31º 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜

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BADÁ NARRANDO

Parei para pensar em tudo o que ela me disse, como assim ela terminou comigo? Ela estava ciente que ela é minha e agora quer meter esse caô? Vou dar o tempo que ela precisa e deixar ela na dela. Eu sei o que eu fiz e eu me sinto culpado. Mas se sentir culpado não me faz voltar no tempo e evitar de cometer o erro que cometi. Ela realmente confiou o amor dela á mim e eu fui lá... e... como é possível? Você ter tudo o que espera em um relacionamento com uma pessoa maravilhosa como ela e mesmo assim fazer merda. Prefere correr o risco de perder aquela pessoa do que fazer as coisas certas. Depois que nos envolvemos, eu nunca mais falei com mulher nenhuma, não na má intenção e ela sabia que podia confiar em mim da mesma forma que eu confiava nela.

Mas meu problema é meu ciúmes, sou possessivo quando se trata dela, ela invadiu a minha mente, tudo o que eu ia fazer, vinha ela na cabeça sempre, na rua, em casa, no baile ou na boca era sempre a Luíza que morava nos meus pensamentos. Fiquei gamado na novinha, mas na hora da emoção, eu coloquei toda a minha felicidade á perder e estou vendo isso agora. Ter que conviver com ela dessa forma me deixa mais chateado ainda, já que nem dormimos mais no mesmo quarto, mal á vejo e quando á vejo... ela me olha com olhar de desprezo e isso me machuca. Já faz duas semanas desde aquele episódio e ainda não sei o que fazer para ela me perdoar.

Rocinha, 11:10 da manhã.

JK: Tu vai levar a Lu no baile?

Badá: Não.

JK: Ceis tão de boa?

Badá: Na moral, ela tá sem falar comigo

Badá: Mas vou tenta resolver isso mais além, tô dando um espaço á ela.

JK: É, mas abre teu olho. Uma mina como ela, tu não encontra em qualquer esquina em.

Ele se levantou da cadeira e saiu da biqueira. Eu continuei sentado ali olhando umas anotações sobre os novos moradores que queriam ser ambulantes nos dias de baile e é muita gente. O baile ajuda tanto nós como eles e tá tudo certo. Quando marcou 12 horas, fui para casa, já sabia como ia ser, iria almoçar sozinho e ficar conversando com a dona Mara como todos os dias. Cheguei em casa, abri a porta e dei de cara com a Luíza. Ela estava sentada na cadeira, colocando água no copo dela, ela me olhou e eu a encarei. Lavei minhas mãos e me servi. Me sentei próximo a ela e a mesma apenas comeu em silêncio. Terminei de comer, esperei ela terminar, me debrucei na mesa empurrando o prato para frente e olhei fixamente para parede.

Badá: Tá difícil esse clima entre nós amor.

Badá: Pô, tu nem olha mais na minha cara.

Luíza: Eu já disse para você que não tem mais a gente, que acabou!

Luíza: Não me chama de amor, não tem porque me chamar mais assim.

Luíza: Agora, você pode me deixar ir embora daqui. Eu tenho os 6 mil que você perdeu quando me aceitou.

Badá: Não Luíza, daqui tu não saí e para com esse papo.

Badá: Tu é minha mulher porra!

Badá: Qual é a sua dificuldade em entender isso?

Badá: Você é minha e de mais ninguém!

Badá: Você não vai terminar comigo por causa de um desentendimento.

Badá: Algo que a gente pode resolver.

Luíza: Dá minha parte resolvido. E você não vai me obrigar a ficar com você.

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