Capítulo 33

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🌙

KIM TAEHYUNG

Jeongguk estava tocando piano.

A melodia suave e calma indicava bom humor e tranquilidade.

Parado na porta de entrada da sala, apenas observei, exatamente do mesmo modo que fiz quando o vi pela segunda vez.

Cheguei em casa e fui guiado pela melodia até entrar na sala que estava de portas abertas, podendo ver meu ômega sentado de costas para a entrada, os cabelos escuros caindo como cascatas pelos ombros, os dedos precisos e com uma coordenação motora impecável voando sobre as teclas como se elas fossem uma extensão de seu corpo.

A única diferença daquela imagem em minha frente para a das minhas lembranças, além do local é claro, é que agora tinha um carrinho de filhote ao lado do banco do piano.

Nosso filhote.

Era fácil ver as perninhas e os bracinhos mexendo dentro da cesta do carrinho, indicando que ela estava acordada enquanto ouvia seu papai tocar uma música bonita que deveria lhe ninar.

Jeongguk concluiu a música, os dedos parando sobre o teclado. Ele não se virou, mas eu sabia que tinha reconhecido minha presença muito antes de eu entrar na sala.

— Nunca ouvi melodia mais doce em toda a minha vida. — falei, recordando da frase que eu tinha lhe dito naquela manhã em que vi seu rosto completamente pela primeira vez e apenas afirmei que ele era o ser mais lindo de toda a existência. — Foi você quem compôs, minha lua?

Seus ombros tremeram em um riso contido e ele acenou em concordância.

— Compus para nossa filha, senhor Kim. — ele respondeu e me recordou de quando ele me chamava daquele modo tão formal.

Ele se virou no banco, ficando de frente para mim e eu pude enxergar aquela mesma cena que tinha acontecido há mais de um ano atrás. Só que naquele instante Jeongguk não abaixou a cabeça ou se sentiu envergonhado, ele sorriu e estendeu os braços me chamando. Cruzei o resto do caminho entres nós dois, me curvando para ele tocar meu rosto enquanto juntava nossos lábios.

— Você sempre compõe uma melodia mais linda que a outra. — comentei, beijando mais ele.

Ser pai tinha uma desvantagem: não sobrava mais tanto tempo para namorar. Ou nenhum.

— Obrigado, alfa. — Gguk agradeceu e soltou meu rosto.

Me sentei ao lado dele no banco, olhando Misun sobre seu ombro. Seus olhinhos estavam vagando pelo teto, bem abertos, deixando entender que ela não estava nem um pouco disposta a dormir. Ela estava crescendo bem e saudável, cada dia mais linda.

— Fica com ela enquanto me banho? — Gguk perguntou.

Ele não deixava nossa filhote nas mãos de nenhum dos empregados para que ele pudesse fazer o que fosse. Não era falta de confiança, mas seu lobo não gostava. E eu não era diferente, fazia o máximo para estar o maior tempo possível com ele e dividir a responsabilidade de cuidar de nossa filha, para que Jeongguk pudesse se cuidar, descansar e cumprir com as atividades que quisesse.

— Claro, minha lua. Pode ir, demore o quanto quiser. — respondi.

— O quanto quiser ou até ela começar a chorar? — ele perguntou divertido, se levantando.

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