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Any Gabrielly

NY, Manhattan 06:00 am.

Olho em direção a janela do meu quarto que está entre aberta e vejo que já está de manhã, o sono que me fugiu toda a noite, agora tinha me acertado em cheio. Meu sono estava totalmente desregulado nos últimos dias, a exaustão e ansiedade pareciam me consumir por inteiro.

Olho a hora e lembro do compromisso que eu havia marcada às 08:00 com minha mãe.

- um cochilo não mata ninguém, vou conseguir acordar na hora - resmunguei, me aconchegando na cama quentinha e convidativa.


Pisco os olhos com dificuldade, o sono faz com que minhas pálpebras fiquem pesadas. Ignoro minha vontade de dormir mais um pouco e estico meu corpo, me movendo sobre a cama e resmungo mau humorada ao ouvir o despertador tocar incessante.

Me sento, buscando meus chinelos com os pés. E logo o pensamento de estar atrasada para algo me desperta e olho as horas no pequeno relógio sobre o móvel ao lado da minha cama que ainda toca.

- 09:00... - digo após desativar o alarme.

- MERDA, MERDA! - pulo da cama.

- achar que dormir uma hora, vai repôr o sono perdido de uma noite inteira?... Genial - falo em tom de sarcasmo, para mim mesma.

Já pronta, me olhei no espelho e constatei que estava confortável.
Não houve tempo para tomar café em casa, minha mãe havia programado uma manhã exaustiva de compras.

Caminho carregando algumas das várias bolsas enquanto sigo minha mãe, que saí da décima quinta loja.

Nunca pensei que um casamento arranjado teria tantos preparativos. Mas pelo pouco que eu sei a cerimônia é considerada como a maior forma de selar um acordo para os Urrea's. E eles levam isso bem à sério.

Tanto que, um dos princípios da máfia italiana, é nunca trair a esposa, pois: se você é capaz de trair quem confia em fechar os olhos e dormir ao seu lado, você não é digno de confiança de ninguém.

- por Deus, já chega mãe - suplico cansada.

- se a bela adormecida tivesse pronta no horário, já estaríamos indo para casa - disse, sem ligar para meus murmúrios.

Bufei, chateada e ela se pôs a falar novamente:

- só falta comprar lingeries novas - disse, apontando para uma loja, noutro lado da rua.

- não preciso de mais roupas íntimas - falei simples.

- não ache que irei deixar você ir para sua lua de mel com os trapos que você tem- informou andando na frente.

- assim a senhora me ofende, não vejo problemas com minhas peças íntimas - me pronunciei.

Ela olhou para trás, me fitando. Minha mãe soltou um suspiro pesado,se aproximou e disse:

- você precisa de peças mais ousadas. Além do mais, precisa de herdeiros para continuar os negócios - disse minha mãe, dando um leve tapinha em meu queixo.

Após digerir suas palavras, eu quis gargalhar em seu rosto.

Ela acha que Noah e eu iremos transar?

Coitada, se ela soubesse que o Urrea não me acha nem um pouco atraente. E que nossa relação se baseia apenas em trabalho. Me mantive calada, e apenas a segui para dentro da loja.

(...)

A manhã agitada havia passado, a parte da tarde foi trabalhosa. Pelos meus cálculos, já devia ser 18:00.

𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 || 𝑵𝒐𝒂𝒏𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora