Últimos Desafios: O Rubi de Copas - parte 1

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É quase meia-noite quando chego ao alto do prédio onde fiquei de me encontrar com a Selina. Porém, não a vejo em parte alguma.

S/N: Mulher-Gato, onde você está?

Nenhuma resposta, nem sinal dela. Espero dez minutos e nada. Será que isso é parte do desafio dela? Pisco os olhos de uma forma específica para ativar o sensor térmico das minhas lentes. Se ela estiver por perto, vou ver sua assinatura de calor. Dou uma boa olhada ao redor. Os prédios à minha volta são comerciais, então não vejo movimento, exceto por três figuras caminhando num nível mais próximo da rua.

Desligo o sensor térmico e me aproximo para ver do que se trata. O movimento vem de dentro do museu municipal.

Encontro uma claraboia no alto do museu e escorrego para dentro da sala de segurança

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Encontro uma claraboia no alto do museu e escorrego para dentro da sala de segurança. Encontro o vigia nocauteado em frente à vários monitores. Será que foi a Selina? Não, uma das telas me mostra o responsável pelo que está acontecendo. O app de reconhecimento do meu traje também entra em ação.

 O app de reconhecimento do meu traje também entra em ação

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"Identificação facial: Jervis Tetch. Codinome: Chapeleiro Louco".

Ele é escoltado por um par de guardas usando fantasias que lembram o valete do baralho, um dos guardas tem uma barriga de chope. A Selina vai ter que esperar. Pressiono meu ouvido para ativar o ponto eletrônico.

S/N: Oráculo, sou eu. Sem querer esbarrei numa invasão no Gotham Museum. O Chapeleiro Louco está aqui.

Bárbara (rádio): Ah, droga! Me dá segundo para acessar as câmeras do museu. Já estou vendo ele. Eu devia ter desconfiado que o Jervis ia fazer alguma coisa.

S/N: Por que diz isso?

Bárbara (rádio): O Rubi de Copas está em exposição. É uma joia avaliada em dez milhões de dólares. Com um valor desse e uma nome que faz referência à Alice no País das Maravilhas é óbvio que o Chapeleiro tentaria alguma coisa.

Observo todos os monitores até encontrar um banner com a imagem do rubi, mas a joia em si está faltando.

S/N: Ele já pegou o Rubi de Copas. Por que ainda está aqui?

Bárbara (rádio): Talvez queira roubar mais alguma coisa.

Antes de ir atrás do Chapeleiro, dou tapinhas leves no rosto do vigia para acordá-lo.

Vigia: Batman, o quê aconteceu? Ah, o Chapeleiro Louco!

S/N: Eu cuido dele. Fique aqui e chame a polícia.

Vigia: Espera! Aqueles dois com o Chapeleiro são o comissário Gordon e o sargento Bullock.

Bárbara (rádio): Meu pai?

Vigia: Os dois vieram fazer uma vistoria de segurança. Eles encontraram o Chapeleiro, mas ele fez alguma coisa e os dois ficaram como se estivessem em transe.

Bárbara (rádio): O Tetch usa um dispositivo de controle mental dentro do chapéu.

S/N: Já entendi. Vou cuidar de tudo.

Giro o botão do meu cinto para ficar invisível e alcanço o Chapeleiro. Ele parou diante de um livro antigo em exposição.

Chapeleiro: Aqui está. É uma beleza.

Desligo o modo de camuflagem e assumo uma postura altiva.

S/N: Ler é um bom hábito, Jervis. Mas roubar não é.

Chapeleiro: Batman? Como? De onde você veio?

Os dois guardas se viram para mim e comprovo que são mesmo Gordon, com seu bigode moreno claro, e Bullock, mais baixo e barrigudo.

Chapeleiro: Escuta aqui, Batman. Esse é um exemplar raro da primeira edição de Alice no País das Maravilhas. O valor desse livro é inestimável.

S/N: Concordo. É por isso que vai ficar onde está.

Tiro um bat-rangue do cinto.

Chapeleiro: Vão, meus valetes! Tragam a cabeça do Batman!

Gordon e Bullock:  Cortem-lhe a cabeça!

Os dois avançam com espadas. Gordon ataca primeiro. Faço uma esquiva lateral e o empurro para longe mim. Repito a manobra com Bullock e lanço o bat-rangue, derrubando o chapéu do Chapeleiro.

Ele corre atrás do chapéu. Bato os calcanhares para um impulso rápido nos jatos das minhas botas, só o suficiente para me projetar no ar. Aterrisso sobre o Chapeleiro, ele acerta o chão com força.

Agarro o chapéu e vejo que há inúmeros circuitos eletrônicos dentro dele. Usando a força aumentada do traje, esmago o chapéu, destruindo os dispositivos.

Gordon e Bullock vacilam.

Gordon: O que aconteceu?

Bullock: Só lembro de ver o Chapeleiro Louco e então... Ali! Batman e o Chapeleiro! Devem estar juntos.

Gordon: Não diga bobagens, Harvey. Está claro que o Chapeleiro dominou nossas mentes e Batman nos libertou.

S/N: Vocês estão bem?

Gordon: Nada de mais. Só meio zonzo.

Bárbara (rádio): Que alívio!

S/N: Ainda não terminamos.

Agarro o Chapeleiro pelo colarinho e o forço a ficar de pé.

Chapeleiro: Eu me rendo. Não precisa ficar violento.

S/N: O Rubi de Copas, onde está?

Chapeleiro: Não está comigo.

O levanto mais, deixando-o na ponta dos pés.

Chapeleiro: É verdade. A minha parceira levou o rubi.

S/N: Que parceira?

Chapeleiro: A Coelha Branca.

Bárbara (rádio): Até que faz sentido. Em Alice no País das Maravilhas, o Chapeleiro Louco e o Coelho Branco são amigos.

Só mesmo em Gotham para alguém achar que algo faz sentido em toda essa maluquice.

Chapeleiro: Primeiro pegamos o rubi. Então eu vim atrás do livro, mas ela não estava interessada, então foi embora com o rubi e... Ah, não! Será que ela me enganou?

Bullock: O que você acha, Einstein?

S/N: E quanto à Mulher-Gato?

Chapeleiro: Mulher-Gato? Ela também está aqui?

A expressão de confusão do Chapeleiro parece autêntica. O algemo e começo a correr para fora.

S/N: É todo seu, comissário. Vou recuperar o Rubi de Copas.

Ainda tenho tempo de ouvir um comentário do Bullock.

Bullock: Ele parecia mais baixo pra você?

Do lado de fora do museu, escuto as viaturas chegando e saio voando para cima. Agora não estou só procurando uma gata, mas uma coelha também.

O Novo Morcego (harem DC x male reader)Onde histórias criam vida. Descubra agora