Capítulo 16

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KIM JEONGGUK

Levei mais um dos doces a boca, provando o açúcar do chocolate e o azedo do morango, enquanto voltava a bordar uma das fronhas que eu tinha comprado em Busan, naquele fatídico dia que antecedeu o pedido de casamento que Taehyung me fez. E agora eu estava casado!

Era surreal pensar que quase duas semana antes eu estava me sentindo péssimo, duvidando dos sentimentos do meu alfa por mim e pensando que eu nunca teria o casamento que eu tanto almejava. E então, em poucos dias, eu estava casado, com o homem que eu queria, sentado em um dos sofás da sala de descanso da nossa casa, bordando a roupa de cama que eu dividia com meu marido, após dar instruções aos empregados e escolher o cardápio do almoço, enquanto esperava meu marido retornar da cidade.

Meu marido.

Era impossível frear o sorriso que rasgava, quase dolorido, minhas bochechas. Eu tinha vontade de gargalhar e gritar pela felicidade fervente que me aquecia. Eu tinha certeza que não era sonho algum, era a mais pura realidade, mas ainda assim eu orava para que eu não estivesse delirando, encolhido em minha cama, depois de chorar por horas naquela tarde dolorosa em que duvidei de tudo.

Era meu quinto dia em Daegu. Eu tinha ocupado todos organizando meus pertences, conhecendo melhor a casa e o terreno, os funcionários e como as coisas funcionavam, além de ajudar meu sogro, que tinha se mudado no dia anterior, a arrumar seus baús com seus pertences e o que queria levar.

Naqueles cinco dias, Taehyung tinha se dividido entre o trabalho e me dar atenção. Ele foi a cidade, sempre prometendo retornar para fazer as refeições comigo, para que eu não me sentisse sozinho. E sempre que voltava, na hora do jantar, me trazia mimos. Flores e bombons, esses que eu comia enquanto bordava. E sabendo que meu alfa estava e estaria ocupado naqueles dias, para compensar um mês fora, eu buscava não atrapalhar ou o deixar pensar que eu sentia algum desconforto ou solidão, pois Taehyung não pensaria duas vezes antes de buscar soluções para me ver completamente satisfeito.

Os funcionários continuavam demonstrando o mesmo que vi quando cheguei. Eram todos tranquilos e felizes, cumprindo perfeitamente com suas obrigações e, agora, pedindo minha opinião sobre tudo. Eles conversavam bastante comigo quando eu dedicava meu tempo para conhecê-los, mesmo ainda acanhados com minha presença. E era muito bom circular por um ambiente novo sem sentir necessidade de me esconder das novas presenças. Não havia julgamentos ou olhares feios, apenas a felicidade por Taehyung ter finalmente se casado e com alguém bom. Como Jichul tinha me dito, eram todos uma família, que não apenas tinham visto meu alfa crescer, como tinham crescido com ele. Eles se importavam apenas com a felicidade de seu senhor, e se minha chegada significava ela, então estava tudo em seu devido lugar.

Batidas na porta tiraram minha atenção do bordado e logo autorizei a entrada.

— Vossa Graça, correspondência para o senhor. — o empregado disse, me oferecendo o envelope em uma bandeja.

Estranhei um pouco, não tinha como uma resposta a carta que enviei a minha família já ter chegado. E como suspeitei, não havia o brasão dos Jeon no lacre do envelope, mas sim o brasão real dos Kim. Virei a correspondência nos dedos e lá estava a assinatura de Kim-Min Yoongi como remetente.

— Meu marido já retornou? — perguntei.

— Sim, senhor. O vi chegando enquanto eu vinha para cá. — o rapaz respondeu.

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