Capítulo 18 - E o veredito é...

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Sirius Black narrando

Houve um tempo em que tudo na minha vida parecia fazer sentido, quando eu estava em Hogwarts tudo era tão simples, tudo era apenas preto e branco, o certo e o errado parecia extremamente claro para mim. A minha família era feita por um bando de idiotas preconceituosos onde apenas a minha prima Andromeda se salvara. Os Sonserinos eram o ipedome da maldade, eles eram as cobras viscosas e preconceituosas que representavam todo o mal desde o momento que o chapéu os colocava naquela casa odiosa. Eu era um herói, eu era um Grifinório, um maroto, fazia parte do grupo dos mocinhos e por isso no final nós iriamos vencer independende do que acontecesse. Os marotos eram as melhores e mais divertidas pessoas de todos os tempos, o Ranhoso não passava de um bruxo gorduroso afogado em Artes das Trevas que nós tínhamos a missão de coloca-lo no seu devido lugar. Eu tinha o melhor namorado do mundo, eu e Remo ficarimos juntos para sempre, assim como James e Lilly, o Pedro também iria encontrar uma garota legal e todos iriamos envelhecer juntos e passar o Mapa do Maroto para a geração seguinte.

Então a formatura aconteceu, nós saímos de Hogwarts com a guerra ficando cada vez mais violenta e cruel, nada parecia ser como antes. As nossas brigas com os sonserinos eram brincadeiras de crianças comparadas com os duelos de vida ou morte que tínhamos com os comensais, perdemos McKinnon, os gêmeos Prewett, Meadows e tantos outros, James e Lilly quase morreram na mão de Voldemort 3 vezes. As pessoas desapareciam da noite para o dia, famílias eram destruídas, era difícil saber em quem confiar . Mesmo entre os marotos as coisas não eram mais as mesmas, nós não riamos como antes, todos os nossos planos para a vida adulta não existiam mais, nós só tentávamos sobreviver e fazer a coisa certa, mas havíamos descoberto que a vida continha vários tons de cinza.

A guerra também me fez perceber que o amor não era o suficiente,porque eu amava tanto o Aluado que as vezes chegada a doer, ele era uma das pessoas mais importantes para mim, uma pessoa tão inteligente e tão triste que eu jurei que o faria sorrir em todas as situações. Em Hogwarts eu não ligava para o seu problema peludo, eu nunca liguei, para mim ele sempre foi apenas o Remo e as noites de lua cheia erama oportunidade para uma dose de aventura que o meu sangue grifinório adorava. Com a guerra as noites de lua cheia se passavam lutando contra lobisomens que seguiam Voldemort, com medo de ser mordido, com medo de morrer, vendo de perto toda a destruição que eles podiam fazer.

Quando começaram a surgir boatos de um espião dentro da Ordem de Fenix, quando segredos foram revelados para Comensais e mais pessoas começaram a morrer eu me odiei por suspeitar do Remo, do Aluado. Ele passava tanto tempo com os lobisomens, eu sabia que era o papel dele convencer as matilhas a mudarem de lado, mas a semente da duvida foi crescendo, ironicamente era com Rabciho com quem eu conversava sobre as minhas duvidas e medo. Foram essa duvidas que me fizeram não contar para ele sobre o nosso blefe, mas elas nunca me impediam de voltar para os seus braços nos momentos que podíamos estar juntos.

- Sirius você esta ai? Eu sei que é difícil, mas você precisa manter o foco – o Sr. Davis fala me arrancando dos meus pensanetos – assim que esse julgamento acabar você vai ser um homem livre, terá o seu nome limpo e também poderá se consultar com um curandeiro.

- Eu não preciso de um curandeiro – respondo de forma automática o que era um antigo argumento nosso.

Os Black sempre tiveram a sua pequena parcela de loucura, há muita consaguinidade no nosso sangue, mas não o suficiente para sermos taxados como loucos, eu não preciso de um curandeiro da mente, eu não sou louco. Eu estou bem, eu passei 12 anos no inferno em Azkaban, comparado com lá eu estou no paraiso, eu tenho apenas alguns momentos em que eu não estou bem, mas com certeza assim que eu estiver livre, que o meu nome estiver limpo e eu puder andar por ai, eu ficarei como novo, eu não preciso de nenhum curandeiro me analisando.

Tulipa Potter e o Cálice de FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora