Flowery Encounters at Florishes and Blotts

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Ficar na casa dos Parkinson não foi, de modo algum, ruim.

Não apenas o lugar era limpo, como Harry foi muitíssimo bem-vindo e ficou mais do que alegre em conhecer a família da garota; seu pai Albert, sua mãe Hazel e sua irmãzinha adorável de três anos, Marigold. Mais estranho do que a harmonia entre todos ali era a sensação que Harry teve de que todos gostavam dele. Não apenas havia sido recebido de braços abertos, como era incluído nas atividades da família e havia recebido o próprio lugar na pequena mesa para 6.

Apesar das distrações, Pansy continuava falando sobre o ano por vir, sobre a lista de materiais e como estava ansiosa para conhecer os calouros (e um comentário ocasional sobre como Draco com certeza sentia sua falta, algo que Harry estava se forçando a não pensar muito sobre, tentando não criar expectativas altas demais).

Foi justamente assim que Harry soube o dia em que eles iriam para o Beco Diagonal antes mesmo de ser avisado: Pansy estava animada demais para um dia comum.

— Se arrume logo! Estou há uma semana pedindo para irmos ao Beco Diagonal comprar os materiais - pediram tantos livros do Lockhart esse ano que vamos ter que esperar o segundo lote!

— Quem é Lockhart?

— Você não conhece o cara? — A senhora Parkinson questionou, passando pela porta do quarto de Pansy carregando uma cesta de roupa suja. — Gilderoy Lockhart é meio que um especialista em tudo. Escreveu o quê, sete livros?

— Oito! E pediram sete deles só esse ano!

— Sei lá, pode ser que um professor novo seja um fanático...

— Harry, vamos passar em Gringotes primeiro pra você sacar um dinheirinho extra, pode ser? Aí almoçamos no Caldeirão Furado e vocês vão à Floreios comprar o material. Quem sabe não encontram seu outro amigo, aquele Malfoy?

— É isso que tenho falado com Harry esse tempo todo!


...


Apesar de todas as promessas a si mesmo, Harry mal conseguia esperar para ver Draco de novo. Era quase uma sensação inédita para ele ter alguém que desejava tanto ver, então não sabia muito bem como agir; provavelmente estava tão animado quanto Pansy, só sabia esconder melhor.

Ainda tiveram tempo de ir à sorveteria de Florean Fortescue tomar uma Delícia Gelada de melancia, perfeita para o tempo quente de fim de agosto. Foi apenas quando passaram em frente a uma loja de penas que Pansy correu à frente de todos, histérica, e pulou nas costas de um garoto que Harry logo reconheceu como Draco. Quando Harry se aproximou, recebeu do loiro um abraço apertado (mal se lembrava de como havia sentido falta daquele abraço!) e um convite para se sentar nos degraus de uma taverna fechada, propondo conversarem sobre o que fizeram nas férias.

— Eu quase fui suspenso de Hogwarts por causa de um elfo doméstico!

— Pfft, um elfo doméstico?! É impossível, Harry! Impossível...

— Mas eu juro! — Harry começou a gesticular enquanto falava. — Os Dursleys estavam com visita, aí eu subi pro meu quarto e achei um elfo no armário, e ele me falou que o nome dele era Dobby e quase chorou quando eu convidei ele a se sentar e ele– Ele me disse que eu não poderia voltar a Hogwarts porque tinha alguma ameaça lá!

— Você não lutou contra Você-Sabe-Quem uns meses atrás? Vai ver ele se atrasou nas notícias.

— Eu nem pensei nisso, eu só ouvi ele falando que eu não devia voltar pra escola e surtei — Harry admitiu. — Ele derrubou um pudim no chão da sala dos meus tios e o Ministério me mandou uma carta, avisando que se acontecesse de novo eu ia ser suspenso...

When I First Met YouOnde histórias criam vida. Descubra agora