um desconhecido e... - atônita, eu falava até que, pus até lembrar do chupão que tinha em meu seio.

Chupão esse que, eu nem lembrava como havia chegado em meu corpo, mas, que com toda certeza era consequência da noite passada. Cujo eu não lembro nem da metade.

Merda! Mil vezes merda!

- tenho que concertar essa burrada - peguei minha bolsa saindo do quarto dele.

𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 || 𝑵𝒐𝒂𝒏𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora