Tulipa Potter e o Cálice de Fogo

Capítulo 41 - A visita das famílias

Tulipa Potter narrando

Blaise não estava bem, ele não estava nem perto de bem. Ele estava retraído e encolhido em uma concha, não usava mais sorrisos fáceis, flertes inocentes ou o seu charme habitual. Ele nem andava mais sozinho por Hogwarts, tendo sempre um grupo dos nossos amigos o protegendo o tempo todo, algo como o que fizemos no 2º ano para Hermione e no 3º ano para mim. Uma parte de mim queria poder curar Blaise da sua dor, do seu trauma, mas eu sabia que o processo de cura era lento. Ele falava com o professor Snape toda semana, mas ainda havia um longo trabalho pela frente tanto na superação do trauma quanto para entender que ele não era de forma alguma o culpado.

Claro que fizemos uma denuncia, só que com os culpados sendo alunos estrangeiros e Karkaroff sendo um completo inútil pomposo, nada saiu do papel. Desculpas vagas como falta de evidências, que os machucados podem ter sido causados apenas por uma briga entre dois alunos, que o uso de Veritaserum em julgamentos era ilegal e o pior de tudo: Esse projeto nojento de diretor até mesmo sugeriu que Blaise tinha incitado isso e agora estava inventado a história para prejudicar os seus alunos.

Yeva e Viktor ficaram furiosos quando ouviram isso, verdadeiramente indignados com a forma como Karkaroff lidou com a situação, como o seu favoritismo e proteção obvia com a sua escola se mostrava presente e mostrava o quão inapto ele estava na sua posição de poder. Descobrir quem foram os 2 valentões não foi difícil com a ajuda de Yeva e Krum, a questão era como me vingar dele.

Durmstrang oferece um curso de Arte das Trevas em vez de Defesas e eles parecem ter um ótimo professor, diferente do terrível sistema de Hogwarts que exceto por Lupin só teve uma longa lista de completos incompetentes. Mágica negra era algo complicado, que podia ser viciante, que havia poucas curas, que poderia influenciar o núcleo mágico de algo que fosse praticado. Magia negra não é apenas lançar feitiços, existe toda uma parte de rituais que é muito mais difícil de se detectar, mas que exige ingredientes muito difíceis.

O mais difícil de todos foi conseguir o sangue deles, mas foi algo que Millicent como uma das melhores amigas do Blaise teve muito prazer em ajudar. A desculpa perfeita foi chamar os idiotas para um pequeno jogo que quadribol com Viktor, Yeva, Millicent, eu e Draco, além de alguns alunos de outras casas. Os gêmeos Weasley estavam presentes e eu apenas lhes pedi um favor para não defenderem os idiotas. A maioria das pessoas provavelmente pensou que essa foi a nossa vingança, machuca-los o máximo possível no jogo, mas somos sonserinos e jamais seriam tão clichês assim.

O ritual foi complexo e quem o executou mesmo foi Yeva, apesar de eu e Millicent estarmos presentes. Foi desenhado no chão com sal negro um circulo rúnico, haviam velas nos pontos referentes aos 4 elementos, também foram usados vários ingredientes estranhos, além de pequenos bonecos representado os dois e os órgãos sexuais de 2 abrachans. Há uma mágia densa correndo durante todo o ritual, viciante, escura e poderosa que podemos sentir na nossa própria pele enquanto Yeva prende os órgãos sexuais dos abrachans nos bonecos que representam os dois garotos, quando o sangue deles se mistura e ela envia uma faca curvada de prata para cortas os membros na metade enquanto diz.

- Que essa semente maldita nunca obscureça o mundo com a sua prole e nunca mais volte a se erguer por qualquer meio e magia – ela fala e naquele exato momento todas as velas se apagam.

Não havia duvida de que a magia havia acontecido, seja no gosto de enxofre que preencheu nossas bocas, na forma como o ar parecia pesado e a inquietação no meu coração enquanto o meu núcleo magico vibrava com a magia ao redor. Nós havíamos não apenas vingado Blaise como garantido que aqueles 2 monstros nunca mais irão se forçar para qualquer bruxo ou bruxa.