Capítulo 17

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🌙

KIM JEONGGUK

Taehyung estava demorando.

Eu já tinha me banhado, passando hidratante no corpo inteiro duas vezes, escovado meu cabelo e mexido no nosso ninho até ficar um pouco mais satisfeito. Ainda não estava pronto, eu precisava de mais lençóis e almofadas do meu agrado, e pretendia comprá-los logo. Mas o que eu tinha já me enchia os olhos. Era meu. Feito por mim. Para mim e meu alfa, que sempre o aquecia.

E não estava frio, estávamos no auge da primavera, com temperaturas amenas e frescas, mas eu sentia meus ossos tremendo, por isso não conseguia relaxar e dormir. Eu queria a presença do meu alfa, o calor e o cheiro dele bem perto. Eu sabia que era a necessidade inicial que eu tinha por conta do ambiente novo, mas assim que estivesse totalmente adaptado melhoraria.

Apesar de ter dito que não me importava de deitar primeiro e sozinho, apenas para deixá-lo trabalhar com tranquilidade, eu me sentia agoniado. Meu alfa estava demorando muito, para minha humilde ansiedade.

Respirei fundo e me encolhi mais sob os lençóis, agarrado ao travesseiro que Taehyung usava. Encarei a lareira já perto de se tornar apenas brasas e observei o crepitar por um tempo indeterminado que eu não sabia se era muito ou pouco.

Suspirei novamente, inquieto, e no mesmo momento percebi meu lobo arranhar a porta. Ele queria sair e ir até o alfa. Eu queria sair. E tinha aquela corda invisível puxando na mesma direção.

Talvez, se eu ficasse bem quietinho no escritório, eu não atrapalharia Taehyung com o trabalho e poderia ficar na sua presença. E eu não via a hora de todas aquelas pendências serem sanadas apenas para que meu marido tivesse mais tempo para nós dois. Ainda havia tanto sobre ele que eu queria descobrir e aprender.

Me levantei e, vencido pelos meus instintos, me enrolei no meu robe e desci as escadas, pegando o corredor que me levaria ao escritório. A casa estava silenciosa a parcialmente escura, não fosse por algumas lamparinas acesas em lugares estratégicos e a luz perolada da lua que atravessava as janelas com cortinas abertas.

A porta do escritório não estava fechada, apenas encostada. Suavemente empurrei a madeira e agradeci por ela não ranger quando abriu.

Taehyung levantou rapidamente os olhos para mim e sorriu, voltando a assinar alguns papéis.

— Aconteceu algo, meu amor? — perguntou. — Venha cá.

Adentrei a sala, fechando a porta em minhas costas e fui até a mesa.

— Eu estou bem. Só fiquei preocupado com sua demora. — expliquei.

— Infelizmente há coisas que apenas eu poderia resolver e elas se acumularam muito.

Taehyung suspirou cansado. Se afastou da mesa e bateu nas coxas, me dando espaço em um convite para me aconchegar em seu colo. Dei a volta no móvel de madeira bruta e pesada, e me sentei de lado, abraçando o pescoço dele, minhas costas e pernas se apoiando nos braços da cadeira do alfa.

— Eu juro que estou terminando. Fique me fazendo companhia e já já subo com você.

Concordei e fiz exatamente como pensei. Fiquei quieto, aconchegando no colo e no calor dele, ouvindo o som constante de seu coração e sorvendo de seu aroma enquanto o observava ler e assinar papéis, vez ou outra fazendo anotações em uma agenda. Não me movi ou tentei acariciar ele, por medo de atrapalhar seu raciocínio.

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