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KIM TAEHYUNG
Ouvi os gritos de dois filhotes, em seguida a risada alta de Jeongguk, e então, ao fundo, a voz de Seokjin reclamar sobre ter que lidar com três crianças.
Meu irmão e a família tinham ido nos visitar, coisa que deixou meu amor radiante. Principalmente quando nossos sobrinhos quase o derrubaram oferecendo abraços e beijos na bochecha. Ou quando Jin deixou ele tocar a barriga grande, onde o bebê chutava chamando atenção.
Jeongguk parecia gostar muito de filhotes, ao ponto de aceitar com muita facilidade ir para a ala infantil e se sentar no chão, rodeado com brinquedos e dois menininhos com a energia de mil soldados. Seokjin sentou-se em uma cadeira de balanço, descansando as costas e apoiando um roupinha, que Jeongguk tinha tricotado sempre que se sentava para bordar o enxoval, em sua barriga. Jin tinha amado a peça, que além de ser bonita, tinha sido feita com carinho.
— Você perdeu o posto de tio favorito. — Namjoon comentou atrás de mim, enquanto observávamos os dois ômegas e as crianças conversando e brincando uns com os outros.
— Ajudei a criar essas pestinhas, e na primeira oportunidade me trocam. Ingratos. — respondi, fazendo meu cunhado rir.
Percebendo que não tínhamos espaço na pequena bagunça, dado que não fomos convidados pelos responsáveis dos brinquedos, Minjun e Hajun, para brincar, e que Jeongguk e Seokjin estavam entretidos em uma conversa que apenas eles entendiam, fomos para a sala principal.
— Como anda seus dias de casado? — Namjoon perguntou, assim que nos sentamos no sofá.
Apesar de ser meu braço direito, pouco tínhamos nos visto naquela semana. E nas vezes que estivemos juntos no escritório, ocupados demais para falar de vida pessoal. Havia uma pilha de papéis e questões para deliberar. Não apenas do ducado, mas coisas que a Corte enviava também, porque o Duque era braço direito do Rei e meu avô considerava muito minha opinião antes de tomar decisões.
Não era para ser eu nessa posição, mas a escolha de um, anos antes, tinha me colocado naquela situação.
Meu pai era o terceiro filho, mas segundo alfa. Quando minha bisavó morreu e o trono foi para meu avô, que até então era Duque de Daegu, o certo era que o pai de Yoongi assumisse o ducado. Mas meu tio Joongki não quis, dizendo que preferiria ir para a capital estudar, acompanhar de perto meu avô e aprender o que era ser rei, já que ele seria o próximo. O ducado ficou nas mãos do meu pai, que aceitou a missão com gratidão e empenho. Acabou que os dois filhos se tornaram os apoios do Rei, mesmo que tal coisa fosse mais cobrada do Duque.
E então agora era minha toda aquela responsabilidade, que eu aceitava com gratidão e empenho.
Eu não reclamava, não tinha medo ou fugia disso. Fui criado, educado, ensinado para assumir. E ainda haviam aqueles conselheiros reais que me apontavam e diziam que eu seria Rei no lugar de Yoongi, porque Taeho tinha feito um filho alfa puro, enquanto Joongki fez um alfa comum.
Besteira!
Eu não almejava trono algum, mas também não descartava a ideia e me dedicava e estudava para a possibilidade. Yoongi tinha sofrido muito com essas rejeições, brigado horrivelmente com o pai, ameaçado inúmeras vezes abrir mão de seu direito como herdeiro, até perceber que ele deveria provar que ele, um comum, era tão capaz quanto um puro.
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LET ME IN | TK
FanfictionMais uma vez a estação favorita de Jeongguk havia chegado: a primavera. Época em que a vida florescia, que a temporada de bailes se iniciava em Busan, novos casais surgiam e toda a magia do cortejo permeava o ar. No entanto, apesar de tudo isso, se...