O Primeiro-Ministro Jordan Montgomery estava quietamente celebrando o fim de mais um dia de trabalho em seu escritório quando ouviu o fogo crepitando. Ele se virou para a enorme lareira atrás de sua escrivaninha, acesa, e estranhou – estavam no meio de agosto, e mesmo quando estava frio, ele nunca deixava a lareira acesa enquanto não estava no escritório.
Alguém tinha entrado e acendido a lareira. Ou pior – a lareira estava se acendendo sozinha. Mas como a lareira poderia se acender sozinha?
Enquanto ele ponderava as possibilidades inutilmente e se aproximava da lareira, o fogo crescendo mesmo com pouca lenha, as chamas dançaram no ar por um segundo e brilharam em verde – e o reflexo de um homem apareceu nelas. Esse dia podia ficar mais esquisito?
Ele só assistiu o fogo continuar dançando e um par de sapatos aparecer através do fogo, e logo dando espaço a um homem inteiro – e depois mais outro. O primeiro era de altura mediana, pele parda e cabelos negros, ficando grisalhos na raiz, vestindo um terno de risca preto e cinza e um chapéu-coco engraçado; o segundo homem tinha cabelos dourados bem compridos, pouco abaixo dos ombros, olhos cor de oliva muito afunilados e intensos e estava vestido como se estivesse prestes a receber um Oscar. Seu quase 1.90 de altura fazia os outros dois parecerem pateticamente baixos.
– Ministro – O homem do chapéu-coco começou, estendendo a mão. – Desculpe pela interrupção, mas eu... Nós... Não íamos aparecer sem aviso se não fosse urgente. Eu sou o ex-Ministro da Magia, Cornélio Fudge.
– Ex-Ministro? – Montgomery indagou, ainda apertando a mão do sr. Fudge. O segundo homem só os assistia com interesse e um silêncio intenso de arrepiar. Ele parecia o tipo de homem de quem era apenas racional ter um pouco de medo.
– É uma longa história – Fudge suspirou, soltando a mão do Ministro. – Eu renunciei ao meu cargo depois de... Complicações no meu governo. Enfim, esse é o atual Ministro da Magia – E gesticulou para o homem atrás deles, que também se adiantou para Montgomery com a mão estendida.
– Rufus Scrimgeour – Ele se apresentou, e sua voz era rouca e séria como a de um mafioso. Tinha um leve sotaque escocês, e Montgomery não se demorou a apertar a mão dele com firmeza.
– Jordan Montgomery.
Ele só deu um último aceno e voltou o olhar severo para Fudge, que tinha um dos cotovelos apoiados na bengala e rodava a aba do chapéu-coco nas mãos.
– Ocorreram coisas terríveis no nosso mundo, Montgomery. Imagino que você já esteja pelo menos um pouco inteirado do funcionamento do nosso mundo, o mundo dos bruxos – Fudge começou, e Montgomery concordou.
– Sim, sim. Quando fui eleito, uma mulher apareceu... Acho que o nome dela era Amelia ou algo do tipo... E me explicou tudo sobre as escolas de bruxos e o Ministério da Magia. Nunca mais a vi de novo, o que aconteceu com ela?
– Amelia Bones é a assessora de Comunicação do nosso Ministério. Ela fez a mesma coisa com todos os Ministros dos últimos 20 anos – Fudge explicou. – Mas, já que você se preocupa, ela anda muito bem de saúde. Agora... Vou deixar os dois discutirem o que for necessário.
Assim, Fudge saiu pela mesma lareira por onde entrou, sem se incomodar de pisar nos restos de brasas, e Montgomery e Scrimgeour foram deixados a sós. Montgomery se sentou à sua escrivaninha de novo e ofereceu uma das cadeiras para o outro Ministro.
– Gostaria de se sentar, Scrimgeour?
Scrimgeour se sentou com excepcional elegância antes de voltar a falar.
– Pode me chamar de Rufus. Somos iguais – Ele explicou. – Você tem feito um trabalho muito nobre nos últimos três anos, Jordan.
– Obrigado – Montgomery respondeu automaticamente, sem esconder a surpresa de um elogio tão repentino. – Tenho certeza que você fará um ótimo governo, também.
Scrimgeour só balançou a cabeça, educadamente, e aprumou ainda mais a postura para começar a falar seriamente:
– Coisas terríveis tem acontecido no nosso mundo, Jordan. Temos esse... Antagonista, por assim dizer... Nós sequer dizemos o nome dele. Ele é uma figura de crueldade em essência, e é contra tudo que é bom. Bem... Ele tem esses seguidores, que se denominam Comensais da Morte, e eles causam caos e desgraça em nome de seu senhor.
– E o que os Comensais fizeram agora?
– Eles derrubaram uma ponte. Aquela grande ponte que liga o centro-Sul ao litoral... Foi obra deles. Quase 2 mil dos nossos morreram por isso.
– Eu achei que tivesse sido um ato de terrorismo. Dos nossos terroristas, digo – Montgomery comentou, imaginando pessoas voando ao redor da ponte na forma de vultos negros e lançando feitiços com suas varinhas encantadas para causar milhões de libras de prejuízo e matar quase 3 mil pessoas no processo.
– De certo modo, foi terrorismo. O senhor deles está mais forte do que nunca e eles estão conquistando aliados... Querem que todos saibam que estão ficando fortes e não têm medo de matar e destruir. Temo que teremos uma guerra em breve.
– Uma guerra?
– Isso não deve preocupar vocês – Scrimgeour garantiu, e Jordan voltou a se sentar, tendo se levantado no susto de ouvir a palavra guerra. Não podiam ter uma guerra agora! Quanto gastariam com o povo, os recursos! – Vamos fazer o possível para manter uma guerra entre bruxos somente entre bruxos. Por enquanto, só continue protegendo os seus e fazendo o bom trabalho que faz.
– Mas e vocês?
– Temos nossos soldados e truques em todas as mangas – Scrimgeour tornou a garantir, e Jordan sentiu os ombros despencando. Nunca se preocupou tanto com os bruxos, já que eles tinham o próprio governo, mas todos viviam no mesmo país, eram todos pessoas com histórias e sonhos... Homens trabalhadores, mulheres trabalhadoras, mães, pais e crianças... E quase 2 mil mortos em um só ato... – Podemos nos cuidar.
– Não hesite em pedir ajuda se for necessário. O dinheiro não me preocupa.
– É uma grande gentileza sua, mas acho que não será necessário – Scrimgeour concluiu, levantando-se da mesa e dando um último aperto de mão a Jordan. – Posso tentar, mas não posso garantir nada. Mantenha a segurança e a tranquilidade, mas se a maré virar contra nós, prepare-se para o pior.
– Pode confiar em mim, Ministro.
– É muito bom ouvir essas palavras.
Com isso, Scrimgeour se retirou e foi embora, também pela lareira, e Jordan se viu incluindo os bruxos em suas preces naquela noite antes de sair do prédio do Ministério.
[n. a.: SEXTAMOS COM O ICÔNICO COMEÇO DE "PRÍNCIPE MESTIÇO"! ou enigma do príncipe, como vocês preferirem chamar.
eu 'tava TÃO animado pra começar esse que vocês nem têm ideia... só digo uma coisa: grandes histórias nos esperam. huhu.
infelizmente, por hoje é só, mas eu vou metralhar vocês com capítulos mais pro fim do ano. espero que tenham gostado! vejo vcs dia 1º de novembro... meu deus como passa rápido. e até lá, se cuidem, meus amores, tio luka ama vcs!! <3]
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When I First Met You
Fanfiction"Todos nós já fizemos escolhas que interferiram nas nossas vidas... Mas e se tivéssemos deixado o destino decidir por nós? Harry Potter, um bravo herói da Grifinória, foi vítima de sua própria interferência na escolha das casas, ainda em seu primeir...