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London U.K


Era uma manhã normal, eu estava tentando escrever um novo artigo para o jornal, mas nada que fizesse eu morrer de amores

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Era uma manhã normal, eu estava tentando escrever um novo artigo para o jornal, mas nada que fizesse eu morrer de amores.  Já estava jogando fora pela décima vez um papel em que eu tentava descrever o último crime de Londres,  meu lixo estava cheio de papéis para fora. 

- Droga. - digo para mim mesmo 

Eu precisava de inspirações, mas no momento, apenas um branco. Abri a varanda do apartamento me deparando com um vendo forte que faz voar todos meus papéis. Pego todos e me levanto tentando procurar uma sacola nova de lixo para por mais papéis.  Percebi que haviam 5 sacolas de lixos a serem jogadas fora, e , eu ainda não as colocará do lado de fora. A coleta seletiva passava pela volta das 18:00 todas as segundas, quartas e sextas, e agora eram 18:01.  Pego os sacos de lixo com a esperança do caminhão ainda não ter passado, e me contento ao ver sacos pretos quase caindo para fora. Bati as duas mãos e passei pelo porteiro, senhor Mian, que estava conversando com dois caras de empresa de mudança. Ou alguém vai se mudar pra cá, ou alguém vai sair daqui. Desejo sinceramente que saia a mulher do 340. Ela é a pessoa mais chata que você poderia conhecer. Todos s vizinhos sabem bem as regras do apartamento, e não precisam ser lembrados a cada noite. Se alguém põem uma música ás 21:30, ela já sai falando no grupo do condomínio que não são horas de escutar músicas, Mas ela pode aspirar a casa em pleno domingo ás sete e meia da manhã. Subo novamente , e no apartamento ao frente ao meu ( 32 )  aqueles homens estavam destrancando e colocando caixas gigantes nele. 

- Mudança? - pergunto

- Sim. - Um homem grande me disse - A menina se mudará para cá amanhã  se não me engano. 

- Legal - digo e fecho a porta de casa. 

Não era uma velha pelo visto, e eu agradeço. Me joguei no sofá pensando no que fazer para me distrair e tentar absorver ideias. Ligo para meu melhor amigo, Josh, que provavelmente não tinha nada para fazer também. Josh - diferente de mim - é totalmente do mundo. Ele saí todos os dias para festas com sons possíveis de estourar dois tímpanos ao mesmo tempo, toda semana está com uma namorada diferente, sempre chega atrasado no trabalho porque vai de skate  e está sempre em todas as brigas. Ele acha isso normal pois tem apenas 22 anos e tem que curtir a vida, e me chama de esquisito só por eu gostar de ficar lendo ao invés. Claro que ás vezes uma festa não caí mal para ninguém, e eu sinceramente gosto, mas umas - no máximo - 3 por mês. Sou formado em jornalismo investigativo ( Jornalismo investigativo refere-se à prática de reportagem especializada em desvendar mistérios e fatos ocultos do conhecimento público, especialmente crimes e casos de corrupção, que podem eventualmente virar notícia.),  e realmente gosto do que faço, o problema é perder a criatividade do nada.  Ligo para Josh e ele disse para irmos em um bar ou algo do tipo, eu topei, as ruas de Londres me dão mais inspiração. Tomo banho e ponho uma roupa qualquer para ir ao bar. Já avisei a Josh para não me levar sua nova namorada ( Jenny) pois eu iria falar das últimas mil e quinhentas namoradas dele. Saio de casa com a mínima vontade de beber, o problema é, eu gosto. 

One day later 

- Que cheiro de bebida! - Minha irmã Linsey disse entrando em meu apartamento na manhã seguinte 

- Ah não começa Linsey, saí daqui, ninguém  te chamou. 

- Não, eu me chamei, e deveria agradecer por isso. Olha seu estado, você tomou banho ontem? 

- Uhum...

- onde você tava? 

- Fui num bar com Josh. 

- Eu odeio Josh. 

- não não. Ele é meu melhor amigo. 

- Que te mete em confusão dês da sétima série. 

- é. - disse coçando os olhos - Hoje é sábado? 

- não é segunda! 

- Que? - digo me levantando rápido 

- Era só para você levantar. Agora vai fazer alguma coisa da vida. Esse apartamento tá podre de sujeira, como consegue viver nesse lixo? 

- Linsey, eu não pedi para você vir dar palpite de como está meu apartamento. 

- Mas eu vim logo para fazer isso. Vamos, levante e bora pra luta guerreiro ninja. 

- Nossa, esse negócio de terminar com o cara mais legal que você poderia arranjar te fez um mal. Agora fala as mesmas frases estranhas de antes. 

- Vai se ferrar Noah. A gente nem tinha nada. 

- Ah não claro, mas aqueles abraços e bei.... 

- UHHH! Como você me irrita!  Vamos, se manca e faz alguma coisa da vida. 

Linsey é minha irmã gêmea. Apesar disso, não temos nada incomum  ( a não ser os olhos). Ela é loira e eu sou moreno, os dois temos olhos verdes e ela é extremamente ridícula. Ela acha que tem 30 anos mas só tem 23, e fala como alguém de 40.  Ela manda em mim, e nos almoços de família, sempre diz todos os meus podres. 

Me levantei na base do ódio ( ou dos gritos de Linsey)  e tomei outro banho. Meus músculos relaxavam e minha cabeça doía pra caramba, por isso odeio ter que ir beber, porque ainda estou consciente e sei oque posso aprontar. Coloquei uma calça de moletom e um moletom ( já  que Londres é realmente frio mesmo com os aquecedores da casa ligados) é me deitei no sofá com as mãos nas têmporas para tentar absorver alguma coisa de criatividade. Lin arrumava a sala já que achava bagunçada pra caramba e eu só a observava já que na minha opinião não estava tão bagunçada. Me levantei e abri a varanda para um vento entrar.
Linsey foi embora logo (graças a Deus) e me deixou um prato de yakisoba para almoçar. Almocei, lavei os pratos e fui logo escrever algo.
Me senti orgulhoso quando vi que já havia escrito 4 parágrafos, parei pois senhor Mian ligou para o interfone dizendo que haviam chego encomendas para mim é me animei. Desci correndo para pegar os pacotes com minhas camisetas e tênis novos.
             Quando a porta do elevador abriu em meu andar, uma garota loira tentando abrir a porta da frente de minha casa parecia nervosa.

- Boa tarde - disse abrindo minha porta

- Boa tarde. Sabe como abre a porta? É  diferente. - Seu sotaque era diferente, com certeza não era inglesa.

- Ah sim, só  um momento. - larguei minhas coisas dentro de casa e fui ajudar. - As portas se abrem para a esquerda, diferente de outros lugares. - disse abrindo a porta para a garota

- Ah! Muito obrigada moço! Estava realmente encabulada  com essa porta. - ela disse abrindo e fechando a porta mas sem trancar.

- Você é  a nova vizinha?- pergunto

- Sim, vou morar aqui agora.

- Legal, me chamo Noah. Moro aqui na  frente, se precisar.

- Ah, obrigada! Me chamo Sina por sinal.

Aperto sua mão gelada, suas unhas bem feitas se destacavam em suas mãos ultra brancas.

- Tchau. - ela disse entrando e fechou a porta.

- Tchau.

Entrei dentro de casa e rapidamente desenbalei minha roupas novas. Elas eram, oque eu precisava nesse momento.

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