Um mês depois...
Já estava em uma kitnet próximo a pracinha, duas ruas antes da boca e coloquei até uns pedreiro para reformar meu barraco. Minha convivência com a Luíza tá suave, tá sendo bom a gente junto, sem neurose, sem treta, só paz, amor e carinho. Todo final de semana, ela cola pra cá, fica uns dias e vai embora. Meu irmão, é nessa hora que o coração do vagabundo chora... mas eu sempre busco e levo pra garantir a segurança dela.
BADÁ NARRANDO
Rocinha, 04:11 da manhã.
Acordei com uns barulho no banheiro do quarto, olhei para o lado e a Luíza não estava na cama. Levantei na disparada, fui até o banheiro, a encontrei sentada no chão, abraçando o vaso e vomitando. Fui por trás dela, que levou um susto e se apoiou em mim. Segurei o cabelo dela e fiquei alisando o mesmo esperando ela terminar de passar mal. Depois dei um banho nela, a vesti com uma roupa leve e a coloquei na cama. Nisso, já marcava 6h no relógio.
Badá: Amor, tá tudo bem?
Luíza: Tá sim, meu estômago tá enjoado, acho que foi aqueles sushi de ontem.
Badá: Também, comeu igual uma louca, parecia que estava sem comer a dias.
Luíza: E estava.
Badá: Tu come aquilo todo dia, por isso tá vomitando sempre.
Luíza: Vou ao médico ver se sou alérgica a alguma coisa.
Badá: É bom né amor.
Badá: Vou tomar um banho e me arrumar, tomar um café e parti para boca.
Badá: Dorme um pouco e qualquer coisa me liga, tudo bem?
Luíza: Te amo e obrigada! Mas preciso ir pra casa...
Badá: Sabe que não precisa, ainda mais assim. Mas se quiser ir mais tarde eu te levo, quando você tiver melhor.
Luíza: Badá...
Badá: O que?
Luíza: Quando voltar, traz coca e doce?
Badá: Claro meu amor.
Dei um beijo nela, dei um cheiro, fui tomar meu banho, fiz minha higiene, tomei um café e bolei um para mim fumar. Fui para o carro, fui fumando enquanto dirigia, parei na mercearia, apaguei o beck e entrei logo em seguida. O cheiro do enroladinho de salsinha predominava no local com mistura de café, peguei uns salgados, uma coca e doces. Voltei pro carro, puxei pra boca, quando cheguei os meninos estavam por lá, dei um salve neles, entreguei os salgados e entrei para salinha. Não demorou muito e um vapor me chamou no rádio avisando que o MT estava ali. Mandei subir enquanto fumava um baseado, ele entrou e eu o encarei.
Badá: Tava na hora de bota a cara, porra.
Badá: Te dei 3 semanas, cadê meu dinheiro? Que bandido é tu que não tem palavra? Mó enrolação parceiro.
MT: Teus homens me caguetaram e tu ainda deixa os cara trabalhar contigo?
MT: Não é tu que só age pelo certo? Cadê toda a tua disciplina agora?
Badá: Te pedi uma prova, tu não deu.
Badá: Atitude isolada não rola na minha quebrada.
Badá: Agora o papo não é esse, cadê minha grana MT?
MT: Meus homens vão trazer durante a tarde para você
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FanficEu sempre fui uma sonhadora, mas vi meus sonhos se esvaindo ao ser vendida para um dos maiores do Rio de Janeiro.