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Noah Urrea

NY, Upper West Side  02:25 am.

Voltamos para o andar debaixo, agora o parecia mais cheio que antes, as vozes se misturavam pessoa totalmente alcolizadas sem nenhum equilíbrio esbarravam em nós, caminho na frente tentando abrir espaço para que venhamos passar, mas, percebo que Any havia ficado para trás no meio da confusão.

Voltei empurrando as pessoas na minha frente, tentando chegar o mais rápido possível até ela, a peguei no colo como uma noiva, fazendo ela arregalar os olhos, mas mesmo assim, abraçou meu pescoço.
Assim que saímos, coloquei no carro e dei partida.

Decidi pegar a estrada mais deserta, para não ter perigo das esbarrar com o corpo de bombeiros ou a polícia.
Any se mantinha calada, parecia pensativa, imersa nos próprios pensamentos, passávamos pela estrada de chão, e como era de se esperar o carro sacolejava insessantemente, por conta dos buracos. Até que o barulho começou a se tornar repetitivo e mais evidente.

- acho melhor parar - ela alertou e assim fiz. Estacionando no canto, numa estrada vazia, cercados por grandes árvores nas laterais e escuridão.

Any desceu do carro com a lanterna do celular ligada e desci logo atrás, me entregou o aparelho para que eu iluminasse. Ela abriu o capô, se debruçando, enquanto olhava o motor.

- não é aqui... - disse, após olhar por dentro e fechar o capô e se abaixou.

- pneu careca, está muito gasto e por isso furou, a roda estava batendo no chão - explicou se levantando.

- tem algum pneu reserva? - indagou e neguei, entregando seu celular.

- não tem o que fazer - explicou, deu de ombros.

Peguei meu celular e como esperado, estava sem área.

Ótimo! Agora estávamos incomunicáveis.

Any estava encostada no capô do carro, de braços cruzados, olhando para o chão, enquanto batia o pé repetidas vezes no chão.

Andei até ela, tendo a visão de seu rosto avermelhado por algo que imaginei ser uma bofeta e do canto de sua boca, perdia um pouco de sangue.

- o que aconteceu? - perguntei, segurando seu rosto.

- a esposa do Juiz havia ficado meio desesperada, e me acertou em cheio com um soco - respondeu.

- então, vamos cuidar disso - quebrei o silêncio, me referindo à seu machucado.

E entrei no carro, pegando no banco de trás uma bolsa pequena de primeiro socorros, que sempre carregava, para momentos exatamente como esses.
Me aproximei dela, peguei o algodão e o soro, limpando o cantinho de seus lábios. Joguei o algodão fora e peguei o outro, repetindo o processo, mostrando um pequeno corte.

- você é estúpido na maioria das vezes, mas até que sabe ser gentil - quebrou o silêncio.

- ás vezes me arrependo de não ter envenenado sua comida toda vez que tive chance - a provoquei, fazendo ela revirar.

- eu comeria com prazer, para me ver livre de você - alfinetou de volta.

Peguei um remédio e passei sobre o pequeno corte.

- porra, isso arde - grunhiu, puxando minha mão, afastando de seu rosto.

Ela respirou fundo e deu sinal para que eu continuasse, segurei seu rosto como uma das mãos e com a outra pressionei o algodão sobre sua pele.

Ainda ali, aproveitei para observar seus traços mais de perto, fazendo uma análise bem detalhada. Desde os olhos cor de chocolate expressivos e atentos, a bochecha um tanto rechochudas que quando sorria se tornava um pouco mais evidente e eu poderia até achar fofa, também seus lábios chamativos e carnudos, que eu quis tocar, provar e comprovar seu eram tão deliciosos como aparentavam, e o corpo, aquele pequeno corpo, comparado ao meu, que mesmo coberto o vestido longo revelador na medida certa, apertava os seios os contornando perfeitamente me fazendo salivar, sua cintura marcada e o contraste da sua pele no vestido.

- meu rosto é aqui encima, garanhão - chamou minha atenção, estralando os dedos a frente do meu rosto.

Saindo de meus devaneios, me afastei dela, ela agradeceu e ainda encostada no capô do carro, se abaixou para retirar os saltos, e assim que o fez, levantou se movendo desconfortável no vestido, tentando o afrouxar pelo menos um pouco.

Retirei o paletó e comecei desabotoar a camisa, no intuito de dar para que ela vestisse.

- vou lhe ajudar tirar vestido e você fica com minha camisa - voltei a ficar de frente para ela.

Ela me olhou receosa, por alguns segundos e ri da cara que fazia.

- não vou te devorar - tentando a tranquilizar - A não ser que você peça com jeitinho - completei, piscando para ela.

Ela encarava atentamente meu tronco que ia sendo despido devagar, seus olhos vidrados em meus braços e mãos, respirou fundo e soltou, a encarei de volta fazendo a mesma desviar o olhar, mordendo o lábio inferior.

Após abrir o zíper, entreguei a camisa, ela olhou para os lados se certificando que não havia ninguém além de nós, continuou de costas, e a observei colocar minha camisa que ficava na altura das coxas, um pouco acima da cinta liga que usava, depois de vestir minha roupa, retirou seu vestido por baixo, me dando a visão de sua calcinha vermelha.
Me aproximei, a ponto de fazê-la sentir minha respiração, puxei seu seu corpo sentindo sua pele macia com a seda, passei o nariz levemente sobre seus ombros. E abracei sua cintura grudando meu peitoral em suas costas quente.

Não conseguia me conter, a queria sempre, estava quase implorando para que pudesse tê-la ali.

- Noah, eu... - sua voz ressoou e pude ver sua pele arrepiar, ela se moveu, tentando se afastar novamente, mas a segurei fazendo ficar cara a cara comigo.

- para de fugir - tracei uma linha de suas costas, pousando a mão em sua bunda.

Seu rosto ficou a centímetro do meu, a encarei com fascínio, contornei seus lábios, hipnotizado e sedento por eles. Sem perder tempo ataquei seu lábios, com vontade e sem nenhum pudor, por alguns segundos ela amoleceu em meus braços, deixando um suspiro escapar por seus lábios, sua mão segurou minha nuca, e pus uma em seu rosto e outra em sua cintura, nossas línguas entraram em contato, me permitindo sentir o gosto de vinho com alguma outra bebida de menta que ela tinha tomado, eu a segurava como se nossos corpos fossem se fundir, senti uma explosão dentro de mim, seu lábios eram macios e tão deliciosos como eu imaginei.

Mordi, puxei seus lábios com os dentes, me deleitando neles, enquanto seu jeito tímido e delicado ms fazia explodir em excitação, queria continuar a beijando até meus pulmões queimarem por falta de ar.

Assim que nos afastamos, encarei seus lábios estavam levemente inchados, acredito que os meus também estavam. Nossas respirações desreguladas, e os corpos ainda colados, mas ainda não era o suficiente. Segurei seus cabelos, formando um rabo de cavalo e puxei para trás, os olhos de Any brilharam e seus lábios entreabertos.

- só um beijo e já está assim? - a provoquei, abrindo um sorriso perverso e cheio de malícia.

- você é um babaca... Eu odeio você! - me insultou.

- isso, me odeie! Arranhe minhas costas enquanto geme o nome do seu inimigo, aquele que vai te foder encima desse capô - puxei-a novamente para um beijo necessitado, agora erguendo o joelho e tocando em sua buceta, a fazendo gemer, contra minha boca.

Eu havia adquirido meu mais novo vício: Any Gabrielly.

𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒂 𝒔𝒆𝒓 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 || 𝑵𝒐𝒂𝒏𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora