The Sorting Hat: Take Two

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''Vejamos... Ah, sim, vejo com muita clareza... É, certamente há de ser...''

Harry ouvia o Chapéu Seletor murmurar dentro de sua cabeça, como se falasse sozinho. Achou que seria melhor não pensar muito alto por um minuto ou dois para deixá-lo trabalhar.

''Mas... Ora, ora... Bem, isso muda as coisas.''

''O que muda as coisas?'' Harry tentou perguntar ao chapéu, embora não soubesse se ele o ouvia.

''Bom... Eu vejo muita nobreza e coragem em você, Harry, vejo sim... Mas também vejo uma certa astúcia... Um inegável desejo de alcançar– não, ser melhor que as expectativas que as pessoas têm para você... Um certo desprezo pelas regras... Está muito bem balanceado, Harry. Estou indeciso.''

''Ah.''

''Não se preocupe, não há muito o que se fazer... Vou revirar mais um pouco e me decidir logo, logo.''

Harry firmou os dedos nos joelhos, quase fincando as unhas nas vestes, respirando fundo algumas vezes enquanto ouvia o Chapéu Seletor ruminar sobre que destino dar a ele.

''Talvez este equilíbrio seja um sinal... Hmm, vejo muita astúcia, também, é um rapaz esperto, Harry, vejo muito bem... Está bem. Me decidi.''

''Se decidiu?''

''É. Você verá.''

– SONSERINA!

A Professora McGonagall tirou o Chapéu da cabeça de Harry com uma certa pressa, e a primeira coisa que ele viu depois da seleção foram os olhares de todos os alunos do Salão sobre si, chocados, enojados ou invejosos. Quem quebrou o silêncio que se prolongou infinitamente por alguns décimos de segundos foi a própria mesa da Sonserina, os alunos das pontas puxando uma onda de aplausos enquanto Harry se aproximava da mesa deles.

Ouviu um monte de nomes dos quais não se lembraria e apertou muitas mãos, também. Correu a mesa inteira antes de se sentar, procurando um rosto ligeiramente familiar, uma ideia idiota na cabeça.

Encontrou-o sentado sozinho na ponta da mesa mais próxima das portas do salão, observando, desinteressado, as pessoas que se uniam às suas respectivas mesas. Perdeu a seleção de Colton Ryland para a Corvinal, sua atenção sendo rapidamente tomada pelo garoto se sentando ao seu lado.

– Então – Harry começou. – Draco Malfoy.

Malfoy olhou, por um segundo, Landon Smiles com o chapéu sobre a cabeça, antes de considerar responder Potter.

– Sim, sou eu. Fico feliz em saber que você tem a capacidade de se lembrar dos nomes das pessoas, Potter. – Ele respondeu, curto e grosso. Arriscou um olhar na direção de Potter, que parecia prestes a rir.

– É, eu normalmente lembro os nomes das pessoas. Eu sei que nós não tivemos a melhor das primeiras impressões, mas...

– Mas? – Um breve silêncio se criou entre os dois, o único barulho de fundo sendo a comemoração da mesa da Lufa-Lufa ao receber Covington Tickner.

– Eu acho que você não é tão ruim quanto parece.

– Estou tremendamente lisonjeado.

– Pode parar de ser sarcástico comigo por um segundo? Estou tentando fazer as pazes com você. – Harry explicou, estendendo a mão direita como o próprio Draco havia o feito alguns minutos antes.

– Ora, está? – Draco, embora genuinamente chocado por um momento ou dois, logo se animou e tomou a mão de Harry em um aperto informal, sorrindo minimamente, ato este que passou completamente despercebido por Harry, preso pensando em como a palma de sua mão era calorosa. – Deveria ter dito logo. Pois bem, as pazes estão feitas.

When I First Met YouOnde histórias criam vida. Descubra agora