Capítulo 19 - Desvendando o ovo

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Tulipa Potter narrando

Quando eu entrei na Sala Comunal da Sonserina, logo após a 1ª tarefa eu fui saudada por uma quantidade absurda de gritos e assobios dos meus companheiros de casa, Adrian colocou o estandar da Sonserina sobre os meus ombros como uma capa enquanto Bletchley colocava uma coroa de prata na minha cabeça. De repente Crabbe me levanta sobre os seus ombros e começa a andar comigo enquanto todos batiam palmas, admito que quase cai de cara no chão com essa manobra repentina e não muito deliada.

Havia muita comida, provavelmente alguém visitou os elfos domésticos para conseguir um verdadeiro banquete para nós, havia também um desenho meu voando sobre uma vassoura e segurando o ovo encima da nossa lareira, havia também um desenho mais tosco do Cedrico todo queimado, eu ri com isso.

- O que há no ovo? – ouço Isolda Mulk gritar entre todo o barulho que estava acontecendo.

- Eu não sei, eu ainda não abri ele – eu digo e de repente vários coros de "Abra, Abra" começaram – se vocês insistem...

Com um sorriso nos lábios eu coloquei os dedos nos sulcos que corriam a toda volta do ovo, forçando-o a se abrir. O ovo estava oco e completamente vazio, mas assim que o ovo foi aberto um som terrível, alto e agudo como um agouro encheu a sala. O som não me era estranho, alguma coisa nele me parecia levemente familiar, mas eu não tinha ideia do que poderia ser, mas estava começando a ficar com dor de cabeça, pelas caras de todos os outros sonserinos eu não era a única. Eu rapidamente fechei o ovo, apesar de não ter ideia do que essa estranha pista queria dizer.

- O que é isso? – Prudence Higgs uma das monitoras da Sonserina pergunta – parecia o grito de uma banshee ou algo semelhante a isso.

- Era alguém sendo torturado, você vai ter que enfrentar a maldião Cruciatus – Goyle grita bem alto me assustando.

Depois disso todo mundo começa a gritar as mais variadas teorias, seja porque queriam me ajudar, seja pela emoção do ambiente. Não que eu achasse que qualquer teoria no meio daquela bagunça seria valida, porém estamos em novembro e a próxima tarefa é em fevereiro, eu não preciso desvender a pista hoje. Os planos para amanhã são justamente me encontrar com os meus amigos e o professor Snape para resolver o problema.

- É mermish – Daphne fala em um tom de voz alto e sério se sobressaindo a todos os outros.

O tom de voz da Daphne foi tão sério, alto e certeiro, não abrindo espaço para duvidas que fez com que todo mundo ficasse em silencio e se virasse para ela e Tracey que estavam no meio de toda a confusão. Neste momento eu me lembro que no 2º anos elas ficaram encantadas com os sereianos e desde então tem estudado muito mermish, as duas inclusive tem conversas secretas aos sussurros neste idioma para treiná-lo. Nossa como eu sou burra, é por isso que eu achei que tinha ouvido algo parecido com esses sons, são as duas treinando mermish.

- Não deu para ouvir tudo, você fechou o ovo antes... Mas é definitivamente uma musica dos sereianos – Tracey comenta reafirmando o que Daphne disse – há grandes chances da próxima tarefa ser no Lago Negro.

Que delicia, entrar no lago negro em Fevereiro que é o pico do invero. Além de estar congelando existe o agravante de que eu não sei nadar. Não vou me preocupar com isso agora, talvez a prova não tenha nada haver com entrar no lago, que só tenham enviado a pista em um idiota pouco conhecido para nos dificultar entende-lo.

- Tenho certeza que as duas podem traduzir a pista para você depois, nós temos que garantir que teremos a melhor festa de comemoração de todos os tempos – Pucey fala sorrindo para mim – afinal a nossa campeã de Hogwarts esta muito a frente do Diggory.

Tulipa Potter e o Cálice de FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora