Capítulo 2

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JEON JEONGGUK

Sai pelo portão da frente de casa de cabeça baixa para que ninguém me olhasse diretamente, mesmo que um chapéu de abas moles, que caiam propositalmente do lado do rosto que eu queria, me mantivesse bem escondido. Do outro lado da rua, alguns vizinhos estavam em suas portas e não perdi de perceber seus olhares curiosos sobre mim.

Entrei na carruagem que me esperava às pressas e não me surpreendi quando vi Soobin já dentro dela, me esperando.

— Minhas roupas de novo? — meu irmão perguntou quando me acomodei. Eu estava vestido nas roupas velhas que ele usava quando ia tratar os cavalos ou fazer qualquer outra atividade que poderia estragar as peças novas e caras.

— Não posso estragar minhas roupas, alfinha. — justifiquei. — Indo visitar tia Soomin?

— Fugindo do papai. — Soobin respondeu com um suspiro, quando a carruagem começou a se mover.

— E Hyunjin? — eu quis saber.

Naquela manhã eu não tinha visto meus irmãos, pois optei por fazer o desjejum em meus aposentos. Me sentia indisposto, ansioso e estranho há dias. Era como se algo faltasse, sem falar nas péssimas noites de sono que eu vinha tendo.

— Foi capturada pelo papai, infelizmente. — Soobin fingiu lamentar.

— Você entregou sua própria irmã?

— Sim.

— Soobin!

— Alguém tinha que se sacrificar!

— Desejo que seu futuro ômega seja tão pior quanto o papai e que demorem a ter filhotes, assim você terá que ajudá-lo com todos os caprichos dele e se arrependerá por entregar a própria irmã mais nova de mãos beijadas a um ômega louco e vaidoso. — falei, arrancando risadas de Soobin.

— Cuidado, Gguk. Se o feitiço se voltar contra o feiticeiro, você terá um alfa muito caprichoso. — Soobin deu um sorrisinho malicioso. Lhe bati com a bengala. — Ai!

— Não terá alfa algum. — retruquei.

— Não?

— Você sabe que não. — resmunguei desviando minha atenção para a pequena janela. A cidade passava calma por ela, as pessoas indo e vindo em sua euforia do dia a dia.

— E por quê estava aromatizado na noite do baile do papai? — Soobin perguntou com a voz cheia de insinuações. Parecia estar soltando algo que lhe estava entalado na garganta há dias. Pareceu até mesmo suspirar em alívio quando o disse.

Arregalei meus olhos e o encarei de novo.

Haviam se passado seis dias desde o baile, quase uma semana. Foram dias tranquilos, apenas assistindo meu pai abrir presentes, minha mãe e meu irmão, os alfas da casa, irritados e enciumados com a quantidade de alfas que batiam à porta querendo cortejar Hyunjin, enquanto esta, por sua vez, acompanhava meu pai na euforia dos presentes e dispensava todos os pretendentes para ao alívio de Jeon Sooyoung e Soobin. Eu apenas assistia tudo, pensando que sentiria falta daquela bagunça quando meus irmãos se casassem e me perguntava se eu viveria essa euforia na casa de um dos dois ou dos dois, quando eles tivessem filhos, como um mero espectador.

— Aromatizado? — perguntei a Soobin. Eu não fazia a mínima ideia do que ele falava. No mínimo meu irmão queria me atormentar. Nem mesmo um criado alfa tinha se aproximado de mim nos últimos dias. O único fedor de alfa que me acompanhava era o dele que estava impregnado nas roupas que eu usava naquela manhã.

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