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Noah Urrea

NY, Manhattan 23:00 pm.

Faço uma breve massagem em minhas têmporas, enquanto ouço Sina.

- espera - fiz sinal, para que ela parasse - está me dizendo que, ainda não conseguiram pegar a porra do carregamento? - levantei meus olhos, fitando a loira.

- é... Chefe. Mas, e-eu tenho uma explicação coerente pra isso - Deinert gaguejou.

- claro que tem uma explicação, vocês são todos imprestáveis. Não sabem fazer caralho nenhum direito! - esbravejando, bati com as mãos na mesa.

Ato que gerou um barulho exagerado na sala, a loira pulou e engoliu em seco, dando um passo para trás.

- toda vez que tentamos roubar a carga, alguém chegava antes de nós, não é nossa culpa - explicou baixo.

Caminhei até ela rapidamente, mantendo uma distância considerável, cruzei os braços mantendo a postura imponente, então a mesma abaixou a cabeça.

- calada - mandei e imediatamente ela o fez.

- foda-se os percalços, se eu mando fazer algo, eu não quero saber se chegou alguém antes ou não. Eu quero feito, entendeu? - gritei em seu rosto, rangendo os dentes e ela assentiu rapidamente proferindo um: "sim, chefe".

- saí! - abri a porta de minha sala para ela.

Assim que Sina se retirou do recinto, caminhei até a pequena mesa de vidro no canto da sala. Num copo despejei uma dose de uísque e logo virei na boca e afrouxei a gravata.

Tenha santa paciência, tantas coisa para resolver e agora mais essa.

Liguei para Josh o convocando a comparecer em minha sala, para resolvermos o problema. Passado alguns minutos, estávamos a tentar resolver o que precisava.

- hoje é o último dia que chega o carregamento das armas e drogas. A próxima leva só vem daqui dois meses - me informou.

- então, vocês irão resolver isso hoje - respondi.

- não sei se vai dar. Precisamos saber onde estamos errando primeiro - ele passou a mão pelo queixo.

Antes que, eu pudesse falar algo, a porta de minha sala foi aberta e por ela entra Any, logo atrás Sina.

- isso aqui é o cu da mãe Joana? - questionei indignado com o tumulto.

- desculpa chefe, mas, ela também me manda - Sina justificou, apontando para Any.

- exatamente, também mando nessa joça toda - Any se prontificou.

Fechei a cara mais ainda, encarando seriamente a brasileira, fazia duas semanas, desde nosso encontro no cassino de seu pai, também duas semanas que trabalhamos juntos.

- caralho Gabrielly, quantas vezes eu já falei, que não é pra entrar assim? - reclamei.

- temos coisas à resolver - disse ela, ignorando minha fala.

- primeiro a questão do carregamento. Alguém fez o mapeamento errado - começou a falar.

De uma pasta ela retirou o mapa de New York, e estendeu na mesa.

- marquei os pontos estratégicos, onde o caminhão irá passar e refiz todo o trajeto - debruçou sobre a mesa, apontando no mapa.

- como tem certeza que está certa? - a olhei decrescente.

- se já tiveram mais de duas tentativas fracassadas para que insistir no erro? Sei que estou certa, analisei tudo antes - respondeu.

- além dos horários serem divergentes, o caminhão passa duas ruas depois de onde estávamos a espera - concluiu Josh, olhando o mapa.

𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 || 𝑵𝒐𝒂𝒏𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora