BADÁ NARRANDO.
Semanas depois...
Depois que eu assumi a Luíza, recebia o dobro de ameaças, mas ela queria estudar, fazer as coisas dela e como eu tinha concordado. Aumentei a segurança de casa, deixei mais dois seguranças com ela, além do Marola, comecei a levar e buscar ela na escola mesmo a escola sendo dentro do Morro. De tanto que ela falou no meu ouvido, eu decidi ensinar a ela como atirar, as vezes no final de tarde, subíamos no topo do morro e ficamos atirando por lá. Ela dizia que amenizava o estresse dela com os estudos e comigo. Apenas eu e ela sabíamos que ela estava aprendendo a atirar por segurança. Eu ensinei tudo o que ela precisava saber e olha, a menina leva jeito, tem uma boa mira, só é um pouco nervosa e isso a gente resolve com o tempo. Além dos b.o do morro, eu tinha que aguentar o fluxo de novinhas passando na boca, tinha dias que eu chegava por lá tinha duas, três me esperando e claro que eu botava todas elas para correr. Se eu quisesse continuar na farra, comendo todo mundo e eu teria ficado... mas não! Sem contar que as mina era mais nova até que a Luíza, elas praticamente cheiravam a leite e a única novinha que eu me interessei foi a Luíza. O resto eu nem olho e nem faço questão. Quero ficar com a minha preta na transparência sem caô para o meu lado.
Eu estava na boca com os meninos e fumando um baseado enquanto conversávamos coisas aleatórias. Nisso, eu ouço algumas vozes, eu olho para porta, vejo a Luíza entrar toda arrumada e cheirosa. Ela veio até mim, se sentou no meu colo e cumprimentou os meninos.
Badá: Tá fazendo o que aqui?
Badá: Não gosto que tu venha aqui, já te falei.
Luíza: Vim olhar o movimento, já que estou sabendo que o fluxo aqui aumentou.
Luizinho: Aumentou muito mesmo, né padrinho!
Eu encarei o Luizinho, passei minha mão na cintura da Luíza e dei um beijo nela.
Luíza: Tô de olho.
Badá: Tu fala como se eu fosse te trair, se manca.
Luíza: Até porque se fizer isso, é xeque-mate para você e para as piranhas envolvidas.
Badá: Precisava de tudo isso para sair de casa?
Dei um cheiro no pescoço dela sentindo o perfume e dei um beijo.
Luíza: Não, mas eu gosto de me arrumar.
Badá: Na próxima coloca uma calça. Odeio essa saia que tu está usando.
Ela falou baixinho no meu ouvido e com os lábios encostando na minha orelha.
Luíza: Posso usar ela para você mais tarde, sem calcinha... o que você acha?
Ela deu risada e então eu falei baixinho diretamente para ela.
Badá: Quero ver quando eu chegar em casa, quero ver se tu honra a tua palavra.
Ela continuou ali por um tempo, depois se retirou e foi no mercado. Ela iria fazer a compra do mês e outras coisas que ela precisava. Bom, depois do aniversário dela, ela começou a se comportar como minha mulher, administrava o dinheiro que eu dava para ela fazer compras e comprar coisas para ela. Conversávamos mais, as vezes quando tinha treta no morro e ela me ajudava pensar me dando soluções. Comecei a dar mais espaço a ela, ela vivia falando da faculdade de direito que ela queria fazer, eu adorava ver aquela menina falando sobre a vida que ela queria ter, sobre as realizações e conquistas que ela estava disposta a correr atrás. Mas no fundo eu sabia que eu não iria poder fazer parte de nada disso, qual é pô sou bandido e não posso ter uma vida baseada em carreira de sucesso. A vida que eu sigo é dois caminhos cadeia ou caixão e geralmente o caixão vem primeiro.
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أدب الهواةEu sempre fui uma sonhadora, mas vi meus sonhos se esvaindo ao ser vendida para um dos maiores do Rio de Janeiro.