The Sorcerer's Stone

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 Mesmo com toda a euforia sobre a descoberta do verdadeiro plano de Snape e Draco finalmente se acostumando a chamar Harry de– bem, Harry, não sobrava muito tempo para bobeiras. Pelo menos, não com os exames a poucas semanas de distância.

— Eu deveria ter começado a estudar a um mês, não sei o que deu em mim...

Na manhã de segunda-feira, os alunos do primeiro ano foram convocados para os exames escrito e prático de Feitiços, ora escrevendo longas fórmulas complicadas sobre execuções de feitiços, seus criadores e primeiros usos registrados na história, ora exibindo as habilidades adquiridas com meses de treino do feitiço Wingardium Leviosa. Harry, é claro, se saiu particularmente bem nessa parte do exame.

Depois do horário de almoço, passaram horas trancafiados na biblioteca lendo sobre Emerico, o Estranho, e Umerico, o Mal; às 3 horas, responderam um longo questionário sobre revoltas de duendes e os primeiros feitiços da pré-história. Na manhã seguinte, uma ensolarada terça-feira, fizeram um teste curto sobre vampiros e um quiz de múltiplas escolhas onde deveriam identificar uma determinada criatura baseada em algumas linhas de informação sobre eles.

Na quarta-feira, McGonagall rondava as mesas enquanto observava os alunos preencherem longas folhas sobre métodos de transformação, fórmulas e reações químicas e tentarem transformar um bule de chá em um cágado. Os alunos ao seu redor reclamavam sobre não terem conseguido tirar o desenho de salgueiros do casco do cágado ou não conseguirem impedir o vapor, se perguntando se McGonagall tiraria pontos por isso; a única preocupação de Draco era de que seu cágado se parecia mais com uma tartaruga.

À tarde veio o temido exame de Poções. Embora estivesse turquesa, Harry não conseguia fazer sua Poção de Infusão engrossar, medindo de novo e de novo a quantidade de sal amoníaco que havia colocado ao mesmo tempo que misturava a poção em fogo médio. Quando Snape passou por sua mesa, entortou o nariz e colocou em suas anotações algo que lembrava muito um 0 e passou para a próxima mesa. Harry suspirou, torcendo que as 2 horas passassem logo.

Apenas na quinta-feira de manhã foram chamados para o exame de Herbologia, replantando bubotúberas e extraindo-lhes o pus. À meia-noite, depois de horas e mais horas revisando estrelas e constelações invernais, subiram à Torre de Astronomia acompanhados pela professora, se guiando por telescópios para criarem mapas estelares.

Na sexta-feira, os professores deram aula normalmente enquanto os alunos cochichavam, tensos, sobre os resultados dos exames por vir. Embora Draco parecesse calmo, Harry o pegou mais de uma vez batucando os dedos ritmicamente nas mesas, inquieto. Prometeu a ele que visitariam Hagrid mais tarde, se ele quisesse, esperando que isso tirasse um pouco do peso de suas preocupações. Dado o sorriso meigo e o aceno de cabeça entusiasmado que ele deu, Harry pôde facilmente concluir que conseguiu o que pretendia.


...


— Eu ainda acho que tem alguma coisa estranha...

— É o nervosismo das provas, Harry. Me levantei ontem de madrugada e já tinha lido metade das minhas anotações de Transfiguração quando me lembrei que já tínhamos feito a prova.

— Não é sobre isso... — Harry insistiu. — Pensei um pouco no que Hagrid falou pra gente sobre Norberto, sabe? Algo nessa história não se encaixa...

Como Hagrid conseguira o dragão, de qualquer jeito? Não era conveniente demais que houvesse alguém carregando um ovo de dragão nos bolsos dentro de um bar quando tal ato é ilegal a quase 300 anos?

When I First Met YouOnde histórias criam vida. Descubra agora