LET ME IN | TK

Capítulo 30

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KIM TAEHYUNG

O primeiro dia na casa de campo serviu apenas para dormir e descansar.

Chegamos ainda cedo pela manhã, dispensamos os empregados que garantiam a casa sempre limpa e caímos na cama para dormir, acordando apenas duas vezes para comer e depois voltar para a cama. Realmente cansados de todos aqueles dias corridos e cheios que tínhamos tido.

A última semana, por mais que estivesse sendo boa e servindo para descontrair, nos tirar do cotidiano, tinha sido cansativa e estressante. Porque hospedar parentes sempre causava esse misto de sentimentos, por melhor que fosse as intenções. Alterava nossa rotina e nos fazia correr de um lado ao outro para manter todos confortáveis, abrindo mão até mesmo do nosso conforto. E ainda tinha os últimos preparativos para o casamento, os toques finais, os pequenos detalhes, a ansiedade por medo de algo dar errado e estragar o dia.

Somado a isso, tinha meus instintos se aguçando e meu corpo se preparando para um cio.

Meu ciclo era bem regulado, eu sabia que minha época acontecia sempre entre o final do verão e início do outono e entre o final do inverno e início da primavera, e sabia também que a presença de meu ômega poderia fazer meu cio vir no primeiro dia do ciclo, já que seria a primeira vez que eu teria alguém para os dias de calor e meu alfa parecia realmente ansioso. O último tinha acontecido dias antes de eu viajar para Busan, e eu tinha passado o período sob efeito de chás para controlar a dor e febre, e sem o mínimo de vontade de ter alguém.

Metodicamente, Jeongguk e eu escolhemos a data da nossa segunda cerimônia de casamento pensando nisso e que seria muito bom uma lua de mel na mesma época. E tudo começou a se concretizar quando meu cheiro começou a se tornar acentuado, minha necessidade de marcar território cresceu, comecei a sentir ciúme apenas por perceber outro alfa olhando na direção de Jeongguk, e até mesmo minha libido aumentou. Meu corpo, meu alfa, estava se preparando para aquilo.

Quando a manhã do segundo dia na casa de campo amanheceu, Gguk saiu da cama primeiro, fazendo pouco barulho para não me acordar. Mas não foi difícil despertar totalmente quando não senti mais sua presença por perto. Me levantei, fui ao banheiro e quando estava prestes a sair do quarto, encarei a cama grande e vazia. Aquilo acendeu meus instintos e quando menos me dei conta, eu estava montando um ninho, usando lençóis, travesseiros e nossas roupas.

Era uma necessidade primitiva, um modo de cortejar. Eu mostraria o ninho ao meu ômega e se ele entrasse, estaria me afirmando que tinha gostado e aceitava passar o calor comigo. E eu queria muito agradar ele. Queria fazer um ninho bonito, confortável e quente, para que ele entrasse e pudéssemos conceber nosso filhote.

Foi após concluir o trabalho e espalhar mais do meu feromônio por todo o quarto, que sai em busca de Jeongguk pela casa pequena e de poucos cômodos. O lugar possuía apenas dois quartos, uma sala que servia tanto para recepção quanto como sala de jantar e uma cozinha. Uma varanda grande ao redor de toda construção, que dava vista para um píer sobre o rio. Simples, porque seu único objetivo era proporcionar dias de paz e tranquilidade. E eu gostava do clima dela e do tamanho, pois era mais aconchegante e quente que o palacete exageradamente grande que sempre parecia frio e vazio.

Encontrei meu marido na cozinha, preparando nosso café da manhã. Uma visão linda aquela. Ele todo concentrado em cortar as frutas, o cabelo solto e desgrenhado, que já estava abaixo dos ombros, vestido apenas em uma das minhas camisas, as pernas bonitas expostas. A aparência caseira, relaxada e muito sensual.