Daily Madness

125 16 5
                                    

 – Se não fosse vocês dois, eu nem ia acreditar que não estavam juntos até agora.

Harry sequer ligou para o comentário de Pansy; estava afogado na boba alegria de estar andando pelas estradas de Hogsmeade segurando a mão de Draco e destinado a encontrar Sirius.

Como se seus dias não pudessem ficar melhores, na manhã depois que o final da segunda tarefa do Torneio foi ao Profeta, Harry recebeu uma carta de Sirius. Entre muitas encheções de linguiça para deixá-lo feliz com o envelope pesado e entremeios sobre como foi sua viagem (perfeitamente segura e discreta, até o que tudo indicava) de volta à Grã-Bretanha, ele escreveu como que casualmente que conseguiria trazer Bicuço até Hogsmeade, onde sabia ter uma cavernosa pouco além do vilarejo, e que ele e seus amigos poderiam visitá-lo em um dos fins de semana, já que ele planejava ficar por lá um tempo.

Harry sentia-se flutuar em um plano de pura alegria. Não apenas viria Sirius e Bicuço pessoalmente de novo, como poderia finalmente apresentar Draco ao padrinho como seu namorado. E assim se uniam as duas partes mais importantes da vida de Harry.

Pansy e Blaise, porém, não pareciam compartir do mesmo entusiasmo em ver Sirius; agora que sabiam que Harry e Draco estavam juntos (ou perceberam que não estavam juntos desde a Copa, como suspeitavam), bombardeavam-nos com perguntas sobre o novo estágio de sua relação.

– Então vocês juram que não estão namorando desde a Copa?

– Quem me dera – Harry brincou com o que normalmente tomaria como uma irritação; mesmo com os outros dois fazendo da subida já ruim até a cavernosa de Sirius um questionário infernal, ele só apertava a mão de Dray na sua, sentia o aperto de volta e sabia que tudo ficaria bem, afinal.

– Mas vocês chegaram pro ano letivo tão grudadinhos... O Harry 'tava até com crise de ciúmes!

Ciúme? – Ora, dessa história aí Draco não sabia. Ele só olhou para Harry com um olhar ligeiramente divertido, que quase corou de tanta vergonha. – Ciúme de mim com quem?

Harry respondeu, mas foi tão baixo que ninguém o ouviu.

– Fala pra fora, Harry, assim não rola.

– É, ele vai ter que saber cedo ou tarde – Pansy sustentou o argumento, e Harry engoliu em seco.

– ...Fiquei com ciúmes de você e Krum...

Draco explodiu em gargalhadas, como se a mera perspectiva disso fosse ridícula. Harry, com ciúmes dele e de Krum!

– Ah, Harry, você é fofo demais pra ser verdade. Eu e Krum? Sério mesmo?

– Ele olha pra você como se fosse arrancar um pedaço seu! – Harry tentou argumentar, agora queimando vermelho de tanta vergonha, e Draco voltou a rir. – O que é tão engraçado??

Draco se recuperou e deu um beijo no topo da cabeça de Harry, aproveitando a adorável diferença de altura deles.

– Desculpa, meu bem. Só é... Fofo. Você preocupado com o Krum me olhando... E eu só tendo olhos pra você. É meio ridículo.

– E eu achei que ficar de vela dos dois era ruim antes.

– Shiu! A gente chegou.

Harry continuou segurando a mão de Draco e entrou na cavernosa; era bem maior do que parecia. Só viu Bicuço dormindo de um lado da caverna e um amontoado negro aos seus pés, que ao ouvir os passos de Harry, levantou-se em um pulo e correu para dá-lo um abraço de cachorro.

Padfoot! – Harry cumprimentou, com mais naturalidade do que devia; só largou da mão de Draco para abraçar o cachorro de volta. Ele se afastou e, em um piscar de olhos, já era Sirius Black ao invés de Almofadinhas, agora se apressando para abraçar apropriadamente o afilhado.

When I First Met YouOnde histórias criam vida. Descubra agora