Capítulo 23

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KIM JEONGGUK

Era um dia para ser especial.

Em menos de uma hora a minha última aula do dia começaria e Taehyung estaria presente, o que me deixava um tanto ansioso por isso.

— Até semana que vem, senhor Jeongguk. — meu aluno disse, se despedindo de mim, depois que o levei até a porta da sala. — E obrigado pelo casaco!

Joonho tinha feito 12 anos. Assim que iniciei as aulas, ele tinha reparado na bengala nova que meu alfa me deu para substituir a que eu tinha danificado, ou melhor, quebrado, como se eu não tivesse uma coleção de outras. A peça nova era de madeira escura e tinha como punho um pequeno globo de resina, que guardava uma rosa. Reparando nisso, dias depois, Joonho me presenteou com uma rosa entalhada em madeira. Uma escultura linda e cheia de detalhes.

Fiquei tão impressionado e agradecido pelo presente, que vendo meu encantamento, Jimin me contou que a mãe de Joonho era a artesã da peça. O pai dele era lenhador, e ele sempre levava para casa um pouco da lenha boa que sobrava para sua esposa talhar lindas esculturas que ela vendia no mercado. Sabendo disso, fui até a mulher  e encomendei a miniatura de um navio para meu alfa e outras peças para a casa. Mais um para Taehyung expor, pois em seu escritório da cidade ele tinha colocado a primeira miniatura de navio que eu tinha lhe presenteado quando ainda estávamos em Busan, para todo mundo ver.

Depois da minha compra com a mãe de Joonho, ouvi dizer que as vendas dela melhoraram muito por influência minha e a família estava feliz e aliviada por conseguir não apenas sobreviver naquele último mês, mas ter um pouco mais de conforto. E também, tinha sido aniversário do menino, e para retribuir o presente me dado, lhe dei um casaco novo que tricotei e Joonho adorou.

— Até semana que vem, querido. — acenei de volta.

O observei dar a mão à irmã mais velha e os dois seguiram pelo corredor para ir embora. Taehyung esbarrou com eles já no final do caminho, acenando de volta quando recebeu uma mesura dos dois.

O alfa vinha andando animado, todo sorridente, com uma caixa de bombons nas mãos. Assim que me alcançou, ele me empurrou para dentro da sala, fechou a porta e me agarrou.

— Tae... — tentei falar, mas a boca dele não deixou e me envolvi no beijo urgente, tendo meus lábios e língua sugados com fome.

Sua mão desocupada estava segurando meu rosto com delicadeza, bem diferente de como ele me beijava. Nossas bocas se separaram em um estalo.

— Estamos em um ambiente escolar! — o repreendi.

Taehyung fez um bico, fingindo que tinha levado minha bronca a sério, mas logo sorriu.

— Estou feliz, minha lua. — meu alfa anunciou.

Isso era bom, muito bom.

Enquanto eu organizava a sala para a próxima aula e comia os bombons, o dando alguns na boca, Taehyung me contava sobre ter fechado uma aliança com outra nação que exportaria parte dos tubérculos produzidos e colhidos em Daegu, e como isso iria ajudar famílias dos agricultores, a economia de nossas terras e consequentemente do reino.

Meu marido estava radiante com o feito, já me avisando que eu me deitaria primeiro naquela noite porque ele tinha que responder a correspondência do chefe da outra nação logo. Ele mal percebeu que tinha me dito aquilo com um sorriso no rosto. Mas não me incomodei. Nem um pouco. Ajudaria muito em meus planos.

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