When I First Met You

A Deadly Idea

 – Harry... Lembra que Blaise e eu combinamos de espalhar a notícia sobre a Armada de Dumbledore e te falar de quem estava interessado? – Pansy começou, quando Harry já estava terminando de arrumar o círculo de cadeiras no deserto Cabeça de Javali. A tensão em sua voz não podia ser nada bom.

– Lembro. Que que tem?

– Então... Eu falei com algumas pessoas, Blaise falou com algumas outras pessoas, só que... Saiu de controle. Acho que tem muito mais gente vindo do que nós imaginaríamos.

– ...Quantas pessoas, mais ou menos? – A tensão de Pansy começava a contaminar Harry. Convencer algumas pessoas a entrar no seu curso clandestino de Defesa Contra as Artes das Trevas era uma coisa, mas se surgisse gente demais...

– Não sei. Acho– acho que umas 10 ou 12, no máximo. Sei que é muito, mas...

– Já estão vindo! – Blaise avisou, correndo para longe da porta. Harry se sentou na cadeira de frente para a porta, com Draco ao seu lado, e Pansy respirou fundo antes de abrir a porta e se esconder atrás dela.

Harry registrou mentalmente todos que apareciam. Primeiro vieram os gêmeos Weasley, escondendo atrás de si Ron e abrindo alas para Gina Weasley e Luna Lovegood, entrando de mãos dadas; logo atrás delas, vieram as irmãs Greengrass, com Nott no encalço; Cho Chang e sua amiga, Marietta Edgecombe; Lee Jordan, Crabbe e Goyle, o capitão do time de Quadribol da Corvinal, Zachariah Smith, Ernie MacMillan, Justino Finch-Fletchley, Hannah Abbott, Susan Bones, Colin Creevey... E, por último, Hermione Granger, que tirou Pansy de seu esconderijo atrás da porta antes de entrar no círculo de cadeiras. Pansy teve que ficar em pé atrás de Harry, já que todas as cadeiras foram preenchidas.

– 12, no máximo? – Harry indagou sarcasticamente em um sussurro para Pansy.

– Eu disse que saiu de controle!

– E aí, Potter – Começou Finch-Fletchley, quebrando o clima de hostilidade entre seus colegas da Lufa-Lufa. Susan Bones estava agarrada ao seu braço, escondendo o rosto do olhar severo de MacMillan. – Você... Vai falar alguma coisa sobre essas aulas clandestinas?

– Vou, na verdade. Uhm... Eu sei que vocês– alguns de vocês– não confiam exatamente em mim, mas... Isso é pelo bem geral. A ideia era que eu ensinaria vocês alguns feitiços de Defesa Contra as Artes das Trevas, já que... Já que a professora Umbridge não nos dá aulas práticas.

Astoria Greengrass, claramente ali contra sua vontade, ergueu sua mão. Ela estava sentada no colo do namorado e Daphne estava de pé atrás dela.

– E que qualificação você tem para ensinar?

Harry deu de ombros e Astoria revirou os olhos.

– Não seja assim, Tori – Daphne censurou-a. – Eu sei que Harry sabe conjurar um Patrono.

– É, mas... Eu praticamente implorei pro professor Lupin me ensinar, e... Eu demorei muito a aprender.

– Você aprendeu a conjurar um Patrono no com o professor Lupin? No 3º ano? Mas isso é matéria de NIEMs! – Lee Jordan exclamou, e os gêmeos Weasley, um sentado de cada lado dele, evidenciaram a surpresa com acenos e expressões. – E você quer ensinar isso pra gente?

– Esse é o plano. Não é muito difícil, só leva um pouco de... Jeito.

– E não vamos esquecer da excelência de Harry no Torneio Tribruxo ano passado... Três anos abaixo do requerimento e ficou em primeiro, empatado com Diggory. Eu confiaria nesse cara pra me ensinar uns feitiços com certeza – Blaise continuou, e comentário sobre comentário tomaram a roda, com gente se debruçando sobre as costas das cadeiras e, de vez em quando, um olhar chocado ou admirado na direção de Harry. Ele definitivamente não sabia lidar com toda essa comoção.