Capítulo 21

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KIM JEONGGUK

Os dias passavam tranquilos. O verão estava chegando, bem próximo, por isso já fazia um pouco mais de calor, o sol aquecia ainda mais o solo e havia aquela umidade abafada que garoas deixavam, como um prenúncio das chuvas que viriam.

Eu estava ocupando todos os meus dias com minhas obrigações, mas sem me sobrecarregar.

Quando as mudas e sementes da erva-de-espinho chegaram, eu comecei o cultivo com a ajuda de mais três lobos. As mudas continuaram fortes e crescentes, já sendo possível colher suas folhas e flores e mandar para a casa de saúde. Não era muito, mas era melhor que nada. Das sementes, os brotos já tinham a altura de quatro dedos, sem a morte de nenhum até então. Eu esperava que até meados do verão eles já estivessem sendo colhidos também.

Inclusive, eu conversava com Taehyung sobre construir uma outra estufa, pois a que já tínhamos era pequena para aquele cultivo e todas as outras coisas que eu tinha plantado. As sementes que ele me deu em cortejo chegavam ao fim, algumas espalhadas nos jardins, outras na estufa para resistir ao tempo.

Meus trabalhos como Segundo Duque corriam tranquilos, eu já conseguia fazer tudo sozinho, sem precisar do auxílio de Jichul, e eu também já tinha um entendimento melhor do ducado e como era sua administração. Era sempre bom debater com Taehyung o que poderia melhorar e ele me ouvia com atenção, considerando tudo.

Minhas aulas na escola, era uma das partes mais divertidas dos meus dias. As crianças eram muito receptivas e educadas, aprendiam rápido. Eu não tinha precisado chamar atenção de ninguém sobre comportamento e eles já até tinham aprendido a tocar mais uma música. Yoongi dizia que o bom comportamento era medo de cometer erros na frente do Duque, por isso me esforcei para que eles não me vissem como um homem malvado e sim como um amigo, mas ainda assim o comportamento muito bom continuou. Isso era ótimo!

Naquela última semana, tínhamos começado a ensaiar uma música composta por mim, com a ajuda dos bons ouvidos e opiniões deles, enquanto eu pensava na ideia que Taehyung tinha dado sobre querer uma serenata.

Eu estava muito feliz e satisfeito, me sentindo importante em tudo, uma peça que até então não fazia falta, mas tinha se tornado necessária quando encontrada. Muitas vezes eu até me esquecia das limitações que tinha imposto a mim mesmo, vivendo como um ômega qualquer, casado, ocupado e feliz em seu matrimônio.

E meu marido era o melhor a cada dia que passava. Sua paciência comigo era admirável, como buscava entender e me ajudar a quebrar minhas inseguranças e barreiras, sempre me dando apoio e provando que eu era o mais lindo de todos. Ele sempre fazia questão de me levar à cidade, de andar de mãos dadas comigo ou me oferecer o braço, me apresentando às pessoas com o maior sorriso do mundo; de me ouvir, ou de apenas segurar minha mão no silêncio, e sempre tinha ótimas palavras para me ajudar.

A cada dia, nos tornávamos mais íntimos e cúmplices um do outro, trocando desde prazeres, e desejos, a pensamentos profundos e segredos dos mais bobos, que me faziam rir só de imaginar a reação de Jichul se soubesse das travessuras que Taehyung tinha feito escondido.

Um dia, nós dois tínhamos ficado horas parados na frente de um pintor, e a promessa era que em mais alguns dias o quadro da sala seria substituído e ao invés de ter apenas Taehyung, eu estaria ao seu lado na imagem congelada. Meus trajes reais tinham sido feitos e havia mais coisas no alfaiate dando ponto, inclusive o que eu usaria em minha segunda cerimônia de casamento.

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