Good Love and Wisdom

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 – Claro que eu não li todas, estive ocupado demais ficando noivo.

– Calma... Quê? – Blaise questionou, devidamente confuso sobre tudo que tinha acontecido enquanto ele estava... Fora. Harry ficou da cor de uma lagosta, então foi Pansy quem abriu um sorriso digno de troféu e explicou:

– Harry pediu Draco em casamento.

– O quê? Como foi que eu perdi isso?! Meus– meus parabéns!

– Você encontrou mais alguma coisa importante, Dray? – Harry perguntou, esquivando-se do assunto de noivados por enquanto. Por que é que eles tinham que fazer tamanho rebuliço sobre isso? Para Harry, o noivado parecia a coisa mais natural do mundo.

– Não... Mas tem uma coisa que eu não sei o que é – Ele comentou, tirando uma carta do fundo da pilha que lera. Na base, perto da assinatura de Dumbledore, vinha um desenho carimbado de uma junção de um triângulo e um círculo, divididos no meio verticalmente. – Alguém sabe o que é isso?

– Se você não sabe, imagina a gente!

Mas Harry sabia exatamente o que era – e sabia, também, que Krum tinha que estar enganado. Dumbledore não usaria um símbolo de Grindelwald em uma carta 60 anos depois de romper vínculos com ele. E, sabendo que ele era um terrorista e um ladrão, duvidava que o sr. Lovegood também usaria... Então havia um significado oculto, um segundo significado para o símbolo – mas qual?

– O sr. Lovegood vai saber – Harry disse, levantando-se. – Ele usou um pingente com esse cordão no casamento da Fleur, eu lembro.

– E o que fazemos? Batemos na porta dos Lovegood e falamos "desculpa interromper a sua tarde, sr. Lovegood, Luna, mas temos que fazer umas perguntas sobre uma carta que não é nossa"?



– Uma carta roubada? Parece coisa que a minha filha faria... Podem entrar, fiquem à vontade. Acabei de servir chá.

Pansy entrou na casa, mas não poderia estar com o queixo mais caído. Harry conhecia Luna a mais tempo que eles, e um tanto melhor, também – se havia alguém que não se importaria em responder qualquer coisa, e até se divertiria com a intonação ilegal da coisa, eram os Lovegood.

O chá do sr. Lovegood era delicioso, morno e suculento, e Harry tomou bem umas duas xícaras antes do assunto ser retomado.

– Então, qual é o símbolo? – O sr. Lovegood enfim perguntou, tirando do alto de uma estante um pote de biscoitos cor-de-rosa, pondo-o na mesa. Draco mostrou a carta, dobrada para isolar o símbolo do resto da carta, e apanhou um biscoito enquanto o sr. Lovegood observava. Era de groselha, mas doce como mel. – Ah, claro que eu sei o que é! Imagino que tenham lembrado de mim por causa do cordão. Poderiam ter vindo perguntar mais cedo, eu ficaria feliz demais em explicar!

O sr. Lovegood tornou a se levantar e, dessa vez, foi até uma estante no próximo cômodo; voltou com um pequeno livro em mãos, com o símbolo na capa e o título "O Conto dos Três Irmãos". – São as Relíquias da Morte descritas nesse conto.

Foi Draco quem apanhou o livrinho, sentindo o peso do papel. O título lhe parecia estranhamente familiar, mas não de algo que ele lera – e então...

– Esse conto 'tá em "Beedle, o Bardo" – Ele disse, de repente. – Por isso eu reconheci. Não li o livro, só cheguei a folhear os títulos...

– "Beedle o Bardo" é um livro bom, mas é tão difícil de conseguir hoje em dia... Onde conseguiu um?

– Foi um presente – Draco disse, abrindo o livro e pigarreando. Os textos vinham em versos, lindamente ilustrados:

"Os três irmãos queriam atravessar a ponte

When I First Met YouOnde histórias criam vida. Descubra agora