48º 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜

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Durante a madrugada, meu telefone tocou novamente, não atendi por um tempo pois estava dormindo, até perceber o barulho e atender.

LIGAÇÃO ON

Morte: Faaaala primeira dama! Queria saber como está sendo o resguarde para mim poder avisar seu marido, mas isso quando ele acordar...

ele ri.

Luíza: Quem é? Quem está falando? Cadê meu marido? O que está acontecendo?

Morte: Tá perdida? E agora? Tá sem seu super bandido né?! hahaha

Morte: A vida não é esse conto de fadas que você imagina, eu não vou te deixar em paz, eu não vou deixar ele em paz, depois de torturar muito ele, eu vou mata-lo. 

Morte: Mas antes queria saber se você quer um vídeo ou que eu enviei pedaços dele por entrega?

Luíza: Por favor, me fala quem é, por que você está fazendo isso?

Morte: Eu sou o seu pior pesadelo e vou realizar todos eles.

Luíza: Eu posso te pagar, quanto você quer? 1, 2, 3 milhões?

Morte: Eu não quero dinheiro, quero outra coisa já que ofereceu.

Luíza: Ofereci dinheiro, mas o que você quer?

Morte: Talvez... você.

Luíza: Eu? Eu não tenho serventia nenhuma, mas vale o dinheiro.

Morte: Pra ele tem, pra ele seria uma tortura ficar sem você, então o que eu quero é você, tem até amanhã pra me dar a resposta.

LIGAÇÃO OFF

Mais uma noite sem dormir e para piorar, minha ansiedade tomou conta de mim. É obvio, que pra mim isso tinha se tornado um jogo, esse cara mexeu com a minha família e eu vou atrás dele. Pela manhã quando marcou 6h no relógio, a enfermeira entrou no quarto, me trouxe um café e eu pedi para chamar o meu médico. Contei a Mariana sobre a ligação, eu planejei algumas coisas mas não estava certa de nada... pra falar a verdade... eu nem sabia o que fazer.

Mariana: O que você está aprontando?

Luíza: Você confia em mim?

Mariana: Por que algo me diz que eu não devo responder essa pergunta.

Luíza: Eu vou pedir pra ter alta.

Mariana: Você tá louca? Tá de toda aberta aí, com uma barriga que precisa baixar, com olheira, cansada e descabelada. Relaxa, o JK vai dar um jeito.

Luíza: Eu posso dar um jeito.

Mariana: Ele resolve, deixa com ele.

Luíza: Por quê? É o que você acha, mas ele não vai resolver, mas tudo bem Mariana, pelo visto... impossível contar com você.

Mariana: Qual é o plano, sua maluca?

Luíza: Tenho um lugar que podemos ficar, mas não podemos ser seguidas, primeiro você sai com a bebê e pega um uber. Vai até o primeiro mercado, desce e entra no mercado. Me espera no corredor de laticínios. 

Mariana: E você?

Luíza: Eu vou levar algumas coisas e pegar um moto taxi até lá.

Mariana: Realmente você tá maluca. Quer morrer, seu caralho?

Mariana: Vamos pensar direito. Vamos de uber, paramos no mercado, desbaratinamos por um tempo, tomamos um café e vamos ver o movimento.

Luíza: Eu não sei... 

Mariana: Eu também não, mas você tem que se decidir. Eu cuido dela, mas não tenho leite.

Luíza: Eu deixo armazenado e depois...

Mariana: Depois?

Luíza: Vou encontrar o Morte.

Mariana: Para de dificultar, o que você vai fazer indo atrás dele? Ele vai saber que você sabe que ele tá envolvido e vai dar um fim em você.

Mariana: Para e pensa direito!

Luíza: Eu vou sim e vou precisar que você convença o Muralha ir até o endereço de uma casa aí, vou deixar vocês lá e tentar por em prática o que eu pensei.

     Conversamos por mais um tempo, o médico chegou e depois de muita insistência... ele aceitou me liberar, mas tive que assinar um termo de responsabilidade. Como planejado, arrumei tudo o que era meu, dei um banho na minha filha, arrumei ela igual uma boneca, com um conjunto lindo e um macacão por cima. Enrolei ela numa cobertinha, fiquei abraçada com ela durante um tempo depois só sentindo aquele sentindo gostoso de bebê, por fora eu era dorona, por dentro só Deus sabe a mente do vilão e literalmente porque é eita atrás de vish.

Me troquei mesmo sem conseguir direito com ajuda da Mariana, coloquei um vestido longo, dei uma arrumada no cabelo, recolhemos todas as minhas coisas, fui até o saguão fazer o check-out e fomos embora. Assim que o uber chegou, entramos no carro, o tempo todo reparei no movimento e nada de estranho. Fomos até o mercado e ficamos por lá até anoitecer. Nesse meio tempo conversei com JK, Muralha e nada. Só falaram que o Morte tinha sumido, igual fumaça e deixado a mulher e os filhos. Quando deu umas 18h, fomos embora, fui pra casa de Bangu, tinha como entrar e era seguro. Antes de entrar na casa, contei uma historia pra motorista, demos umas 3 voltas no quarteirão e paguei a mais pelo favorzinho. Como não tinha movimentação nenhuma entramos em casa, fechei tudo, tomei um banho e depois deitei na cama com minha filha. Estava quase adormecendo quando meu celular tocou e estava ansiosa por essa ligação.

LIGAÇÃO ON

Morte: Então morena?

Luíza: Se eu for, você vai soltar o Badá?

Morte: Nunca disse isso.

Luíza: O trato não pode ser vantajoso só pra você, né?

Morte: Tá chapando mina? Que papo magro é esse?

Luíza: Eu vou, mas você vai ter que soltar ele antes.

Morte: Não, prefiro matar ele.

Luíza: Então eu sinto muito, minha filha precisa pelo menos de um dos pais ao lado dela. Você libera ele na entrada do morro amanhã logo cedo e eu estarei na entrada do Hospital onde estou esperando por você.

Morte: E como eu vou saber que tu tá falando a verdade?

Luíza: Só estar lá as 8:00h da manhã.

LIGAÇÃO OFF

   Desliguei o telefone com o coração na mão, não sabia direito o que estava fazendo, mas alguma coisa eu tinha que fazer, agora que eu sabia que ele me queria, eu iria fazer o possível para tirar o Felipe de lá e depois dar um jeito de sair. Você deve estar pensando que isso é loucura, entrar direto num covil onde todo mundo sabe que eu sou a mulher do Badá, é a maior loucura mesmo, mas... eu o amo, amo minha filha e sei que vamos estar juntos quando tudo isso acabar. Pelo menos, eu espero...







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