Peace Lies Nowhere

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[n. a.: vocês acreditariam em mim se eu dissesse que não ter postado ontem foi minha pegadinha de 1º de abril?]


 Fleur foi a primeira a entrar em pânico.

Ainda no vestido de noiva, ela correu para o aperto de Bill, chorando desesperadamente – eles não podiam ter uma noite de paz? Nem mesmo no seu próprio casamento? As outras pessoas começaram a gritar e a se apressar a ir embora logo depois, como se a sede do casamento fosse a fonte do problema, e não o prédio do Ministério.

Harry apertou o braço de Dray. Não sabia para onde iam, não sabia o que fazer, mas só tinha certeza de que o queria por perto. Pansy foi a mais inteligente na situação – ela logo segurou Harry pelo braço livre, já tendo arrastando Blaise consigo até onde eles estavam, e disse apenas "segurem firme" antes de Harry revisitar a estranha sensação de ser dobrado e esticado conforme os loucos desejos do espaço-tempo – estavam aparatando.

Eles pararam em uma rua deserta, no meio da noite. Pansy imediatamente soltou todos, apanhando uma bolsa pequena junto ao corpo, e Harry conferia se tudo em Draco continuava nos devidos lugares enquanto Blaise enfrentava as próprias náuseas sozinho.

– Vistam isso – Pansy mandou, apressada, tirando boinas, gorros, echarpes e casacos de dentro da bolsa. – Precisamos nos disfarçar na multidão... Passa esse gorro pro Harry, logo, a cicatriz dele entrega a gente a quilômetros de distância.

– Onde estamos? – Blaise perguntou, enrolando um enorme cachecol azul ao redor do pescoço, enquanto Pansy guardava as presilhas do cabelo e punha uma boina no lugar, cobrindo parcialmente os olhos.

– Londres. Erm... – Ela olhou ao redor, identificando uma placa poucos metros à frente. – "Tottenham Court".

– Você nos trouxe pra Londres?

– Eu sempre posso levar você de volta pra casa das Tonks, pra lidar com todo mundo em pânico.

– Tem uma cafeteria aberta – Harry observou, vendo as luzes acesas no fim da rua. – Podemos ir? Eu preciso muito de um café.

– Não sei como fazem o café trouxa, mas eu topo – Blaise concordou, e logo os quatro se encaminharam à pequena cafeteria no fim da rua, com um letreiro brilhante na fachada que dizia "COFFEE COURT" a quem pudesse vê-la.

Àquela hora da noite, era surpreendente que estivesse aberta, mas o movimento era pouco e só uma garota trabalhava, com o cabelo ajeitado em dois coques crespos na nuca e um sorriso meigo de atendente. Não devia ser mais velha que eles. Os quatro se sentaram em uma mesa fora da vista da rua, e assim que terminou de atender um senhor carrancudo, a atendente se dirigiu a eles.

– Boa noite! Como eu posso ajudar? – Ela perguntou, o crachá de "Olá, meu nome é Grace" tomando destaque no uniforme. Harry apanhou o cardápio sobre a mesa e deu uma olhada rápida.

– Eu... Vou querer um espresso com canela e açúcar, por favor.

– Eu vou querer um capuccino – Pansy adicionou, retornando o sorriso meigo da atendente. – E um daqueles brownies na vitrine.

Ela anotou tudo e olhou ansiosamente para Blaise e Draco, sentados perto da parede. Blaise parecia prestes a ter uma aneurisma.

– Eu não vou querer nada, obrigado – Draco concluiu, e Blaise engoliu em seco antes de anunciar:

– Eu vou querer o que ela pediu – Apontando pra Pansy, e logo a atendente saiu para a cozinha nos fundos. O senhor terminou de comer um misto quente, pôs uma nota de dez dólares na bancada e foi embora. Draco olhou para os três como se eles tivessem enlouquecido.

When I First Met YouOnde histórias criam vida. Descubra agora