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Noah Urrea

NY, Brooklyn. 07:00 am

O maldito cabelo, caía sobre meu rosto, insistindo em ficar bagunçado. Bufei, sem paciência, desisti e saí do banheiro, indo para meu quarto e comecei a me vestir.

Deixei a camisa branca com alguns botões abertos e dobrei as mangas até o cotovelo, após vestir a calça. Já pronto peguei as chaves de meu carro.

O trânsito na ponte do Brooklyn era um verdadeiro inferno. Estava totalmente congestionado, eu demoraria a sair dali.

Respirei fundo e rangi os dentes impaciente.

Passei as mãos de forma nervosa pelos cabelos, havia tantas coisas para resolver e agora estava preso ali. Peguei meu celular e liguei para Sina, afim de passar algumas coordenadas.

- bom dia, chefe - disse ela ao me atender.

Pulei as formalidades da boa educação e fui direto ao ponto.

- recepcione o carregamento das armas e drogas. Chegarei aí após às 13:00 - disse seco.

- pode deixar, precisa de mais alguma... - antes que ela terminasse desliguei o celular.

Sem me importar se estava sendo grosseiro, eu não estava ali para ser educado e nem queria.
Sempre fui conhecido como grosseiro e egoísta, isso nunca me incomodou. Na verdade, eu gostava de ser respeitado e reverenciado, fazia bem ao meu ego.

Meus dedos tamborilavam no volante e pela terceira vez eu havia visto a hora.

Passando uns 25 minutos os carros começaram a andar, mas a lerdeza ainda era presente.

Assim que os carros começaram a andar mais rápido, acelerei, mas, logo foi necessário uma freada bruta, para evitar uma colisão entre meu carro e o do motorista da frente.

Mas, em questão de segundos, senti um carro chocar na traseira do meu automóvel, deixando minha ira mais que acesa.

- farabutto! - esmurrei o volante e saí de meu carro, numa rapidez desnecessária. Já pronto para resolver da pior maneira aquele incidente.

O carro de trás era uma Porsche e do automóvel saiu uma mulher negra, sua pele brilhava sob o sol, era mais baixa do que eu, apesar de estar usando salto. Pisando fundo andava vindo em minha direção.

- será que pode prestar atenção enquanto dirige? Olha o que me fez fazer, que merda! - reclamou, cruzando os braços.

Arquei a sobrancelha, incrédulo. Quem ela pensa que é? Não tem nem altura para me peitar.

Seu sotaque era forte, calculei que provavelmente não era daqui.

- não me culpe por sua burrice e por não saber dirigir direito - informei cerrando os punhos.

- aposto que dirijo melhor que você, idiota - me enfrentou, novamente.

Chegava a ser engraçado ver a desconhecida emburrada. Parecia um Pincher, apesar de tudo sua valentia me irritava profundamente.

𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 || 𝑵𝒐𝒂𝒏𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora