𝓒𝓸𝓻𝓽𝓮 𝓛𝓾𝓷𝓪𝓻 • acotar

𝓬𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 8

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

𝐿𝓊𝒶

Acordei com uma dor de cabeça. Pisquei algumas vezes para me acostumar com a luz do dia.

As lembranças do que aconteceu vieram à minha mente e comecei a me perguntar se Feyre estava bem, se Phauna estava bem.

Me sentei com dificuldade na cama e reparo nos meus braços.

Um sorriso largo surgiu em meu rosto.

- Meus poderes voltaram! - cochichei para mim mesma.

Quando aquela mulher havia me prendido nas masmorras do castelo, ela havia apagado meus poderes para garantir que eu não fugisse. Agora eles voltaram. Percebi que uma lágrima descia pelo meu rosto e a limpei rapidamente. Não imaginava que eles iriam voltar um dia, afinal foram três anos sem eles, sem me defender.

Alguém bate na porta e entra.

Era uma mulher baixa e de cabelos pretos, olhos verdes e pele branca como a neve.

- Que bom que acordou! - ela dá um meio sorriso. - Algumas pessoas querem te ver, mas disse a eles que quando acordasse eu iria avisar. Quer que eu avise?

- Por que está me perguntando isso?

- Sempre pergunto isso aos meus pacientes, acabou virando um costume.

- Ah... Pode avisá-los sim.

Ela assentiu e em sua mão surgiu uma carta. Ela o carimbou e depois ela desapareceu no ar.

- Por quanto tempo eu fiquei aqui?

- Não muito, só essa última noite. E como se sente?

- Com uma dor de cabeça mas nada demais.

- Vou pegar um remédio para você que irá resolver isso.

Ela estava mexendo em alguma coisa nas prateleiras e me entregou um copo pequeno e me fez tomar aquele líquido que desceu rasgando minha garganta. Fiz uma careta que fez aquela mulher sorrir de canto, estava se divertindo com a situação. Enquanto eu ainda tinha o gosto ruim na boca.

Logo ela se retirou e fechou a porta.

Comecei a rever as lembranças. Me lembro quando meu impulso empurrou Phauna para longe. Lembro de Rhys protegendo Feyre mas não lembro como vim parar exatamente aqui.

Acabei supondo que o próprio Rhys ou a Feyre me trouxeram aqui.

Passei a reparar que em minhas costas havia um curativo que até então não estava sentindo a dor do corte feito ali.

Com uma batida leve na porta vi Lucien com trajes mais formais que da última vez em que eu o vi entrar.

- Você veio! - sorri para ele.

- Como se sente? - ele vem até mim e se senta na beira da cama. Ele estava preocupado.

- Ótima, como nova!

- Que bom. - ele sorri de canto.

Ele passou um bom tempo olhando as tatuagens e meu cabelo. Lucien também está curioso e tem muitas perguntas.

- Pode fazer sua pergunta.

- O que? - ele ficou surpreso.

- Sei que tem perguntas em relação a mim, então pode perguntar qualquer coisa que eu respondo. Com uma condição. - levantei o indicador. - Que eu também possa fazer perguntas. No meu mundo isso é um jogo e eu vou saber quando estiver mentindo. - arqueou a sobrancelha desconfiado da proposta.