𝓬𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 21

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✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

𝐿𝓊𝒶

As sentinelas realmente não haviam encontrado nada.

Voltei para o meu quarto com Pompom e me joguei na cama olhando para o teto pensando no vagalume.

Para onde aquele vagalume estava indo?

Era a pergunta na minha cabeça. Até que outra pergunta surge. Como vou para a Corte Estival?

Não posso simplesmente aparecer lá, tem que haver um motivo, um motivo inocente que não faça ninguém desconfiar da humana com poderes.

Para isso precisava conversar com Feyre, ela conhece esse lugar melhor que eu, além de conhecer os Grão-Senhores pelo fato dela ser uma Grã-senhora. Mas também Lucien poderia saber de alguma coisa.

Me levantei e fui atrás de Estela.

Até que chego na cozinha e ela estava preparando uma bandeja.

- Olá, Lua! Estou preparando um lanche para você.

- Não precisa. Em vez disso, quero que faça uma coisa para mim.

- E o que seria? - ela ergueu as sobrancelhas.

- Sabe atravessar? - sorri inocente.

Eu precisava encontrar Lucien, ele seria quem me colocaria dentro da Corte Estival. Não é que eu não goste de Feyre, mas ela está grávida não pode se arriscar no momento.

- Sei... - disse desconfiada.

- Preciso saber onde Lucien está morando, sabe me dizer onde? - perguntei.

Ela me olhou desconfiada e eu devolvi com um sorriso inocente.

- O que está aprontando? - ela cruzou os braços.

- Nada, é que eu queria falar com o Lucien e não sei onde ele está morando agora já que ele disse que não iria mais morar na Corte Noturna.

- Poderia ter dito antes. Ele agora mora nas terras humanas, não sabia?

- O que? - perguntei confusa, ele não me disse nada sobre isso.

- Se mudou pra lá faz um tempo. Depois da guerra de Hybern não passou muito tempo na Corte Noturna, passava maior parte do tempo na mansão da rainha Vassa, agora pelo o que parece resolveu se mudar permanentemente.

Ele havia me dito que iria se mudar, mas não disse para onde. E também não me disse sobre essa rainha Vassa, quem é ela?

- Você sabe onde é? - apoiei meus cotovelos na bancada.

- Sei. Posso te levar lá.

Eu sorri de novo e ela lavou as mão na torneira enquanto isso, fui me despedir de Pompom, não iria levá-lo dessa vez. Ele grunhiu e segurou meu vestido mas consegui me soltar, e antes de fechar a porta do quarto abracei seu pescoço. Talvez reviver ele seja uma coisa não coerente de se fazer, mas eu sentia falta dele, dos dias em que chorava na cela sentia falta daquele calor perto de mim, dos seus grunhidos a noite e seu jeito brincalhão e desastrado.

Ele era meu conforto todos os dias em que meus pais mal falavam comigo e as únicas pessoas que eu via eram minhas damas de companhia. Ele era tudo pra mim desde a infância, já que não fui muito de fazer amizades com outras meninas da minha idade.

Fechei a porta traçando um poder sobre ela - ele poderia arrombar aquela porta - com um aperto no coração porque ele sabia fazer manha. Aqueles grandes olhos pretos imploravam pra ir junto.

𝓒𝓸𝓻𝓽𝓮  𝓛𝓾𝓷𝓪𝓻  • acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora