Dumbledore's Army

62 7 0
                                    

 – Dobby? Eu... Preciso de ajuda.

– Ó, senhor Potter!

Até o próprio Harry estranhou sua ideia repentina de perguntar aos elfos domésticos onde poderiam sediar a primeira reunião da Armada de Dumbledore, mas eles deviam conhecer o lugar melhor do que ninguém, limpando-os de cima a baixo, dia e noite. Dobby recebeu Harry na cozinha escura com muita calorosidade.

– É, muito bom ver você também, Dobby. Vamos só... Cochichar por enquanto, pode ser?

– Claro, senhor Potter. Por que Dobby e o senhor Potter precisam cochichar? – Dobby indagou, sussurrando, e Harry se aliviou pela sua habilidade de seguir ordens. Ah, não me diga.

– Porque o que eu vou te perguntar tem que ser segredo – Harry explicou, e os enormes olhos de Dobby se iluminaram com gratificação. Ele provavelmente guardava muitos segredos dos Malfoy, e a muito tempo. – Você não pode contar a ninguém que eu perguntei isso. Não importa o quanto te ordenem a contar, essa conversa nunca aconteceu. Okay?

– Sim, senhor Potter. Dobby é muito bom guardador de segredos!

– Ótimo. Eu preciso de uma sala... Uma sala grande, para caber muitas pessoas, onde ninguém nos veja e não possa nos interromper nem nos ouvir. Existe alguma coisa assim no castelo?

– Claro que existe, senhor Potter. O senhor Potter quer, na verdade, a Sala Precisa.

– Sala Precisa? – Harry indagou. O nome soava um tanto vago, mas se ninguém mais soubesse para que a sala servia, seria perfeito... Dobby acenou com quieto entusiasmo.

– É. É onde Dobby e os elfos buscam materiais de limpeza e... E outras coisas. A Sala Precisa é a sala que tem todas as coisas que alguém pode precisar. É só... Precisar dela.

– Então, se eu precisasse muito de um espaço como eu te disse...?

– O senhor Potter poderia achar esse espaço na Sala Precisa.

– E ninguém mais poderia achar esse espaço?

– Não. A menos... Que alguém precise exatamente da mesma coisa que o senhor.

– Vai servir – Harry deu seu melhor para não esconder a alegria em descobrir a tal sala. – Muita gente conhece essa sala?

– Só Dobby e os elfos, senhor. E os fundadores da escola.

– Claro... Onde ela fica?

– A Sala Precisa fica no sétimo andar, senhor Potter! É uma porta muito grande, não tem como não ver.

– Ótimo... Ótimo. Obrigado, Dobby. Essa conversa não aconteceu, nunca, okay?

– Que conversa, senhor Potter?

Harry saiu com um sorriso, sem entender se Dobby realmente tinha se esquecido da conversa ou se ele só tinha descoberto um senso de humor. Aproveitando as horas tardias e todos os corredores vazios, com apenas alguns quadros familiares para espioná-lo, Harry subiu as escadarias em silêncio até o sétimo andar; era um dos andares mais altos da escola e ele ainda não teve nenhuma aula lá.

Era um ambiente inteiramente novo. O enorme lustre visível como uma merreca de luz no saguão de entrada agora era uma coisa luxuosa e ridiculamente enorme, com velas acesas dançando de um lado para o outro, trocando de lugar entre seus candelabros e alimentando uma a outra com suas próprias chamas. Os detalhes do chão, agora, pareciam minúsculos e insignificante. Bem quando virou ao lado da escada, Harry viu a porta que Dobby descreveu: um arco duplo de ouro emoldurava o portão e brilhava convidativamente. Harry apertou a maçaneta e respirou fundo.

When I First Met YouOnde histórias criam vida. Descubra agora