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35º 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜

LUÍZA NARRANDO

Já estava em casa, tinha acabado de tomar um banho gostoso, tranquei toda a casa, peguei um pote de sorvete de chocolate com Ovomaltine e fui para o quarto. Liguei a tv, coloquei um filme e como sou potterhead sempre que tinha a oportunidade assistia alguns dos filmes da saga. Enquanto comia o sorvete, lembrei dele, da sensação dele me encarando, de como o meu corpo fica quando ele fica me provocando... ele é tão lindo, gostoso e sabia como me satisfazer na cama. Não completamos um ano de relacionamento, mas ele me proporcionou momentos que vão ficar guardados na memória. É difícil olhar para ele e não sentir nada, é difícil encara-lo e não saber o que dizer. Mas eu preciso me controlar, ele não pode me dominar assim, não é possível que depois de tudo, depois dos seis anos e eu ainda possa ser louca por aquele filho da puta!!!

Comi a metade de um pote de um litro, fui terminar de assistir, conforme eu assistia eu lembrava das coisas que ele dizia e pensava sobre elas... ''eu não fugi, eu fui ser dona de mim...''... ''Se eu não tivesse tentado, eu não chegaria até aqui...''... ''Eu sou foda!". Peguei no sono, durante a noite, tive uns sonhos aleatórios, até com bichos eu sonhei... durante a noite levantei duas vezes para tomar água, mas fora isso dormi muito bem.

Bangu, 10:48 da manhã.

Estava voltando da academia, quando alguém me ligou e era do ministério público. Eu estava sendo convocada para uma reunião e era 13h da tarde. Assim que desliguei, entrei em contato com o Luizinho, pedi para se agilizar até uma hora pois se eu tivesse alguma coisa em mãos talvez me ajudaria. Cheguei em casa, tomei um banho, comi alguma coisa e esperei por mais um tempo. Luizinho me mandou algumas coisas no telefone, assim que deu o horário, fui para o carro e puxei até o fórum quando cheguei lá, um velho amigo a quem eu tinha pedido ajuda, já estava por lá, me olhou e sorriu.

Antônio: Vamos entrar doutora, estão á nossa espera.

Luíza: Como assim? Não seria apenas um pedido parar averiguar as câmeras?

Antônio: Era, mas se você for influente e falar com as pessoas certas as coisas andam...

Antônio: Eu espero que você tenha tudo em mãos para defender o seu pedido perante ao juiz, foi difícil convence-lo sobre as falhas na gravação e comprovar.

Luíza: É uma audiência? Achei que seria uma reunião

Antônio: Sim, mas sem os presos presentes, é apenas com o promotor, um juiz e juris para entender porque criticamos o fato de não ter provas que os incriminam.

Luíza: Preciso de testemunhas?!

Antônio: Não, precisa de provas claras. Vamos tentar resolver isso da melhor maneira. Trouxe as cópias de algumas câmeras, juntei alguns dados que você me enviou.

Luíza: Tenho mais informações no celular e no computador então vamos!

Chegamos na sala, entrei, me sentei e preparei tudo ao meu redor. Abri o notebook, importei algumas informações do celular para o computador, passou dez minutos e então iniciamos a audiência de pedido de defesa.

''Luíza: Boa tarde, me apresento aqui como advogada representante de Felipe de Oliveira e de Marcos Aurélio dos Santos Aguiar. Suspeitos de cometer o artigo 157 no dia 12 de outubro de 2019, ás 21:39 da noite, no Banco Estadual do Rio de Janeiro. Venho através desta audiência contestar as acusações contra meus clientes em buscar de promover o livre árbitro dos mesmos e comprovar a sua inocência perante as provas apontadas em que a promotoria afirma que ambos os réus estão envolvidos num assalto onde resultou na perda de milhões de reais. Primeiro venho apresentar falhas nas presentes provas que vinculam meus clientes como suspeitos de serem praticantes do artigo 157, onde está claro que nada comprova este acontecimento, há álibis de que os mesmos estivessem presentes em um baile de rua no morro do Vidigal, onde várias  pessoas podem afirmar a presença dos dois.....''