Muralha: Como mãe, fazer isso com a tua filha é uma crueldade tá ligada tia, se tu usa droga, tem que pelo menos patrocina o vício, sua noiada, tu devia pagar com a vida, tu e esse jaguará ai.
Badá: Ai negão! Já deu e é sem história triste! A dívida está paga e não tem reembolso, pô.
Me viro para Fabiana, me aproximo dela, desvio meu olhar para o Cristian, caindo no chão e volto a falar mais perto do ouvido da mesma.
Badá: Agora, tu e teu namorado vão cair fora do meu morro. Dou uma hora para os menor vir aqui e matar quem estiver aqui dentro dessa casa sem a minha ordem ta ligada?
Muralha presencia tudo, sai e chama o restante dos vapores que vão saindo de dentro da casa. Fabiana demora um pouco e então resolve falar.
Fabiana: E eu vou para onde porra?!
Fabiana: Por favor Badá, você já está com a minha filha, quer mais o que?
Fabiana: Vai poder aproveitar bastante! E... eu não tenho para onde ir.
Badá: Tá avisada e nem pense em voltar aqui. Se não é xeque-mate que nem no xadrez!
Badá: Muito menos, pense em se aproximar da Luíza, tá ouvindo? Se eu imaginar algo do tipo, eu vou atrás de você e dele, já que teve coragem de trocar a própria filha por um comédia desse.
Badá: É a última vez que quero te ver aqui.
Encarei ela, me virei, saí caminhando em direção ao carro, abri a porta do passageiro e sentei no banco da frente. Muralha estava na boleia e o Marola estava atrás com a Luíza. Ela parece bem nervosinha mas dou meu jeito com essa novinha. Depois de uns minutos chegamos e o Muralha estacionou na frente de casa. Ela desceu com a cabeça baixa, Marola pegou as malas dela, levou até a porta e deixou na sala enquanto ela caminhava até a porta lentamente. Fui até o Muralha, cumprimentei ele fazendo um toque e o mesmo me deu um aviso.
Badá: Já to descendo lá na boca.
Muralha: Po, meu mano. Abre teu olho em, porra. Pra que aceitar a menina? Qual a tua intenção em troca 6 barão em uma menina, mano.
Muralha: Uma criança praticamente, não vai fazer merda!
Badá: Eu não to de ideia torta com a mina, respeita a minha caminhada.
Muralha: Então por que você aceitou? Tu é malandro, porra. Malandro!
Badá: Só achei que naquele momento era a melhor coisa a fazer. Afinal, ninguém gostaria de ser vendida a um traficante do Rio de Janeiro, não é? Mas aquela mãe dela... sei lá, mô cuzona. Tu viu a mina tava toda marcada, tinha um cinto lá no chão e na hora eu lembrei da fita que o arrombado lá batia nela.
Badá: A drogada nem pensou nos males que eu podia fazer contra a filha dela, já foi logo oferecendo igual mercadoria, eles já tinham planejado parceiro. Se ela não ficasse comigo, qual seria o fim dela? Triste!
Muralha: Falei pá tu mata ela.
Badá: É meu parceiro, mas se eu fosse matar ela, ia roda todo mundo. Cê sabe como é o bagulho, não pode resta um.
Muralha: Tô ligado.
Badá: Mas real meu mano, não tô de ideia errada com a mina. E outra, eu não matei a Fabiana, logo menos outro mata... ela é noia e se vende fácil por droga.
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FanficEu sempre fui uma sonhadora, mas vi meus sonhos se esvaindo ao ser vendida para um dos maiores do Rio de Janeiro.