𝓬𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 26

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✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

𝐿𝓊𝒶

Eu estava a uns quinze minutos procurando alguma coisa. Espalhei os livros no chão à procura de qualquer coisa e não encontrei nada.

Até que ainda a procura nas prateleiras de magia antiga, em uma das páginas de um livro branco, havia escrito sobre camuflagem no mar. Lá dizia que era mais fácil se fosse uma quantidade pequena de pessoas e disse que poderia ser desfeita com uma simples frase ao menos se alguém interferisse. Ao menos se o feitiço fosse aplicado de uma maneira que apenas a própria pessoa que o aplicou pudesse desfazer.

Então alguém poderia estar prendendo a Corte Lunar debaixo d'água. Mas quem e por quê?

Rasguei aquela página e guardei. Já se passaram trinta minutos e eu precisava ir. Me levantei e fui em direção à porta até ver uma escada de corrimão dourado que levava para baixo. Eu não havia visto aquilo antes, então resolvi descer.

A escada era em espiral e a cada passo mais gelado o ar ficava. Até que vi uma certa claridade vindo do final dos lances de escada. Havia vários monumentos e baús grandes.

Em um canto pergaminhos grandes e fui até lá.

Como eram grandes então precisei abri-los no chão, tinha um mapa antigo com a escrita que não me era conhecida, o mapa mostrava a Corte Lunar. Por que esse mapa mostrava a Corte Lunar e por que estava aqui?

Peguei outro pergaminho onde o desenho mostrava apenas a Corte Lunar e mais palavras que não conseguia ler em volta da ilha, presumo que seja informações sobre ela. Eu precisava levar eles comigo, talvez Helion conseguiria entender.

Fui pegando outros pergaminhos e espalhando no chão, vi algumas figuras da Corte Estival e mais informações sobre os antigos Grão-Senhores e tudo escrito da letra que conheço. Porém sem mais informações sobre a Corte Lunar.

Apenas aqueles dois pergaminhos.

Ouvi um ranger. Olhei para o vaso cilindro onde os pergaminhos estavam, ele se abaixou lentamente e passou pelo chão. E como fonte, passou a sair uma quantidade enorme de água dele.

Devagar as outras coisas do cômodo foram afundando no chão e fazendo a mesma coisa, mais fontes de água.

Eu precisava sair, foda-se aqueles pergaminhos.

Me levantei e fui até onde dava as escadas correndo mas acabei encarando a parede de pedra, não havia nenhuma escada dourada. Tentei atravessar mas havia mais e mais paredes de pedra, como se a escada não estivesse lá antes. Fui para o outro lado sentindo a água em minhas panturrilhas e tateei a parede à procura de vácuo mas tudo concreto. Tentei atravessar de novo e havia mais paredes de pedra.

Eu estava presa, presa em um cômodo totalmente vazio e que logo viraria um aquário se eu continuasse aqui.

Eu não sabia atravessar paredes de largura maior que três metros, não me treinaram para aguentar mais que isso em Vyridian. Aliás, não me treinaram para sobreviver. Meus pais me treinaram para ser uma boa esposa e rainha, apenas isso. Além de nunca me deixarem usar os poderes da lua. Não posso culpá-lo, não conheciam a origem do meu poder, não sabiam o que poderia controlar, apenas ouviram as pessoas e me pediram para não usá-lo, por medo. Porque afinal não previram que uma louca acabaria com o reino.

Estava passando a me desesperar quando a água já estava em minha cintura.


𝐸𝓈𝓉𝑒𝓁𝒶

𝓒𝓸𝓻𝓽𝓮  𝓛𝓾𝓷𝓪𝓻  • acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora