𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 || 𝑵𝒐𝒂𝒏𝒚

21

NY, Manhattan, 13:45 pm.

Noah Urrea

Dirijo impaciente, batendo os dedos com força no volante, enquanto espero o semáforo abrir.

E assim que a luz verde, aparece no semáforo acelero, continuo meu caminho até o galpão, até que minha atenção é roubada por uma loja de grife, na vitrine um vestido, então, sem pensar duas vezes faço o retorno.

- o que houve? - indagou Josh, que me acompanhava, já que a cacheada em questão não havia ido para o trabalho de manhã.

- eu vi algo pra Any - respondi e ele sorriu malicioso.

- nem pense! - me pronunciei, antes que começasse com suas gracinhas, e o loira ergueu as mãos em sinal de rendição.

Estacionei e entramos na loja, já procurando a vendedora, e logo uma mulher veio me atender.

- olá, senhores - nos cumprimentou cortes, e fizemos o mesmo.

- quero aquele vestido - apontei para vitrine.

- é uma ótima escolha, mas só temos tamanho único - informou e assenti tendo certeza que serviria.

- olha, até que você tem bom gosto - comentou Josh e respondi um: "Eu sei".

- a Any vai ficar muito mais bonita que já é - completou sua fala, me fazendo ficar carrancudo.

- é o que? Quer ficar sem a porra dos dentes? - indaguei, mudando de humor repentinamente, o encarando profundamente, sentindo meu sangue esquentar diante de sua fala.

- não está mais aqui quem falou, não precisa se irritar - se redimiu tocando em meu ombro e me afastei.

- Sra. Urrea pra você e qualquer outro- rosnei, cerrando os pulsos. O loiro se manteve calado e apenas assentiu.

Enquanto a mulher ia buscar a peça, continuei a olhar a loja, me deparando com um conjunto, de brincos e colar de brilhantes, e assim que ela voltou, mandei separar, para que eu levasse.

Com as sacolas em mãos, Josh e eu voltamos para o carro, e continuei o trajeto para o galpão onde esperava encontrar Any, me sentia ansioso não só pelo fato de que havia comprado algo para ela, e queria que gostasse, mas, simplesmente pensar nela já me deixava atônito.

Assim que cheguei procurei por ela por todo o lugar, mas nada, nem sinal.

- Hina, onde está a Soares? - perguntei, parando a Japonesa.

- ela disse que não viria hoje, precisava resolver algumas coisas - informou e saiu.

Senti minha cabeça girar, e se ela estivesse com outra pessoa? Alguém melhor que eu? E se estivesse me traindo? Não.. Não, ela não podia, somos casados e ainda tínhamos um contrato.
Pensamentos absurdos como esses me bombardeavam todos os dias, em todos os momentos que ela não estava ao meu lado, tinha algo em Any que me puxava, como um imã, me sentia tenso quando meu dia não era preenchido com sua presença.

- inferno... - xinguei. Precisava saber onde ela estava, o que fazia, que tomava tanto seu tempo.

Andei rapidamente até minha sala, entrando no espaço, fui até o computador o ligando, e acessei o aplicativo do rastreador que coloquei no carro dela. O mesmo permitia que eu acompanhasse onde Any estava em tempo real, e ouvisse o que conversava, vi o trajeto que tinha percorrido, de casa, até uma biblioteca no Bronx e a última parada era na casa de seus pais.