34º 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜

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LUÍZA NARRANDO.

Eu mantive a minha postura até chegar em casa. Estava firme, mas quando o vi... meu coração disparou, ele estava ainda mais bonito, 32 anos e ainda possui aquele rosto jovem. Ele estava mais musculoso, fez mais algumas tatuagens e possuía bigode. Eu sabia que ele ia ficar á milhão ao me ver novamente e eu não queria que ele fizesse nenhuma burrada depois de me ver.

Peguei algumas informações do processo, montei um dossiê com todas as provas que os incriminavam e com os ''álibis'' para o pedido de defesa! Fiz um pedido de quebra de sigilo das câmeras internas, mas foi negado, pois segundo eles as imagens não ficaram salvas na câmera e o que deixa a acusação ainda mais duvidosa. 

Bangu, 14:17 da tarde.

Eu já estava no parlatório, esperando pelo Gibi, quando o mesmo apareceu algemado e com um olhar abatido.

Gibi: Alguma novidade?

Luíza: Meus pedidos foram recusados, mas já estou cuidando disso.

Luíza: Eles torturaram vocês?

Gibi: Só nos fornecem comida azeda e água com um cheiro forte. A gente não come, nem bebe... mas tá foda de aguentar essa situação.

Gibi: Mas tem uns senhorzinho nos fortalecendo, mas tá foda.

Conversei com ele por mais uns 10 minutos, sai do presídio, fui a caminho do morro, encostei no pé do morro e tudo estava tão diferente. Estava maior, com um fluxo bem maior também e mais carros de polícia. Embiquei o carro na entrada do morro e os meninos da barreira sacaram a arma na minha direção. Estavam em vários apontando as armas na minha direção, até que um cara se levanta, vem na minha direção, tira o fuzil das costas, mira no meu rosto e apoia o fuzil no ombro dele.

XxXx1: Tá no lugar errado, madame.

Luíza: Tô não.

Luíza: Sou advogada do Gibi e do Badá.

XxXx1: Eles não tem advogada.

Luíza: Chama o Luizinho, o JK ou o Muralha.

XxXxX2: Ninguém vai chamar ninguém, não. Mete o pé madame.

Luizinho: Ouvi meu nome?

XxXx2: Uma surtada falando que é advogada do patrão e do Gibi.

O Luizinho caminhou até a janela do carro, me olhou e me reconheceu. Abriu um sorriso e abriu a porta do carro. Tirei meu cinto, desci do carro e nos abraçamos por um tempo.

K2: Apresenta pra nós aí pô.

BM: Verdade menô. Mó pretinha linda.

Luizinho: Ela é a Luíza.

Luizinho: Alguém aqui quer se envolver?

Luizinho: Tão ligado no b.o.

K2: A famosa Luíza?

Luíza: Famosa?

Luizinho: Vem, vamos lá na boca.

Voltei para o carro, ele foi para a moto dele e abriram passagem para mim entrar com o meu carro. Segui até a rua da boca, desci, vi o Muralha, o abracei e conversei um pouco com ele. Entrei na biqueira, o JK estava por lá, veio me pegando no colo e me deu vários beijos no rosto. Avisou para Mariana que eu estava aqui, Luizinho assim que chegou me chamou para a salinha junto com o Muralha e JK.

Luíza: Meninos, tô aqui porque não há evidências que incriminem diretamente o Badá e o Gibi no art. 157. As filmagens não são provas cabíveis pois elas não possuem autenticidade e a qualidade de imagem ao invés de ajudar identificar os criminosos, dificulta ainda mais.

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